11 novembro, 2010

Era esta a seriedade que os portuenses procuravam?

Nova derrota de Rui Rio. Para mim não é novidade.
Corforme se previa, foram ontem absolvidos da acusação por crime de participação em negócio ruinoso, o ex-Presidente da Câmara Nuno Cardoso e os dirigentes desportivos do FCPorto, Angelino Ferreira, Adelino Caldeira e Eduardo Valente. Como se pode ler aqui, as conclusões da juíza foram demolidoras para a Inspecção Geral de Finanças e particularmente humilhantes para o actual Presidente da Câmara do Porto, Rui Rio.

Todos estamos sujeitos a fazer precipitados juízos de valor quando alguém é constituído arguido, a tendência é quase sempre essa. Na maior parte dos casos, a balança da nossa avaliação pende e depende, tanto da simpatia ou  antipatia que intimamente nutrimos pelos acusados, como do modo sensacionalista e frequentemente sectário como os media transmitem as notícias. Inevitavelmente entalados entre estas duas contradições, o mais sensato nestes casos, é acompanharmos com a máxima atenção a evolução das informações com grande  e repartido sentido crítico, quer para os suspeitos quer para as fontes de informação. É isso que procuro fazer, não garanto é que o faça sempre bem...

Apesar destas humanas imperfeições, há coisas de tal maneira intuitivas que quase tomam a forma de certezas. Uma delas, foi a que alguns portuenses sentiram depois da queda paraquedista de Rui Rio no Porto e a sua improvável eleição a Presidente da Câmara do Porto. Disse aterragem, porque até então, praticamente ninguém no Porto conhecia Rui Rio, ou mesmo sabia que era daqui, ou conhecia em rigor o seu currículo político . Isto explica, em parte, porque um homem apagado, cinzentão e inábil como Rui Rio decidiu investir a pouca audácia que possui no confronto com a instituição mais popular da cidade que é, sem dúvida, o FCPorto, com o notório fito de se guindar politicamente a vôos mais altos que de outro modo sabia jamais conseguir.  Colou-se, sem honra nem pudor (nem amor ao Porto), à campanha centralista anti-Porto e acabou por se tornar sua presa. Se antes de ser Presidente ninguém o ouvia, agora todos o ignoram, ninguém, nem o próprio partido o leva a sério.

Afinal de contas, a permuta de terrenos entre a família Ramalho e os lotes do Parque da Cidade foi um negócio bem mais transparente e vantajoso para ambos do que tantos outros similares realizados por outras autarquias [Lisboa, Estádio da Luz e Alvalade], pelos quais Rui Rio nunca teve a coragem e a coerência de se interessar e pronunciar. É que nestes casos, há grandes gatos escondidos com o rabo de fora  e com muita susbstância...

Rui Rio não é aquilo que se pinta. No meu caso e de outros portuenses, a intuição acertou na mouche. No caso dos [vencedores] eleitores de Rui Rio, admita-se, foi um redondo fracasso. Hoje, mais do que Rui Rio, o meu grande enigma é saber o que é que os seus eleitores esperam dele. Se quiserem continuar teimosamente a justificar a opção na pseudo seriedade do autarca, só negando a constatação dos factos. Este caso, torna-o algo mais do que suspeito: um oportunista.   

4 comentários:

  1. Infelizmente,mais umas pinturinhas nas fachadas dos bairros sociais,promessas de RSI e lá levamos com a besta outra vez.
    Este personagem já começa a ser dose!
    Fica para a história, como o pior presidente de câmara da nossa amada Cidade.

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  2. Caro Rui, como você disse quase tudo, apenas acrescento que esse senhor, hoje apareceu na tv a atirar-se à justiça. Não lhe faz lembrar ninguém? Aqueles que a justiça só e boa e funciona bem quando toma as decisões que eles querem?

    Rio, em Lisboa é que estava bem, mas para mal dos nossos pecados está no Porto e o Porto está como sabemos...

    Um abraço

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  3. Se fossem necessárias mais provas de que a nossa democracia é uma palhaçada, esse senhor seria uma delas.Como é possivel que tenha sido re-eleito duas vezes? RR como presidente da Câmara, é a consagração da inépcia, é a exaltação de tudo o que um dirigente municipal não pode nem deve ser. Aqueles que o elegeram tres vezes, prestaram um mau serviço à democracia porque se desacreditaram a si próprios.

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  4. Eu quase que me atrevo a dizer que
    que este sr. atuou com pulhice e má fé.
    Foram mandatos, só para denegrir a imagem das pessoas.
    De costas voltadas para a cidade e a grande instituição FCPorto, numa conversa populista de pessoa de grande seriedade, tentou agradar a centralistas e vermelhos da capital e alguns oportunistas seus seguidores de cá do burgo. Mas como alguém disse, que na altura era seu grande amigo e colaborador:-ELE É IGUAL AOS OUTROS.

    O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO.

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