16 novembro, 2010

Sistema não funciona e discrimina turistas e visitantes estrangeiros

[Fonte: Pùblico]

Reclamação de cidadão inglês dá conta das suas infrutíferas tentativas para tentar pagar portagens. "Muitos não irão incomodar-se a voltar", conclui

Um sistema inconveniente, que não funciona e discrimina os visitantes estrangeiros e turistas. É assim que, num email de protesto remetido à Câmara do Porto, um cidadão inglês descreve a cobrança de portagens das Scut, concluindo de forma elucidativa: "O Porto não é um lugar ideal para se visitar e muitos simplesmente não irão incomodar-se a voltar."

O desabafo do comerciante britânico, que regularmente se desloca em negócios pelo Norte do país, pode bem ilustrar os receios quanto aos efeitos que a confusão com as portagens pode causar sobre o turismo e o movimento no aeroporto do Porto, dois exemplos de crescimento económico na deprimida região Norte.

No email, a que o PÚBLICO teve acesso, o visitante conta a sua infrutífera odisseia na tentativa de pagar as portagens depois de ter circulado com um carro alugado à chegada no aeroporto. No regresso, quando quis pagar, informaram-no de que apenas o poderia fazer no posto de Correios. Além de o encontrar já fechado, foi informado de que também nunca o poderia pagar, uma vez que os dados não estão disponíveis antes de 48 horas após a passagem pelos pórticos das Scut.

Mesmo tendo que apanhar o voo de regresso, diligenciou depois junto de amigos em Portugal para que lhe efectuassem o pagamento. Nem assim, já que, além das passagens nos três dias em que circulou com o carro alugado, nos Correios exigiam que fossem igualmente liquidadas outras 20 passagens efectuadas pela mesma viatura em dias anteriores. "Tudo isto quando eu estou mais que disposto a pagar o euro que me custaria, mas não há maneira de o fazer", lamenta o britânico. Concluindo que "o sistema é impossível de utilizar por um visitante que chegue ao Porto", o indignado comerciante questiona: "Qual é a intenção? Impedir para sempre as visitas ao Porto, pois é isso que o actual sistema vai fazer", vaticina.

Mas não são só os estrangeiros. Também os utentes que optam por pagar nos Correios ou nas pay-shop se têm queixado da cobrança abusiva das taxas administrativas. A lei diz que será cobrada por cada viagem, mas o que acontece é que está a ser liquidada uma por cada operador, mesmo que numa só viagem. Quem, por exemplo circular na A28 (Viana/Porto) em direcção ao aeroporto é obrigado a pagar uma dupla taxa. Com a agravante de que para as centenas de metros que faz na A41 a taxa (30 cêntimos) é até superior aos 20 cêntimos que são cobrados pela portagem.

2 comentários:

  1. Como esse comerciante inglês se queixou na Câmara, a queixa vai parar a uma Etar...

    Extraordinário, o governo decreta tolerÂncia de ponto, porque a cimeira vai trazer grandes perturbações aos lisboetas. O presidente da Câmara, não dá tolerância, por diz, os lisboetas estão habituados a estes acontecimentos.

    O invisível foi ao parlamento, à comissão que discute o orçamento e disse: o TGV é para avançar e no primeiro trimestre de 2011 vão avançar as obras Lisboa/Poceirão e a nova travessia sobre o Tejo. A oposição até caderno de encargos tinha, mas ninguém perguntou ao homem sobre Porto/Vigo e mais, nadica de nada sobre o congelamento das novas linhas do metro do Porto.

    Tudo bem Mike?, tudo em grande, Melga!

    Estamos entregues aos bichinhos.

    Um abraço

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  2. Este país é governado por um ministro virtual, louco, centralista; ou melhor dizendo um parolo reguila, acompanhado de gente (boys) que fazem tudo ao chefe só para não perder o tacho.
    Este país está entregue à bicharada: a escumalha sem sentido de estado.
    Para esta corja malígma Lisboa é Portugal e o resto é lixeira.

    O inglês foi queixar-se à câmara ao
    presidente!? ao quieto, calado... a um faz de conta: que azar para inglês que bateu na porta errada.

    O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO.

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