05 março, 2011

Fado, maldito fado.

Qualquer pessoa minimamente atenta - que não do tipo básico, viciada em medir a qualidade dos políticos pelo status, pela aparência ou pela desenvoltura no patoá -, já teve tempo de sobra para concluir que os nossos governantes não andam longe deste estereótipo, ou que até o superam por defeito. A cada acção do Desgoverno Socialista segue-se a asneira, e à accção seguinte, uma asneira ainda maior. Depois, vem o desaforo e por fim a traição. É uma espécie de concurso endógeno de mediocridade individual e colectiva talvez para descobrir qual das medidas é pior que a antecedente.

Numa democracia árida de valores, que ainda não nos oferece meios para podermos desbaratizar as pragas do pós 25 de Abril, antes de se tornarem viroses, estas graves evidências são apreciadas com o mesmo grau de indignação que um mau filme de terror em que o espectador se limita a levantar-se para abandonar a sala de cinema. Grave, é  não termos consciência da responsabilidade que nos cabe de continuarmos a avaliar a incompetência governativa com excessiva ligeireza. Não percebemos as poucas "armas" que temos e não somos capazes de as usar a nosso favor de modo a livrarmo-nos desta garotada que ascendeu ao Poder sem qualquer sentido de responsabilidade nem grande experiência da vida.

Não fora isso, não haveria réstea de autoridade moral para nos sonegarem alguns direitos caso já tivéssemos conseguido penalizar sem hesitações este e outros governos por vários actos de traição à pátria decorrentes de sucessivos incumprimentos legais e constitucionais. Hoje, a Regionalização só é um "problema" porque alguém quis que o fosse. Passou a ser um "problema" forçado por alguns "iluminados"que decidiram, por moto próprio, incumprir com o Artº.256 da Constituição da República de 1976 boicotando assim a sua implantação.  O referendo por isso é um embuste. Não passa de mais uma burocracia formal cujo único objectivo é dificultar o processo de Regionalização.

Agora, até Rui Rio já anda por aí "empenhado" em debates de âmbito regionalista... Diz ele que quer promover a discussão e a reflexão colectiva sobre o tema. Para isso, vai convidar algumas pessoas [personalidades de grande relevo intelectual, diz ele]  que pouco ou nenhum interesse têm mostrado pela Regionlização. Querem saber quem são as figurinhas? Então, aqui vai [mas não se riam]:

o 1º. debate que é o mais tragicómico, será com Pinto Balsemão, Mário Soares e Freitas do Amaral... O 2º. é com Santana Lopes, Rui Ramos e Garcia Leandro. O 3º. debate [um pouco mais convincente] é com Rui Moreira, Lobo Xavier e Abel Mateus. 4º. com Marinho Pinto, Laborinho Lúcio e Paulo Rangel. O 5º. [não gozem ] Maria João Avillez, Azeredo Lopes e Manuel Teixeira.

Há mais, mas prefiro ficar-me por aqui. Suponho que chega. São as "elites" que temos... e o país correspondente.

3 comentários:

  1. regionalista, reformador do regime, ou à procura de palco?
    Tão anti-provinciano que ele era...

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  2. Rui, você bem avisou, mas não pude deixar de rir. O Rio, o nosso Rio? O Douro?

    Um abraço e bom domingo...ainda bem que isto não é com a voz, caso contrário estaria à rasca, estou rouco, mas foi por uma boa causa.

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  3. Este é o tal "Fado do Esgamanço" da pouca vergonha.
    No antigamente, quem cantava estas desgraçadas, mexericos, invejas, paneleirices, vinganças eram os ceguinhos.
    Hoje não cantam mas falam bem!... não vivendo das esmolas, vivem dos grandes tachos e das conversas da Treta.
    São todos honestos, inteligentes mas puseram o País na merda.
    Não passam de uns charlatões, uns vira casacas, de uns ladrões.
    Falo assim a bem da Nação.
    Viva Regionalização abaixo o Centralismo.

    O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO.

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...