Como receava, o Movimento Pró Partido do Norte não conseguiu obter os resultados que os maus tratos centralistas infligidos à região, fariam prever. Não sendo especialista em coisa nenhuma, e muito menos em análises sócio-políticas, tenho a minha opinião sobre o assunto, tão credível como a de qualquer opinador encartado, mas bem mais barata. Neste espaço, as opiniões são gratuitas, não oneram o Estado, nem a dramática dívida com o FMI. A consciência não me pesa, portanto.
Uma opinião, é uma opinião, não tem poder decisório, e é apenas como opinião que deve ser avaliada. Como tal, resumo em poucas palavras o aparente insucesso eleitoral do MPPNorte: baixos recursos financeiros, consequente fraca propaganda, e total desinteresse dos media. De destacar, a coragem de Pedro Baptista que, em clara desvantagem competitiva, deu a cara pelo Movimento e ousou fazer o que muitos apenas ousam dizer. Aqui, há já uma grande diferença. Avançou, pegando na bandeira da Regionalização, que outros usam oportunísticamente para logo a arrear, mal expira o prazo de serventia eleitoral. Paradoxalmente, foi para outros partidos, para aqueles que há muitos anos nos desgovernam e prometem sem depois cumprir, que os eleitores decidiram confiar o futuro do país. Contra estas maiorias masoquistas, pouco há a fazer. A "democracia" conservadora aprecia e agradece estas patologias populares.
Curioso, é haver tanto regionalista "convicto" e tão poucos a fazer algo para que a Regionalização aconteça. O MPPartido do Norte, apesar dos recursos limitados, convocou algumas reuniões abertas ao público a explicar o que se propunha, e só agora aparecem [ler aqui], um pouco por todo o lado, alguns a dissertar sobre as causas da sua baixa votação. Ora, alegam que foi por causa do nome "Norte", ora porque é elitista, ora porque promove o separatismo, enfim, não faltam razões. Depois, convertem a insensibilidade com as desfeitas do governo central ao Norte, numa ternurenta solidariedade com Lisboa, como se a capital e os seus habitantes, não fosse a região do país mais beneficiada, tanto em recursos comunitários, como pela dependência do Estado, como pela drenagem [desvios] de fundos europeus destinados ao Norte. A tendência, invariavelmente, é para fraccionar o país à velocidade dos argumentos, até à exaustão. O Norte, não é nada para eles. Por quê o Norte, se há o Sul o Centro e o Interior? Preocupante e injusto, para eles [ler aqui], não é as SCUT's estarem a ser pagas exclusivamente a Norte, são os custos elevadíssimos da centralidade dos lisboetas, esquecendo que é ali onde os ordenados são mais elevados.
Resumindo, esgotam-se em pretextos pueris para nos convencerem do bicho-papão da Regionalização, fazendo da argumentação política verdadeiras aulas de ficção gramatical, chatas, presunçosas e pouco convincentes. Apesar disso, pelo sim, pelo não, deixam no ar uma imagem de regionalistas empenhados, sem contudo se atreverem a lutar por isso. Lisboa divide, é parte integrante de Portugal, é a capital. O Norte defende-se, por estar a ser discriminado, e é separatista! Com noções tão distorcidas da realidade, temos sérias razões para acreditar que alguns centralistas vivem a Norte, embora possam não ser nortenhos.
Uma opinião, é uma opinião, não tem poder decisório, e é apenas como opinião que deve ser avaliada. Como tal, resumo em poucas palavras o aparente insucesso eleitoral do MPPNorte: baixos recursos financeiros, consequente fraca propaganda, e total desinteresse dos media. De destacar, a coragem de Pedro Baptista que, em clara desvantagem competitiva, deu a cara pelo Movimento e ousou fazer o que muitos apenas ousam dizer. Aqui, há já uma grande diferença. Avançou, pegando na bandeira da Regionalização, que outros usam oportunísticamente para logo a arrear, mal expira o prazo de serventia eleitoral. Paradoxalmente, foi para outros partidos, para aqueles que há muitos anos nos desgovernam e prometem sem depois cumprir, que os eleitores decidiram confiar o futuro do país. Contra estas maiorias masoquistas, pouco há a fazer. A "democracia" conservadora aprecia e agradece estas patologias populares.
Curioso, é haver tanto regionalista "convicto" e tão poucos a fazer algo para que a Regionalização aconteça. O MPPartido do Norte, apesar dos recursos limitados, convocou algumas reuniões abertas ao público a explicar o que se propunha, e só agora aparecem [ler aqui], um pouco por todo o lado, alguns a dissertar sobre as causas da sua baixa votação. Ora, alegam que foi por causa do nome "Norte", ora porque é elitista, ora porque promove o separatismo, enfim, não faltam razões. Depois, convertem a insensibilidade com as desfeitas do governo central ao Norte, numa ternurenta solidariedade com Lisboa, como se a capital e os seus habitantes, não fosse a região do país mais beneficiada, tanto em recursos comunitários, como pela dependência do Estado, como pela drenagem [desvios] de fundos europeus destinados ao Norte. A tendência, invariavelmente, é para fraccionar o país à velocidade dos argumentos, até à exaustão. O Norte, não é nada para eles. Por quê o Norte, se há o Sul o Centro e o Interior? Preocupante e injusto, para eles [ler aqui], não é as SCUT's estarem a ser pagas exclusivamente a Norte, são os custos elevadíssimos da centralidade dos lisboetas, esquecendo que é ali onde os ordenados são mais elevados.
Resumindo, esgotam-se em pretextos pueris para nos convencerem do bicho-papão da Regionalização, fazendo da argumentação política verdadeiras aulas de ficção gramatical, chatas, presunçosas e pouco convincentes. Apesar disso, pelo sim, pelo não, deixam no ar uma imagem de regionalistas empenhados, sem contudo se atreverem a lutar por isso. Lisboa divide, é parte integrante de Portugal, é a capital. O Norte defende-se, por estar a ser discriminado, e é separatista! Com noções tão distorcidas da realidade, temos sérias razões para acreditar que alguns centralistas vivem a Norte, embora possam não ser nortenhos.
Compreensivelmente,o PMN não conseguiu fazer passar a sua mensagem, e se alguma prova fosse necessária, bastaria ler o texto do sr. Espinha. Dizer que o PMN é mais um partido igual aos outro, mais do mesmo,e se insere na estafada dicotomia política das "esquerdas e direitas",é estar-se totalmente desinformado dos princípios norteadores do Movimento. Nestas circunstâncias,eu aconselharia contenção nos juizos de valor sobre o MPN.
ResponderEliminarHá quem passe o tempo a lançar bitaites sobre cidadania, talvez convictos de corporizarem o paradigma da coisa.
ResponderEliminarSó que, quando chega o momento das grandes decisões, encolhem-se, e fazem aquilo que criticam a terceiros: mais do mesmo.
Antes de mais gostaria de relembrar um facto indesmentível: Portugal já existia como país e Lisboa era estrangeiro, território mouro só conquistado em 1147. Isso quer dizer que a região a que chamamos Norte de Portugal correspondia ao Condado Portucalense.Com a "Reconquista" cristã Portugal, expandiu-se para sul. Isto é História de Portugal. Depois Lisboa e as terras do Ribatejo para baixo foram sendo povoadas por gente que ia do Minho superpovoado, cruzados estrangeiros que por cá ficavam, moçárabes e mudéjares. Com a Expansão, muitos escravos, principalmente africanos desde o século XV. Quem souber um bocado da História portuguesa dos séculos XVIII e XIX sabe que foram aos milhares os estrangeiros oriundos de vários países e regiões europeias que se fixaram em Lisboa principalmente.Nomes não faltam, basta consultar na Torre do Tombo em Lisboa ou no antigamente designado AHMOP documentos do tempo de Marquês de Pombal e posteriores oriundos da "Junta do Comércio".
ResponderEliminarDesde a instalação da capital do país em Lisboa, essa cidade passou a hospedar a família real e os principais nobres e eclesiásticos e sempre viveu, até hoje, à custa do Rei,do Estado e do País.Com a falta de trabalho nos campos, minhotos, transmontanos, durienses, beirões, alentejanos,algarvios,madeirenses e açorianos se fixaram nessa cidade e depois por causa do preço exorbitante das casas nas suas periferias.Com tantos servidores do estado central, ministros, deputados e muitos outros muita outra gente vive à sua custa. Por isso e como os salários de muitas profissões (não todas é preciso frisar) são mais altos do que no resto do país é claro que os preços são mais altos. Em contrapartida os bilhetes de metro são mais baratos em Lisboa que no Porto. A comunicação social intoxica-os e eles, sem cultura e espírito crítico, vão nisso, mas muitos têm medo do Norte. Um exemplo pessoal: pouco antes do referendo da regionalização fui aos Correios nos Restauradores telefonar para casa.A rapariga que me atendeu disse ah, o senhor é do Porto! O que pensa da regionalização? E eu fui muito claro, como portuense que sou: ninguém gosta de ser roubado, por isso sou a favor! Para a maioria dessa gente, uns quilómetros acima de Lisboa é Norte, enquanto muitos portugueses acreditam que existe uma região centro que nunca foi criada (onde está a lei ou decreto-lei da sua criação?)pois todos os dias as televisões nos massacram com essa referência.
Se tantos políticos, parentes e amigos, mais grande parte dessa população vive à custa do centralismo político, económico e financeiro lá instalado, é claro que, não podemos esperar que larguem as suas benesses.
Quanto aos habitantes do Norte eu penso que já fui claro: colonização desportiva e cultural lisboetas, o medo da mudança, a escolha de um partido e falta de capacidade intelectual para mudar, apesar das mentiras que lhes impingem e os políticos do Norte, quase todos estão submetidos à autoridade das chefias, instaladas em Lisboa, pois se não forem obedientes não sobem nem arranjam um "emprego".Por isso, afirmo claramente que há muitos, infelizmente, centralistas no Norte.
Quanto ao artigo de Pedro Figueiredo no blogue A Baixa do Porto, diz algumas verdades, como o preço das casas, as dificuldades em chegar ao emprego e a casa e os preços serem mais altos, mas revela um grande desconhecimento do país real. Não sei de onde é que ele é, mas de quem é a culpa? Da política centralista que tem sugado o país e concentra lá tudo ou dos que acham que isso está errado e se levantam para defender a sua região? Muitas vezes são piores os idos de outras zonas do país para Lisboa do que os próprios lisboetas e já conheci lá pessoas do Norte que se sentiam como imigrantes a viver numa cidade estrangeira. E claro, a culpa é sempre do Pinto da Costa!
Este povinho de merda é o caldo de cultura que permite que virus e bactérias como esse pedro figueiredo proliferem!
ResponderEliminarCada vez que me lembro que o referendo á regionalização perdeu na cidade do Porto até me +*?»#!»** todo!
Meus caros,
ResponderEliminaro Porto sempre foi uma cidade aberta a estrangeiros e conhecida pela hospitalidade das suas gentes. Era desse Porto que eu gostava.
De uma cidade de trabalho e com o bairrismo à flor da pele. Com a imigração e o centralismo, essas características foram-se degradando. Hoje, há muita gente a viver no Porto, que não ama o Porto, que ignora e despreza até,a alma das suas gentes, e que nunca se integraram de corpo e alma na cidade.
Paradoxalmente, isso já acontece com os estrangeiros, que quando por aqui ficam a viver, a amam mais do que a própria terra.
Não beberam do veneno centralista...
Meus caros amigos há muita gentinha que fala da regionalização! mas impostorice e alguns de uma forma envergonha.
ResponderEliminarTambém é certo, que por motivo dde força maior, circunstância (tendo de aliar-se com outro movimento) o partido falhou.
Mas a vida continua e o que é preciso é não parar.
O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO