Apesar da [global] crise económica e financeira, do lastro destruidor que está a deixar na vida de pessoas e empresas, é possível extrair-lhe alguns pontos positivos. O primeiro, que me parece indiscutível, foi ter servido para, definitivamente [espero bem], revelar à humanidade, que o capitalismo selvagem não é, não foi, nem nunca será o caminho para acabar com a fome e a injustiça social. Outro, foi ter deixado cair a máscara da hipocrisia que os partidos de direita vestiram durante décadas, tentando provrar ao Mundo que eram melhores que os comunistas. Não são. E não são, porque a liberdade que defendem, é uma liberdade mitigada e condicionada pelos seus próprios interesses, sem valia prática para os povos.
Há determinadas figuras públicas do Norte, com simpatias políticas neo-liberais, pelas quais até nutro alguma estima, e a quem reconheço algum valor intelectual, que perante a confusão instalada, começam a perder argumentos para continuar a defender o indefensável, que é, ao fim e ao cabo, o capitalismo puro e duro. Mesmo assim, recusam-se a admitir que o regime capitalista é, pela sua própria natureza, anti-social, e que a riqueza que gera raramente se traduz na justiça e no bem estar das populações. Sempre foi assim, e vai continuar a ser, por mais retoques que leve. O grosso da riqueza dos regimes capitalistas tem um único destinatário: a banca internacional. Perdida a vergonha, já se permite mandar na soberania de países como Portugal e a Grécia, sem que os seus defensores locais esbocem qualquer resistência. Passos Coelho, talvez ainda governe a sua casa, mas o país é que nunca governará. De momento, é um simples subordinado da Troika, que é efectivamente quem dita o que deve e não deve ser feito. Coitado do rapaz...
Mas, para o Norte do país, o drama é mais denso. A juntar à ditadura da Troika, originada também pela irresponsabilidade de muitos e maus governos, o povo do Norte tem de lidar com a voracidade centralista do Terreiro do Paço e com a vergonhosa degradação genética do que resta das suas elites. Os nortenhos sofrem um duplo desgosto. Não só, não têm um líder nacional, como penam para encontrar um líder regional. É demais, de facto.
Contudo, também lhes cabe parte das culpas. Surgiu o ano passado um Movimento [Pró Partido do Norte], que, independentemete de todas as dúvidas, se propôs constituir uma alternativa para sairmos deste estado generalizado de apatia e de domínio neo-cololianista interno, mas os nortenhos continuaram a confiar em partidos falidos, que já deram provas sobejas de incompetência político-governativa.
Quando assim acontece, que lhes resta mais, senão continuarem a pagar a factura das suas próprias más decisões? Isto, de "não querer sair de casa, porque pode chover", sai sempre muito caro. É que quando decidimos sair tarde, normalmente, chove mesmo.
Quando assim acontece, que lhes resta mais, senão continuarem a pagar a factura das suas próprias más decisões? Isto, de "não querer sair de casa, porque pode chover", sai sempre muito caro. É que quando decidimos sair tarde, normalmente, chove mesmo.
Rui, pode parecer que não tem nada a ver, mas acho que tem alguma coisa: ouviu as declarações de Marinho e Pinto? Acha que vai ser processado?
ResponderEliminarAbraço
Por este andar qualquer dia o ministro das finanças vem anunciar que atingimos o déficit 0%,quando estivermos todos mortos ou quase,com cortes na saúde,na educação nos vencimentos,nas pensões, o que nos resta senão a morte!Malditos,parecem os gestores de falências!
ResponderEliminarJá é tempo de acordar!
Senão,acontece isto:
Martin Niemöller, símbolo da resistência aos nazis escreveu em 1933: “ Um dia vieram e levaram o meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram outro meu vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei . No terceiro dia vieram e levaram o meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram levaram-me a mim; já não havia mais ninguém para reclamar...
Abraço
manuel moutinho
Temos um 1º ministro que não passa de um vaidoso, um carrasco do povo que até os manda emigrar.
ResponderEliminarQuem era este 1º ministro que apareceu do nada... Só digo que este é igual ao outro, e ainda agora começou.
Reparem nas resposta deste primeiro ministro:
- Se lhe perguntam se isto está mau, ele responde que está péssimo, se vai haver emprego para os jovens ele diz que é melhor emigrarem. Bom este é daqueles se lhe perguntarem: Mata-se ele diz esfola-se.
Triste sina a dos portugueses.
O PORTO É GRANDE, VIVA O PORTO.