A liderança do Porto Canal por uma personalidade de alta competência
e arreigado espírito nortenho como é Juca Magalhães é uma boa notícia
para todo o Norte, a acrescer à do facto de a Emissora acumular
aniversários, a ponto de ultrapassar o período da resistência e do
crescimento prudente para, com mais capacidade e sustentabilidade,
encetar passos mais significativos.
Uma forte emissora de espírito nortenho, inteiramente independente do centralismo, com uma criatividade autónoma, é da maior importância para o Norte, se não é mesmo o acontecimento mais importante para o seu futuro político, económico, social e cultural. Todavia, isto quer dizer isto e não outra coisa qualquer. O Porto Canal não pode vir a ser, no todo nem na parte, uma reprodução regional do centralismo que esmaga o país, sob pena de se tornar um projecto iníquo.
Referimo-nos ao programa “Parlamento regional”. A simples presença, como pivot, do jornalista Fernando Tavares, é a garantia da seriedade e competência de qualquer trabalho. A admiração que lhe devotamos, e se ele permitir, a amizade, implica a frontalidade da crítica a partir do que pensamos. É que não há parlamento regional! O programa, que convoca hebdomadariamente representantes dos partidos que se instalaram no Parlamento, tendo a intenção benévola de confrontar os deputados com as suas responsabilidades em relação aos eleitores, acaba por não funcionar no sentido pretendido, uma vez que aqueles deputados tartamudeiam um discurso regional no “Porto Canal” que não utilizam, antes pelo contrário, nem no parlamento de Lisboa, nem na comunicação social centralista! Nem se sentem obrigados a responder perante os eleitores, pois sentem-se ufanos de representarem “o país” (?) e não os que os elegeram! O “Parlamento regional”, tirante o divertido embaraço com que a maioria dos participantes alinhava um discurso regional em que não acredita nem lhe interessa, acaba por redundar mais num “Portugal dos pequeninos”, senão numa espécie de “centralismo para a parola”! O “Parlamento regional” devia surgir dos agentes políticos que emanam da região e não dos que nela são postos pelo centralismo como centuriões.
O problema geral é que o deputado dos partidos centralistas, que são os cinco que tomaram conta do sistema político português, está lá para (e por causa de) servir o directório do partido que o indica e o protegerá ou expelirá consoante a fidelidade aos interesses centrais… A confluência evidente entre a estratégia dos media e da política reflecte-se também aqui: da mesma forma que precisamos de uma TV autónoma que dimana da região para o país, precisamos de um partido da região, subordinado apenas aos interesses da região, independente do centralismo e disposto a combater a sua iniquidade. É preciso que a vida política nortenha se deixe de fazer em torno de carreiras nos partidos centralistas, mas que surja o clique e que velhos e novos agentes dêem prova de discernimento, coragem e generosidade cívica, ao criarem um forte partido regional! O resto são ilusões e… conveniências.
Uma forte emissora de espírito nortenho, inteiramente independente do centralismo, com uma criatividade autónoma, é da maior importância para o Norte, se não é mesmo o acontecimento mais importante para o seu futuro político, económico, social e cultural. Todavia, isto quer dizer isto e não outra coisa qualquer. O Porto Canal não pode vir a ser, no todo nem na parte, uma reprodução regional do centralismo que esmaga o país, sob pena de se tornar um projecto iníquo.
Referimo-nos ao programa “Parlamento regional”. A simples presença, como pivot, do jornalista Fernando Tavares, é a garantia da seriedade e competência de qualquer trabalho. A admiração que lhe devotamos, e se ele permitir, a amizade, implica a frontalidade da crítica a partir do que pensamos. É que não há parlamento regional! O programa, que convoca hebdomadariamente representantes dos partidos que se instalaram no Parlamento, tendo a intenção benévola de confrontar os deputados com as suas responsabilidades em relação aos eleitores, acaba por não funcionar no sentido pretendido, uma vez que aqueles deputados tartamudeiam um discurso regional no “Porto Canal” que não utilizam, antes pelo contrário, nem no parlamento de Lisboa, nem na comunicação social centralista! Nem se sentem obrigados a responder perante os eleitores, pois sentem-se ufanos de representarem “o país” (?) e não os que os elegeram! O “Parlamento regional”, tirante o divertido embaraço com que a maioria dos participantes alinhava um discurso regional em que não acredita nem lhe interessa, acaba por redundar mais num “Portugal dos pequeninos”, senão numa espécie de “centralismo para a parola”! O “Parlamento regional” devia surgir dos agentes políticos que emanam da região e não dos que nela são postos pelo centralismo como centuriões.
O problema geral é que o deputado dos partidos centralistas, que são os cinco que tomaram conta do sistema político português, está lá para (e por causa de) servir o directório do partido que o indica e o protegerá ou expelirá consoante a fidelidade aos interesses centrais… A confluência evidente entre a estratégia dos media e da política reflecte-se também aqui: da mesma forma que precisamos de uma TV autónoma que dimana da região para o país, precisamos de um partido da região, subordinado apenas aos interesses da região, independente do centralismo e disposto a combater a sua iniquidade. É preciso que a vida política nortenha se deixe de fazer em torno de carreiras nos partidos centralistas, mas que surja o clique e que velhos e novos agentes dêem prova de discernimento, coragem e generosidade cívica, ao criarem um forte partido regional! O resto são ilusões e… conveniências.
Autor : Pedro Baptista - Presidente do Movimento Partido Norte
E-mail : opiniao@grandeportoonline.com
Nota de RoP:
As observações de Pedro Baptista vêm de encontro ao que tanto Rui Farinas, como eu, escrevemos em posts recentes.
O programa "Parlamento Regional" pode ser bem intencionado, mas é absolutamente naife, para quem conhece os protagonistas...
Nem é preciso dizer mais nada,está tudo dito,tal e qual aquilo que eu penso!
ResponderEliminarcumprimentos
manuel moutinho
A política é feita de batota, quer seja da esquerda quer seja da direita.
ResponderEliminarOs partidos querem centralizar para mandar e o resto é conversa.
Os políticos das regiões, antes de estarem no poder lá vão dizendo umas coisinhas agradáveis ao povo, depois no poder falam pela voz do líder, (muito respeitinho porque senão, lá vai o tacho) por isso muita gente desta não passam de uma mentira.
Muita atenção para quem investe num Canal com um fim, porque com uma pequena distração, pode virar em mais um Canal igual aos outros.
O PORTO É GRANDE, VIVA O PORTO.