Não é por nada, mas gostava de adivinhar o ritmo cardíaco do Presidente da República depois de confrontado com as notícias, ou com os artigos de opinião - baseados em factos -, como os enunciados na crónica aqui abaixo do Jorge Fiel. Falei do ritmo cardíaco, e não como seria mais indicado, da consciência, porque, ao contrário do coração, a consciência é mais difícil de sondar, sobretudo em pessoas com o perfil altivo e a cara de pau de Cavaco Silva.
Se estivesse no lugar do Presidente, eu que algumas vezes peco por me levar demasiado sério e por gostar de pagar as minhas contas, já teria feito um pedido de explicações aos responsáveis por estas notícias, caso fossem falsas, ou, a serem verdade, como tudo aponta que sejam, ter-me-ia já demitido. O drama é que eu sou apenas o cidadão Rui Valente, praticamente um desconhecido, e ainda por cima honesto, tanto quanto é possível sê-lo numa sociedade com uma ancestral tradição desonesta como a nossa, enquanto pessoas como o PR investem tudo no estatuto, incluindo a própria honestidade.
Penso não me enganar se disser que a política é a melhor escola para se aprender a controlar as emoções e transmitir uma imagem de integridade e competência nem sempre condizente com o perfil dos alunos. Talvez por isso a política seduza mais os visceralmente oportunistas que os bem intencionados. Pelo menos é assim que vem acontecendo. Não viria mal ao mundo se a espaços pousassem na política estes paraquedistas, se o regime em que vivemos fosse uma democracia a sério, mas até ela sucumbiu à génese trapaceira dos portugueses. Percebe-se assim por que é que os políticos se sentem tão confortáveis neste esboço de democracia, e por que é que consideram as eleições livres [até ver...] a única ferramenta prestável para provar ao mundo que Portugal tem um regime democrático, e porque não estão interessados em criar outras...
Outro [mau] exemplo: numa Democracia [escrevi com maiúscula de propósito] a valer, seria impossível que Mário Lino não tivesse já sido julgado e punido por ter interferido activamente enquanto Ministro das Obras Públicas nos negócios de uma entidade pública como a REFER e tentado influenciar [e desautorizar] o responsável por essa empresa para beneficiar uma outra privada [a O2 de Manuel Godinho]. Mas o que vai acontecer [podem escrever o que digo] é que Mário Lino vai ter apenas o "incómodo" de algumas deslocações ao tribunal - para simular o funcionamento da Justiça -, para passados uns penosos mêses [ou anos], sair imaculado...
«A gaja é que o está a segurar», dizia o sucateiro ao cúmplice da REFER, referindo-se a Ana Paula Vitorino, ex-secretária de Estado dos Transportes, que foi resistindo às pressões do Ministro Jamais e mantendo no cargo o Presidente da REFER...
Meus senhores, será preciso um desenho para concluirmos quão rasteira e marginal é a nossa classe política? Eu respondo: é! Sabem por quê? Porque a comunicação social não sendo burra, às vezes gosta de passar por burra ou - o que é mais intolerável -, de fazer de nós burros. Mas a resposta não é essa. A resposta é: pousada a poeira do caso Face Oculta, vamos todos ver de novo o ex-Ministro Mário Lino a opinar sobre a seriedade de outros como ele, mas de partidos diferentes, e o murcão do povo a ouvir.
Se estivesse no lugar do Presidente, eu que algumas vezes peco por me levar demasiado sério e por gostar de pagar as minhas contas, já teria feito um pedido de explicações aos responsáveis por estas notícias, caso fossem falsas, ou, a serem verdade, como tudo aponta que sejam, ter-me-ia já demitido. O drama é que eu sou apenas o cidadão Rui Valente, praticamente um desconhecido, e ainda por cima honesto, tanto quanto é possível sê-lo numa sociedade com uma ancestral tradição desonesta como a nossa, enquanto pessoas como o PR investem tudo no estatuto, incluindo a própria honestidade.
Penso não me enganar se disser que a política é a melhor escola para se aprender a controlar as emoções e transmitir uma imagem de integridade e competência nem sempre condizente com o perfil dos alunos. Talvez por isso a política seduza mais os visceralmente oportunistas que os bem intencionados. Pelo menos é assim que vem acontecendo. Não viria mal ao mundo se a espaços pousassem na política estes paraquedistas, se o regime em que vivemos fosse uma democracia a sério, mas até ela sucumbiu à génese trapaceira dos portugueses. Percebe-se assim por que é que os políticos se sentem tão confortáveis neste esboço de democracia, e por que é que consideram as eleições livres [até ver...] a única ferramenta prestável para provar ao mundo que Portugal tem um regime democrático, e porque não estão interessados em criar outras...
Outro [mau] exemplo: numa Democracia [escrevi com maiúscula de propósito] a valer, seria impossível que Mário Lino não tivesse já sido julgado e punido por ter interferido activamente enquanto Ministro das Obras Públicas nos negócios de uma entidade pública como a REFER e tentado influenciar [e desautorizar] o responsável por essa empresa para beneficiar uma outra privada [a O2 de Manuel Godinho]. Mas o que vai acontecer [podem escrever o que digo] é que Mário Lino vai ter apenas o "incómodo" de algumas deslocações ao tribunal - para simular o funcionamento da Justiça -, para passados uns penosos mêses [ou anos], sair imaculado...
«A gaja é que o está a segurar», dizia o sucateiro ao cúmplice da REFER, referindo-se a Ana Paula Vitorino, ex-secretária de Estado dos Transportes, que foi resistindo às pressões do Ministro Jamais e mantendo no cargo o Presidente da REFER...
Meus senhores, será preciso um desenho para concluirmos quão rasteira e marginal é a nossa classe política? Eu respondo: é! Sabem por quê? Porque a comunicação social não sendo burra, às vezes gosta de passar por burra ou - o que é mais intolerável -, de fazer de nós burros. Mas a resposta não é essa. A resposta é: pousada a poeira do caso Face Oculta, vamos todos ver de novo o ex-Ministro Mário Lino a opinar sobre a seriedade de outros como ele, mas de partidos diferentes, e o murcão do povo a ouvir.
Rui, você está em Portugal, na Grécia, o ex-ministro da defesa que esteve envolvido na compra dos submarinos, já está preso... Aqui é um mar de rosas...
ResponderEliminarAbraço
Em Portugal.vai para a prisão quem rouba um tostão,e ninguém toca em quem rouba um milhão.Mas a culpa não é deles!
ResponderEliminarUm abraço
manuel moutinho
Um presidente Tótó, que lá se vai arranjando da maneira que pode e sabe, mas quando sair da política está bem de vidinha e nem precisa da parca reforma da mulher.
ResponderEliminarNeste país nenhum político vai preso infelizmente! podem roubar à vontade.
Assaltos todos os dias, os bandidos são julgados e soltos.
O que mais preocupa este governo, é chular os portugueses que trabalham para satisfazerem os patrões da Troika.
O PORTO É GRANDE, VIVA O PORTO.
Como muito bem diz o DVP, na Grécia o ministro da Defesa "vai dentro" pelo seu envolvimento na compra de submarinos. Em Portugal o ministro da Defesa envolvido na compra de submarinos vai para... MNE!
ResponderEliminarÉ só esta a diferença. Tudo isto quando está provado e comprovado nos tribunais alemães que houve "luvas" a rodos tanto para a Grécia como para Portugal.