14 maio, 2012

O homem que não podia ser primeiro-ministro

Já em tempos aqui comentei aquela frase assassina de Passos Coelho de que a austeridade imposta a Portugal é para manter "custe o que custar", frase mais própria de ditador do terceiro mundo do que de lider eleito democraticamente. 

Vem agora o mesmo personagem bolsar outra barbaridade, afirmando que o desemprego pode ser uma oportunidade para mudar de vida. Realmente quem tinha um emprego, por modesto que fosse, ao ver-se desempregado muda de vida, passando da sua relativa segurança para uma situação aflitiva, para si e para os seus. A miséria ameaça e quantas vezes a solução passa pelo recurso à caridade ou pelo auxílio prestado ou por filhos ou por pais. 

Num país como o nosso, em que os empregadores consideram que quem tiver mais de 30/35 anos é velho(!!)o desemprego nessas idades corresponde a uma sentença para toda a vida. Penso que a grande tragédia que assola os portugueses, mais do que a insolvência nacional,é o tipo de pessoa que temos como primeiro-ministro. Não quero questionar a sua boa vontade mas estou profundamente convencido que está totalmente impreparado para as funções que exerce, e que deste modo é mais parte do problema do que da solução para os problemas que nos afligem.

Passos Coelho não tem percurso profissional nem político que o recomendem para o difícil lugar que ocupa. Não é mais do que um funcionário partidário, sem qualquer vivência da vida real, que circunstâncias aleatórias atiraram para o lugar. Por outro lado, o número de promessas eleitorais que tem quebrado,autorizam que se questione a sua probidade política. 

Em suma, um flop completo! Os media, subservientes como sempre com o poder, estão muito sossegadinhos, mas seria interessante ver sondagens que nos dissessem o que pensam os portugueses a este respeito. Se é que pensam alguma coisa!!

4 comentários:

  1. Zé da Póvoa14/05/12, 13:56

    Um indivíduo que foi estudante durante 33 anos, tendo conseguido uma licenciatura numa das universidades mais rascas, contando com fortes apoios de professores que eram também seus companheiros de partido, que mérito ou capacidades é que pode ter para o desempenho de tão importante lugar?
    Quem consultar o seu CV vê lá que foi "professor" e "administrador de empresas", mas convém termos presentes que estamos em Portugal e estas coisas não são o que parecem. O seu criador, Angelo Correia, ofereceu-lhe lugares importantes nas suas empresas para lhe dar status e dinheiro, pois sabia que ele, dentro do partido, tinha bons conhecimentos que poderiam ser úteis no futuro. E apostou certo, as suas empresas hoje não sentem a crise pois gozam da boa vontade dos governantes.

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  2. Às vezes fico com a sensação de que alguma espécie de vírus ou epidemia contaminou a classe política. Eles nem sequer se preocupam em pensar nas boçalidades que lançam pela boca fora. Antes pelo contrário, parecem querer competir entre si o campeonato da cretinice.
    Nunca pensei que o 25 de Abril produzisse políticos tão rascas como estes. Que azar o nosso!

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  3. O grande problema do país é que neste momento o poder está na mão dos netos do salazar, que foram lá colocados por empresários e politicos tipo angelo correia e outros que nunca tiveram coragem de ir tão longe quando estiveram no poder e agora,gerem o poder através destes individuos que não sabem o que é a vida.Quando tiverem tudo na mão dão-lhe um chuto no trazeiro e deixam de os apoiar,quando chegar esse dia já eles fizeram todo o mal que queriam aos maus fracos e desprotegidos,e depois vêm armados em democratas fazer caridadezinha para ajudar os pobrezinhos,e este estado de coisas vai-se manter até haver um novo 25 de abril,mas em vez de cravos tem que ser com umas cassetadas nos cornos desses vigaristas!
    manuel moutinho

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  4. Caro Farinas, é o caso de cada tiro cada melro. Tem sorte, a comunicação social está mansinha. Espero que ele se meta com o Marinho e Pinto para ver onde lhe vai doer.

    Quando pensavamos que com Sócrates tínhamos batido no fundo, alguém tirou um coelho da cartóla.

    Abraço

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