«Parecia que estava a ouvir um discurso de uma certa pessoa há 50 anos», disse o Bispo das Forças Armadas.
O Bispo das Forças Armadas disse estar «profundamente chocado» com o agradecimento de Pedro Passos Coelho à paciência dos portugueses em tempos de austeridade. Em entrevista à TSF, nesta quarta-feira, D. Januário
Torgal Ferreira ficou com «vontade de pedir ao povo para sair à rua».
«Portugal
não tem governo neste momento e vão
uns certos senhores dar uma passeata num
certo dia fazer propaganda tipo união nacional, de não saudosa memória,
pelo país
fora, a dizer que somos os melhores do
mundo», começou por lamentar.
«No fim ainda aparece um senhor,
que pelos vistos
ocupa as funções de primeiro-ministro,
dizendo um obrigado à profunda resignação de um povo tão dócil e tão bem
amestrado
que até merecia estar no Jardim Zoológico.
Conclusão: parecia que estava a ouvir um discurso de uma certa pessoa
há 50 anos»,
lamentou o bispo, acrescentando: «Estou
profundamente chocado. Apetecia-me dizer: vamos todos hoje para a rua.
Não vamos fazer
tumultos, vamos fazer democracia.»
[Declarações do Bispo D.Torgal Ferreira à TVI24]
Comentário de RoP:
Se
houvesse uma palavra para classificar esta cambada de indignados que
agora vêem a público repudiar as declarações do Bispo das Forças Armadas
eu saberia reproduzi-la, mas não há. Falar de hipocrisia já não diz
nada. À força de tanto a usarem qualquer dia ainda lhe dão um estatuto
sagrado...
Quem os ouve
falar até parece que temos sido governados por gente idónea, sensata,
capaz, séria! Mas, já sabemos que para eles o falso é sério, e
vice-versa. É neles que eles querem que o povo acredite, nos que
colaboraram e colaboram com esta palhaçada a que eles compreensivelmente
chamam democracia.
Decididamente, deixei de acreditar nas revoluções com cravos. Os cravos não intimidam ninguém...
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Sempre foi um grande defensor dos mais fracos,é pena haver poucos como ele na igreja,sim porque a igreja ainda tem grande influência neste rebanho,tão bem comportado!
ResponderEliminarAbraço
manuel moutinho
Prezo-me de ser um admirador de D.Januário, há mais de 40 anos. Assisti a muitas das suas missas na Trindade e no Carmo, antes do 25 Abril, nas quais criticava o regime de Caetano e a política ultramarina seguida.
ResponderEliminarTive oportunidade de, algumas vezes, falar pessoalmente com ele e considero que é uma personalidade de mão cheia.
Diz o que pensa e não aceita rolhas, não pretendendo ser politicamente correcto.
Agora, pelo que conheço dos rapazolas que ocupam o poder, vão fazer-lhe a vida cara. Aliás, o ministro das tropas já veio aconselhá-lo a demitir-se da função. Não o poderão fazer directamente, mas vão usar as artimanhas habituais para o colocar mal. Esta gentinha não tem escrúpulos, nem pruridos democráticos!