Rui Gomes da Selva |
Como diria Lucky Luke, para alguém se tornar num político medíocre, só precisa de ter "a manha da da raposa e a astúcia do coiote", tudo o resto, pode esperar. Quando falo de resto, falo de coisas às quais a maioria dos políticos não liga patavina [como honra, coerência, respeito e competência], porque, com está bom de ver, não são esses os valores que lhes incutem nos partidos para poderem singrar na carreira. E nem precisam de os ler numa cartilha, basta o contágio com os mais antigos, e... intuir.
Se aprendi a ter esta concepção dos políticos devo-a, apenas e só, a eles, os políticos, porque, este saber não se instalou em mim abruptamente. Começou por volta de 1974, com o advento daquilo que pensava ser uma Democracia e me levou a imaginar o futuro de Portugal como o presente dos países nórdicos. Aos poucos, essa percepção foi crescendo, governo após governo, e amadurecendo durante quase quatro décadas, adensada pela saturação de promessas não cumpridas, de programas repetidamente falhados, de mentiras repetidas [e consentidas], de crimes sem castigo, até chegarmos aos dias de hoje, onde a miséria e o baixo nível de vida continua a ser o habitat natural do povo, e a corrupção o abc dos governantes. Exactamente, a corrupção. E creio que o simples facto de haver uma Procuradora Adjunta que não a reconhece e até a refuta, é uma confirmação do autismo a que também chegou o nosso sistema judicial e do alheamento que continua a ter da realidade.
Seria impossível para mim manter-me engajado num partido-político [atenção, não estou a falar de clubes nocturnos!] e ter como companheiros figuras como o da foto sem me sentir envergonhado. Só de imaginar que me podiam confundir com ele era razão suficiente para me afastar do partido. Do dele, ou de qualquer outro que abrigasse no seu seio gente tão mal formada como ele. Já sei o que alguns dos que se sentem atingidos estarão a pensar. Deve ser qualquer coisa do género: "será que tu nunca conheceste ninguém assim no teu lugar de trabalho e também te despediste?"
O que se me oferece dizer é apenas isto: para ser sincero, não me lembro de ter conhecido ninguém tão abjecto como o exemplificado, mas conheci uns pulhazitos, é inevitável. Sucede que, o local onde trabalhámos não nos pertence, é propriedade de outrem a quem compete seleccionar o perfil dos colaboradores de que precisa. Além disso, a partir do momento em que o trabalho termina não somos mais obrigados a partilhar o espaço físico com essa gente, e podemos depurár-nos no regresso a casa.
Só que um partido político não pode, nem deve, ser comparável com uma empresa*. Um partido é uma instituição democrática com pretensões governativas, com deveres específicos, sendo o saber rodear-se dos melhores elementos talvez dos mais relevantes, até porque passam a ser figuras públicas.
Não sendo assim, mais grave do que deixar cair a máscara, é provar inexoravelmente ao povo que a original mancha de vergonha toda a classe política. Como é o caso.
* Com ligeiras nuances, o grau de elevação exigível aos políticos governantes [e não só], aplica-se também às empresas públicas [como a RTP].
O que se me oferece dizer é apenas isto: para ser sincero, não me lembro de ter conhecido ninguém tão abjecto como o exemplificado, mas conheci uns pulhazitos, é inevitável. Sucede que, o local onde trabalhámos não nos pertence, é propriedade de outrem a quem compete seleccionar o perfil dos colaboradores de que precisa. Além disso, a partir do momento em que o trabalho termina não somos mais obrigados a partilhar o espaço físico com essa gente, e podemos depurár-nos no regresso a casa.
Só que um partido político não pode, nem deve, ser comparável com uma empresa*. Um partido é uma instituição democrática com pretensões governativas, com deveres específicos, sendo o saber rodear-se dos melhores elementos talvez dos mais relevantes, até porque passam a ser figuras públicas.
Não sendo assim, mais grave do que deixar cair a máscara, é provar inexoravelmente ao povo que a original mancha de vergonha toda a classe política. Como é o caso.
* Com ligeiras nuances, o grau de elevação exigível aos políticos governantes [e não só], aplica-se também às empresas públicas [como a RTP].
Esta foto, é a imagem de Lixo de contrafacção do verdadeiro político.
ResponderEliminarTodos nós sabemos infelizmente, que a política neste momento é lixo, que os cidadãos mesmo com mascara ficam doentes. Os políticos são uma espécie de Central Nuclear com rotura! estamos todos a morrer.
É raro o dia, em que comunicação social não traga para ribalta ladroagem política, eis agora a mais recente; a das PPP com os personagens suspeitos Linos, Mendonças, Campos etc e tal.
Mas Neste país, os gatunos, Incompetentes lesa Pátria não vão presos! basta a sra Cândida Almeida dizer que não temos políticos corruptos... sendo assim está tudo bem.
Há dias, qual para meu espanto, o Sr bastonário Marinho Pinto quase a espumar pela boca dizia: (como quem defende) só falam do Sócrates, e os outros!? referindo-se ao caso Friport, submarinos etc. Bom, até parece que o homem está encostado ao PS, ou então é admirador do ex/primeiro ministro... falei com os meus botões: Assim vai o mundo imundo da política.
O PORTO É GRANDE, VIVA O PORTO.
Talvez seja um exagero - acredito que ainda há na política gente que merece algum crédito -, mas saber que este "artista" do Rui Gomes da Silva, foi deputado, secretário de estado e, pasme-se, até ministro, não é de admirar o estado a que este país chegou.
ResponderEliminarAbraço