Como seria este Homem hoje? |
Quando criei este blogue tinha como primeiro objectivo dedicá-lo à cidade onde nasci e que amo como nenhuma outra, salvaguardando no entanto algum espaço para falar dos mais diferentes assuntos. Quase simultaneamente, concebi outro blogue [As Casas do Porto], este inspirado especificamente numa temática que muito me preocupa, que é a degradação urbana de toda a cidade - e não apenas do centro histórico - que, para mal dos portuenses ainda se mantém actual.
Por razões que para o caso não interessam, não pude [com muita pena minha] continuar o trabalho que levei a cabo cerca de 3 anos, prestando gratuitamente e sem falsas modéstias, melhor serviço público do que muitos jornais e que a própria televisão, dita como pública, presta.
Por razões que para o caso não interessam, não pude [com muita pena minha] continuar o trabalho que levei a cabo cerca de 3 anos, prestando gratuitamente e sem falsas modéstias, melhor serviço público do que muitos jornais e que a própria televisão, dita como pública, presta.
Entretanto, o decorrer do tempo, mais o registo dos acontecimentos, fez-me consolidar convicções simples, mas antigas, que se traduzem nisto: fazer bem, ou mal, tudo depende da competência e seriedade de quem o faz.
Quando falámos de saúde, de urbanismo, de educação, de futebol, de prosperidade, da ética, do ambiente, ou simplesmente da qualidade de vida, tratando-se embora de coisas distintas, estamos resumidamente a falar de política. E falando de política, temos fatalmente que falar de democracia. Por mais voltas que dêmos, acabámos sempre por regressar ao mesmo ponto de partida: democracia. É difícil, senão impossível, melhorar tudo o resto se não aperfeiçoarmos os processos de a exercer. E neste capítulo não podemos dizer que estamos a ter grande ajuda da comunicação social, que não sabe, ou não quer pôr em causa a previsível falência deste regime. Comodamente, os media usam essa grande figura do século XIX, e inícios do século XX, que foi Winston Churchill, para perpetuar uma sua bela frase ["a Democracia é o pior dos regimes, exceptuando todos os outros"], como se ela albergasse uma única interpretação possível. Apesar de conservador, não creio que Churchill quisesse dizer que a democracia do seu tempo não podia evoluir um século depois, mas é essa avaliação abusiva que alguns fazem dela.
Quando falámos de saúde, de urbanismo, de educação, de futebol, de prosperidade, da ética, do ambiente, ou simplesmente da qualidade de vida, tratando-se embora de coisas distintas, estamos resumidamente a falar de política. E falando de política, temos fatalmente que falar de democracia. Por mais voltas que dêmos, acabámos sempre por regressar ao mesmo ponto de partida: democracia. É difícil, senão impossível, melhorar tudo o resto se não aperfeiçoarmos os processos de a exercer. E neste capítulo não podemos dizer que estamos a ter grande ajuda da comunicação social, que não sabe, ou não quer pôr em causa a previsível falência deste regime. Comodamente, os media usam essa grande figura do século XIX, e inícios do século XX, que foi Winston Churchill, para perpetuar uma sua bela frase ["a Democracia é o pior dos regimes, exceptuando todos os outros"], como se ela albergasse uma única interpretação possível. Apesar de conservador, não creio que Churchill quisesse dizer que a democracia do seu tempo não podia evoluir um século depois, mas é essa avaliação abusiva que alguns fazem dela.
Como cidadão e eleitor, atingi há muito o meu ponto máximo de tolerância. Recuso-me terminantemente a votar só porque sim, ou porque um badameco qualquer mo recomenda [só de ver Marques Mendes gesticular me dá vómitos]. Para mim, é condição sine qua non blindar o meu voto da usura política. O voto, em termos democráticos, é o instrumento mais precioso que disponho para exercer o meu direito de escôlha, talvez o único, o mais importante. Mas, é curto. E uma vez que só posso eleger mas já não posso exonerar, então reservo-me ao direito de aguardar por mais garantias para conferir mais maturidade ao meu voto. Não quero mais votar às cegas [já não o faço há anos, diga-se]. E se até lá essas garantias não chegarem, então também o meu voto não vai para ninguém. Isto, em termos absolutos, vale o que vale. Sim, porque infelizmente muitos dos meus conterrâneos vão-se encarregar de contrariar a minha resiliência, e vão continuar a votar... Porque sim. Apesar de se andarem a queixar pelos cantos, a chorar o fado, em estúpida homenagem a um património de misérias.
Talvez esteja aí a explicação de me ter passado pela mente a ideia de rebaptizar este blogue para "Renovar a Democracia". É que o Porto coitado, esse, já não é o que era. Vive de géneses antigas, mas não as assume. E o seu povo, fruto de um cosmopolitismo traiçoeiro, que lhe roubou muito da alma, também não. Apesar do FCPorto...
Rui, se me permite, mantenha o Renovar o Porto, esse ainda pode ser renovado - já não falta muito...-, agora a democracia?
ResponderEliminarAbraço
Sou da mesma opinião do Vila Pouca, Renovar o Porto já não falta muito, mas a democracia, com os golpistas que estão para aí instalados vai ser muito difícil, talvez mais 48 anos, e isso meu amigo,já não é para o nosso tempo.
ResponderEliminarAbraço
manuel moutinho
São palavras de mestre, de sábio, quando Winston Churchil se refere à democracia.
ResponderEliminarAcho que deve continuar com o "Renovar o Porto" e falar de tudo, pelo menos desabafa deita tudo cá para fora.
Por outras palavras como dizia Churchil: a democracia não presta! mas, é melhor que os outros sistemas.
Quanto ao voto: já ninguém acredita nesta trampam e não votam, e os que votam, são os bandeirinhas dos partidos que vão as festas do chefe, e que não passam de uns pequenos números sem grande importância, mas que à corja os 30% de votantes é uma grande vitoria.
O PORTO É GRANDE, VIVA O PORTO.
Quando é que vai haver coragem de uma vez por todas dizimar deste universo político quem nos governa e nos rouba, a nós e à pátria, que neste momento está à venda.
ResponderEliminarTem que haver coragem de mandar para o inferno estes incompetentes, medíocres letrados, que se andam a governar, e depois fogem protegidos pela justiça.
Estou a escrever no sentido figurado, para que não haja confusões, e que a nova PIDE não interprete isto noutro sentido. Não quero ser um preso político, mas um simples discordante.
O PORTO É GRANDE, VIVA O PORTO.