A Igreja "progride" em sintonia com a Direita |
Desde criança, sem que meus pais exercessem qualquer influência nas minhas opções religiosas, olhei sempre para a Igreja e para os padres com bastante cepticismo e desconfiança. As minhas duas irmãs fizeram a comunhão solene de livre vontade, eu não quis, e os meus pais fizeram muito bem em não me contrariar. Sinceramente, acho que não perdi nada de importante.
Talvez seja pelo que atrás escrevi que não me surpreende o conservadorismo de um grande número de sacerdotes e o modo fanático como defendem a sua comunidade. Felizmente, há excepções, há padres que conseguem passar uma imagem autêntica na vocação de amor aos outros, e nas suas preocupações com os problemas sociais. O padre Américo, foi um desses homens. Mas há mais, e alguns deles ainda estão entre nós, e em actividade. Comparativamente, com o todo, os melhores são mesmo excepções.
Sempre que há notícias de pedofilia no seio da Igreja, os mais altos responsáveis saem logo a terreiro tomando a defesa dos acusados sem antes terem o cuidado de averiguar se elas são fundamentadas, como se fossem naturalmente uma casta de impolutos, acima de qualquer suspeita. Nesse aspecto, não diferem muito dos políticos, o que não é propriamente uma honra. Além disso, atiram-se como cães raivosos àqueles que ousam contrariar as suas doutas opiniões. Continuam com tiques que fazem lembrar a Inquisição, e castigam quem não alinha com eles. Foi isso que fez a Diocese da Guarda com D. António dos Santos, anterior Bispo da Guarda, chegando ao ponto de acusar o sacerdote de insanidade mental. Para bom entendedor, um comunicado basta. Senão, leiam:
COMUNICADO DA DIOCESE DA GUARDA
«Informa-se que o Sr. D. António dos Santos, Bispo Emérito da Guarda, se encontra ausente
desta Diocese, há 8 anos, e que o seu estado de saúde está gravemente afectado, na opinião
dos médicos que o acompanham. Por isso, qualquer declaração por ele já prestada ou que venha
a prestar, sobre os acontecimentos* últimos da vida desta Diocese, carece de fundamento e só pode
ser atribuída a boatos que possam circular».
* Caso do Seminário da Guarda, sobre o padre Luís Mendes, preso preventivamente sob suspeita de pedofilia.
«Felizmente, há excepções, há padres que conseguem passar uma imagem autêntica da sua vocação pelo o amor aos outros, e as suas preocupações pelos problemas sociais. O padre Américo foi um desses, mas há mais, alguns dos quais ainda estão entre nós e em actividade, mas são mesmo excepções.»
ResponderEliminarRui, prefiro agarrar-me a este ou a D.António Ferreira Gomes, por exemplo, e ignorar o lamentável comunicado da Diocese da Guarda, que é absolutamente deplorável. A Igreja só tem a ganhar se encarar todas, sejam elas qual forem, as realidades de frente, assumi-las, resolvê-las e não varrer para debaixo do tapete.
Abraço
Eu também estou de acordo, que eles ainda vivem com muita vontade de fazer ressuscitar a inquisição, mas felizmente ainda há alguns resistentes, como o antigo bispo de setúbal, que agora não me lembro do nome,o D. António Ferreira Gomes,o D. Januário Torgal Ferreira (capelão das forças armadas.
ResponderEliminarAbraço
manuel moutinho
Eu não sou Agnóstico, Ateu nem militante de alguma Religião ou Seita, mas, chamo-lhe Deus quando tenho que ter alguma coisa que me dê força para me libertar de algo. Também estou em crer que deve haver uma força em todo o mundo que nos rodeia!...
ResponderEliminarO homem na grande generalidade é temerário, e tem na grande maioria de ter uma fé em que se possa agarrar, Deus, Alá, o sol a pedra etc, por isso respeito todas as religiões, mas não fanatismos.
A Inquisição: foi maior nódoa negra da igreja católica. Os padres são homens como qual outra pessoa, não deixam de ter as necessidades fisiológicas, estupidez, arrogância como qualquer outro. Sou contra o celibato, deveriam casar.
A pedofilia infelizmente esta-se alastrar por todo o mundo a Internet é um correio rápido. A pedofilia é uma aberração um acto anormal para ser fortemente punida. As pessoas do clero que as praticam, deveriam ser expulsos e mais severamente punidos e não esconderem nada.
Não precisamos de ser padres, madre Teresa de Calcutá, uma Isabel do banco da fome ou qualquer outra coisa, para se praticar o bem. Não queremos muita caridade queremos sim é solidariedade.
O PORTO É GRANDE, VIVA O PORTO.