06 agosto, 2013

Emídio Gomes será o novo presidente da CCDR-Norte

 O futuro líder da comissão de coordenação já foi pró-reitor da Universidade do Porto, administrador da Junta Metropolitana do Porto, presidente da Agência de Inovação e vice-presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia.

A nomeação ainda não foi publicada em Diário da República, mas a decisão política está tomada: Emídio Gomes será o próximo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte).

Licenciado em Engenharia Agronómica e doutorado em Ciências Biomédicas, Emídio Gomes é catedrático do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto e actual director da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa. Natural do Porto, tem desempenhado vários cargos de natureza académica e em entidades públicas relacionadas com o desenvolvimento regional, onde a sua competência técnica nunca foi questionada.

Actualmente, preside ainda à Portus Park-Rede de Parques de Ciência e Tecnologia & Incubadoras e é mebro do Conselho Nacional para o Empreendedorismo e Inovação. Foi pró-reitor da Universidade do Porto, administrador executivo da Junta Metropolitana do Porto, presidente da administração da Agência de Inovação e vice-presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia, entre outros cargos.

Contactado pelo PÚBLICO, disse desconhecer que estivesse tomada a decisão para a liderança da CCDR-Norte e escusou-se a fazer qualquer comentário.

Emídio Gomes foi, naturalmente, um dos três nomes  que a Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (CRESAP) remeteu no final da semana passada ao Governo, na sequência do concurso público que o executivo insistiu em lançar para a presidência da CCDR-Norte.

Os outros dois foram Carlos Neves, que vem assumindo interinamente presidência da CCDR-Norte desde a morte de Duarte Vieira, em Fevereiro, e Juvenal Peneda, ex-secretário de Estado da Administração Interna, recentemente demitido na sequência do caso dos swap celebrados por empresas públicas como a Metro do Porto, da qual foi administrador - e onde garante não ter tido responsabilidades no recurso a estes contratos de risco.

Concurso muito disputado

A short list com estes três nomes foi remetida pela CRESAP no final da semana passada ao ministro do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, e ao secretário de Estado do Ordenamento do Território, Paulo Lemos, para a decisão política final. Os outros três candidatos - dos 26 que se apresentaram a concurso - que chegaram à fase final do processo de selecção, a entrevista, foram Alberto Santos, actual presidente da Câmara de Penafiel, Álvaro Santos, que foi chefe de gabinete do ex-secretário de Estado do Desenvolvimento Regional Almeida Henriques (que saiu do Governo para se candidatar à Câmara de Viseu pelo PSD), e António Guedes Marques, que já foi presidente da CCDR-Norte, durante cinco meses de 2004, em substituição de Arlindo Cunha.
 
A insistência do Governo em fazer depender a nomeação do novo presidente da CCDR-Norte de um concurso prévio foi muito contestada pela Junta Metropolitana do Porto e por eleitos do PS, PSD, CDS, CDU e BE, que defenderam que a urgência de nomear um presidente definitivo para a comissão, numa fase crucial da programação do próximo quadro comunitário de apoio, impunha um processo mais expedito. Além disso, várias forças políticas argumentaram que estava em causa um cargo de confiança e responsabilidade políticas, pelo que a escolha do presidente da CCDR-Norte devia ser assumida pelo Governo e recair sobre uma personalidade com peso político, em condições de afirmar as aspirações e reivindicações da região. Ainda assim, apesar do perfil mais técnico de Emídio Gomes, a sua escolha não deverá ser contestada, pelo menos pelos partidos do arco do poder.
 
 
[Fonte: Público]
 

1 comentário:

  1. Comentários para quê!? é mais um igual aos aos outros para fazer a mesma coisa, muda a mosca mas a merda é a mesma.
    Não adianta, todo este país está viciado, afundado por um centralismo pior que no tempo de Salazar.
    Quando chegará o Redentor para expulsar estes hereges políticos que tanto mal fazem ao povo e ao país.

    O PORTO É GRANDE, VIVA O PORTO.

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