29 setembro, 2013

A gala dos 120 anos e o Museu do FCPorto



Como já aqui referi, apesar do resultado positivo de sexta-feira passada, o FCPorto fez uma exibição para esquecer e não repetir.  Mas no sábado o nosso magnífico clube proporcionou-nos várias alegrias. A primeira, foi indiscutivelmente a inauguração do Museu, a modernidade e grandiosidade do projecto, tendo em Antero Henrique e toda a equipa de colaboradores, os principais responsáveis[parabéns!]. Se a perfeição existisse, quase me arriscaria dizer que se trata da perfeição em forma de Museu Desportivo, passe o exagero. Além disto, que já não é pouco, louve-se o profissionalismo do Director Desportivo do Porto Canal, Rui Cequeira, ocasionalmente investido no papel de "cicerone", que desempenhou exemplarmente. 

Acompanhei o evento pela televisão mas deu para perceber que só depois de várias visitas ao museu será possível ter uma ideia precisa e abrangente sobre o mesmo. Mesmo assim, suponho que ninguém poderá negar a qualidade da obra.

A segunda alegria foi a cerimónia da entrega dos Dragões de Ouro e dos 120 anos do clube. Melhorou consideravelmente em relação à festa do ano passado. Houve humor - que é uma coisa a que dou muito apreço -, originalidade [gostei dos trajes à século XIX alusivos à data de fundação do clube], e muito em particular da ligação histórica estabelecida entre o Porto cidade e o Porto clube, os traços em comum, brilhantemente apresentada pelo historiador Joel Cleto.

Mas o momento da noite foi o discurso emocionado e improvisado de Pinto da Costa, o discurso de um líder na acepção da palavra. Naquela casa respira-se liderança, além da competência, que é algo raro em Portugal, sobretudo se falarmos de política, de políticos e de governos. Por isso, não deixa de me causar alguma estupefacção saber que há determinado grupo de "portistas" mais preocupados em criticar a gestão do clube, do que em defendê-lo dos nossos adversários. 

Há ainda quem acredite no paraíso, tanto numa grande empresa como num grande clube, como é o FCPorto. Isso não existe em lado nenhum. O que existe é o sucesso ou o fracasso. Onde há sucesso há dinheiro, onde há dinheiro há emprego, onde  há liderança a ciumeira amansa-se. Mas aonde é que não há ciumeira? Apesar disso, sinceramente, sinto que há mais inveja de fora para dentro, do que o contrário. Há por aí muito melro, convencido que elogiar Pinto da Costa é perder a sua independência, o seu poder crítico. Esquecem-se que criticar uma gestão de sucesso, desportiva e financeiramente, uma estrutura como o FCPorto é ignorar as imensas dificuldades que é preciso ultrapassar para a bem administrar. Para a criticar com seriedade então mais vale participar regularmente nas Assembleias Gerais do Clube e aí expor abertamente as preocupações.  

Só espero é que o Porto Canal siga o exemplo e não desista de lutar por uma televisão verdadeiramente original. E original, não é propriamente copiar o que se faz noutros sítios, com outras caras. É fazer diferente, é fazer útil, é fazer melhor.  

Sem comentários:

Enviar um comentário

Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...