Já sabemos que Portugal é um dos países com pior nível de vida da Europa, que é o país mais desigual da Europa e que por essa razão tem dificuldades acrescidas para lutar em pé de igualdade com todos os outros países, em quase todas as áreas. O futebol é uma dessas áreas, e o FCPorto o clube que em Portugal mais êxitos tem alcançado no confronto com clubes de países economicamente mais poderosos. Tudo isto é verdade, tudo isto nos honra como portistas, embora nos vexe como portugueses.
Sendo isto uma realidade, torna-se difícil, quase criminoso, imaginar que neste clube de excepção fica alguma coisa por fazer em matéria de organização. Então para o adepto portista a coisa fica ainda mais difícil.
Serve o prólogo para dizer, que pese embora os bons resultados alcançados com a sua famosa política de contratações [de jogadores e treinadores], de comprar barato, fazer evoluir, e vender caro, o FCPorto podia fazer ainda melhor. Épocas há, que com esta cuidada gestão estratégica, consegue juntar aos bons resultados, boas exibições, quando consegue construir um plantel, técnica e psicologicamente equilibrado. Mas outras há, que não o consegue, e quando assim é, os riscos de fracassar aumentam exponencialmente. Se a isto associarmos a contratação de treinadores novos, sem grande experiência, vindos de clubes economicamente mais frágeis e com outros níveis de exigência, os riscos aumentam ainda mais, sobretudo quando falámos das competições europeias.
O último jogo para a Champions revelou duas coisas. Que o FCPorto ainda não está preparado física e psicologicamente para jogar ao mais alto nível os 90 minutos regulamentares. Que continua a ter no seu plantel alguns jogadores bipolares, que ora fazem coisas extraordinárias como de repente desatam a embrulhar-se com a bola, a complicar, a passar mal, e a entregar repetidamente a bola ao adversário. Basta um só jogador entrar nesta espiral de desconcentração para contagiar todos os outros e colocarmos em dúvida a qualidade do plantel.
Já no tempo de Victor Pereira me perguntava por que é que isto acontecia e se não era possível recuperar estes jogadores para prestações mais consistentes. Nestes casos, qual é o papel do treinador? Fala com eles, ouve-os, corrige-os nos treinos, repreende-os, ajuda-os a ultrapassar as deficiências, aperfeiçoa-lhes os movimentos, as desmarcações, ensina-lhes as várias opções do remate, a qualidade/velocidade do passe? Ou, opta por uma estratégia mais conservadora aceitando naturalmente as limitações próprias de cada jogador? Será que os treinadores portugueses só percebem de estratégia e de métodos de treino por catálogo? É assim, e mais nada?
Antigamente, quando alguns treinos eram abertos ao público, ainda era possível observar os processos de treino dos técnicos, mas agora só podemos mesmo imaginar [a culpa não é nossa...]. O saudoso Boby Robson podia não ser um colosso em matéria de estratégia, mas era fantástico a treinar os movimentos de ataque, os cruzamentos e sobretudo o remate, que é coisa que actualmente parece intimidar certos jogadores.
Estas especulações, não fariam sentido para mim, e suponho que também para a maioria dos portistas, se não estivéssemos preocupados com o comportamento bipolar da equipa. Parece não estar preparada para jogar 90 minutos com a mesma concentração e empenho. Essa, não é a cultura competitiva do Porto. O que é que estará a falhar?
Resta-nos acreditar que a lendária capacidade do nosso clube para ultrapassar dificuldades faça jus à tradição. Mas o Paulo Fonseca tem de ajudar...
Serve o prólogo para dizer, que pese embora os bons resultados alcançados com a sua famosa política de contratações [de jogadores e treinadores], de comprar barato, fazer evoluir, e vender caro, o FCPorto podia fazer ainda melhor. Épocas há, que com esta cuidada gestão estratégica, consegue juntar aos bons resultados, boas exibições, quando consegue construir um plantel, técnica e psicologicamente equilibrado. Mas outras há, que não o consegue, e quando assim é, os riscos de fracassar aumentam exponencialmente. Se a isto associarmos a contratação de treinadores novos, sem grande experiência, vindos de clubes economicamente mais frágeis e com outros níveis de exigência, os riscos aumentam ainda mais, sobretudo quando falámos das competições europeias.
O último jogo para a Champions revelou duas coisas. Que o FCPorto ainda não está preparado física e psicologicamente para jogar ao mais alto nível os 90 minutos regulamentares. Que continua a ter no seu plantel alguns jogadores bipolares, que ora fazem coisas extraordinárias como de repente desatam a embrulhar-se com a bola, a complicar, a passar mal, e a entregar repetidamente a bola ao adversário. Basta um só jogador entrar nesta espiral de desconcentração para contagiar todos os outros e colocarmos em dúvida a qualidade do plantel.
Já no tempo de Victor Pereira me perguntava por que é que isto acontecia e se não era possível recuperar estes jogadores para prestações mais consistentes. Nestes casos, qual é o papel do treinador? Fala com eles, ouve-os, corrige-os nos treinos, repreende-os, ajuda-os a ultrapassar as deficiências, aperfeiçoa-lhes os movimentos, as desmarcações, ensina-lhes as várias opções do remate, a qualidade/velocidade do passe? Ou, opta por uma estratégia mais conservadora aceitando naturalmente as limitações próprias de cada jogador? Será que os treinadores portugueses só percebem de estratégia e de métodos de treino por catálogo? É assim, e mais nada?
Antigamente, quando alguns treinos eram abertos ao público, ainda era possível observar os processos de treino dos técnicos, mas agora só podemos mesmo imaginar [a culpa não é nossa...]. O saudoso Boby Robson podia não ser um colosso em matéria de estratégia, mas era fantástico a treinar os movimentos de ataque, os cruzamentos e sobretudo o remate, que é coisa que actualmente parece intimidar certos jogadores.
Estas especulações, não fariam sentido para mim, e suponho que também para a maioria dos portistas, se não estivéssemos preocupados com o comportamento bipolar da equipa. Parece não estar preparada para jogar 90 minutos com a mesma concentração e empenho. Essa, não é a cultura competitiva do Porto. O que é que estará a falhar?
Resta-nos acreditar que a lendária capacidade do nosso clube para ultrapassar dificuldades faça jus à tradição. Mas o Paulo Fonseca tem de ajudar...
Paulo Fonseca é uma aposta do presidente Pinto da Costa, se calhar já não será o treinador de muitos administradores da SAD, digo eu. O certo é, que na grande maioria das vezes as escolhas, têm corrido mais ou menos bem a Pinto da Costa.
ResponderEliminarA escolha do Paulo Fonseca pelo seu passado de jogador treinador, mais como treinador é positiva, mas, a nível mediano; Quem anda num barco a remos e depois passa para comandante de um Cruzeiro não é a mesma coisa; O Paulo Fonseca parece ser uma pessoa inteligente, mas, ser treinador deste clube de nível mundial, é de muita responsabilidade.
O jogo com o Atlético de Madrid mostrou aquilo que nós já andamos a ver à muito tempo, só se joga 45 minutos à Porto, depois, bem depois não sei o que se passa.
Ghilas para Paulo Fonseca é uma carta fora do baralho, até mete pena ver o jogador jogar 2, 5, 8 minutos! ou ele não é grande jogador, ou então, pensa que é ele que vai fazer o milagre.
Para além do treinador, Helton mais uma vez naquele livre, ficou mal na fotografia
Não está nada perdido, mas que se podia fazer melhor, à isso podia-se.
O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO