Da revolução dos cravos já pouco sobra de positivo. Sim, já sei que por enquanto ainda temos liberdade para dizer o que pensamos, mas daí a poder inferir-se que essa liberdade nos serve para travar as aberrações de uma "democracia" fora da lei como a nossa, vai uma grande distância.
A aldeia global clonemente mediatizada em que o mundo se tornou não nos oferece grandes exemplos de civilidade, até porque na União Europeia actual a crise não é só económica nem financeira é, também, ética e cultural. Admito que a importação maciça de produtos norte americanos (séries televisivas, filmes, etc.), conjugada com o decréscimo vertiginoso da produção cultural europeia, terá tido alguma influência nessa crise. Os americanos não são propriamente um exemplo de civilidade e talvez resida aí, em parte, a explicação para a descaracterização e desunião dos europeus. Seja como for, nada justifica a discriminação regional e o completo deserto de seriedade que se instalou despudoradamente em Portugal.
Mas vamos ao que interessa. Alguns jornalistas que já por aqui passaram (calculo que não morram de amores por mim), devem pensar que os tomei de ponta por mera embirração, mas se eles pensassem bem no trabalho faccioso de alguns (muitos) dos seus colegas, entenderiam a pertinência dessa "embirração".
O vídeo aqui abaixo mostra apenas mais um dos múltiplos miseráveis exemplos de má educação e de ordinarice do treinador do Benfica, Jorge Jesus. Ele agride árbitros, polícias, stewards, ele pega-se com outros treinadores, com os próprios jogadores, provoca os adversários, transgride as regras por onde passa, e não se vê ninguém (nem mesmo os jornalistas) a criticar com a mesma veemência e mediatização que por muito menos fariam se se tratasse do FCPorto.
Nos programas televisivos sobre futebol, as câmeras só têm lentes (e zoom) para as jogadas em que o FCPorto é supostamente beneficiado, e quando elas não existem, inventam-nas, ou sugerem-nas. Com os dois clubes da capital fecham os olhos, ou mudam pura e simplesmente de assunto. Isto, nas nossas barbas, e, o que é inimaginável, nas barbas de quem devia zelar pelas boas normas éticas e democráticas: os governantes. Mas como os governantes não existem para governar, estes jornalistas mercenários agradecem a inimputabilidade, crescem e vão até onde os deixarem ir. O problema é quando levam a leviandade ao ponto de procurarem influenciar as instituições da justiça desportivas em benefício de um desses dois clubes lisboetas como sucedeu com o "Apito Dourado".
Nos programas televisivos sobre futebol, as câmeras só têm lentes (e zoom) para as jogadas em que o FCPorto é supostamente beneficiado, e quando elas não existem, inventam-nas, ou sugerem-nas. Com os dois clubes da capital fecham os olhos, ou mudam pura e simplesmente de assunto. Isto, nas nossas barbas, e, o que é inimaginável, nas barbas de quem devia zelar pelas boas normas éticas e democráticas: os governantes. Mas como os governantes não existem para governar, estes jornalistas mercenários agradecem a inimputabilidade, crescem e vão até onde os deixarem ir. O problema é quando levam a leviandade ao ponto de procurarem influenciar as instituições da justiça desportivas em benefício de um desses dois clubes lisboetas como sucedeu com o "Apito Dourado".
Estes testemunhos encaixam como luva na irresponsbilidade dos nossos governantes. Eles não ousam comprometer-se nestas coisas da bola no sentido de as moralizar. Muito pelo contrário, rebaixam-se ao nível dos adeptos mais fanáticos, participam e tomam partido publicamente do clube de eleição. Nestes casos, até capricham em descer do altar das suas supremas "competências" sem se importarem de misturar com o povo para melhor poderem camuflar e desculpar a falta de elevação. Dito isto, pergunto: será possível dizer algo de positivo de toda esta gente?
Para os portistas não estou a dar nenhuma novidade, mas mesmo assim questiono: se estas imagens fossem de um treinador do FCPorto estão a imaginar o que seria?
Se fosse do F.C.Porto era trucidado. Assim é o maior e vão tentando justificar o injustificável, umas vezes a razão para as atitudes era uma, depois arranjavam outra, cada qual a mais inacreditável, tratando toda agente como um bando de anormais.
ResponderEliminarMas isto está assim e nós somos apenas uma gotinha que nem dá para matar a sede.
Abraço