26 novembro, 2014

E o que fizeram a Pinto da Costa, seus moralistas da cáca?

O meu sentido de humor não encaixa nas anedotas personificadas pela classe política por uma simples razão: exijo para governar o meu país gente competente, e integralmente séria. Não fosse assim, ria-me a bandeiras despregadas desta nova máxima que separa a política da justiça, como eles tanto gostam de dizer, sem se darem conta do ridículo em que caem.

O que eles querem dizer, como sublinearmente o demonstram, é que nada na vida pode ter um só significado, depende da conveniência, da ocasião e dos protagonistas. Por outras palavras, momentos há, em que afirmam que a Justiça é igual para todos, e noutros nem por isso. Que o segredo de justiça é para ser respeitado, mas tem dias. Gostam num dia de juízes reservados, e no dia seguinte já preferem juízes do tipo papagaio. E contudo, na Assembleia da República, onde o tema do segredo de justiça devia ser debatido à exaustão, até conseguirem consensos, suas Exas. os ilustres deputados não se entendem, preferindo continuar a chafurdar nestas areias movediças. Depois, a culpa é dos juízes, que não legislam...

Entretanto, a realidade diz-nos que tudo o que ouvimos e lemos nestes últimos dias, não passa de cínicos exercícios de retórica. Falemos como exemplo, dos jornalistas.

Há o jornalismo dos jornalistas (passe a redundância), que consiste em blindar a classe com todos os direitos, e sem nenhumas obrigações. Desta casta generalizada, emergem duas sub-classes: os jornalistas sócio-políticos e os jornalistas desportivos. Não consta que gostem uns dos outros, ou de se misturarem, mas sabe-se que abrem excepções corporativas quando o perigo espreita. Uns, não querem saber da idoneidade dos outros para nada, e assobiam para o ar se alguém lhes pedir para a comentarem (em nome do serviço público).

Depois desta intoxicação socratiana, entre deveres de juízes e direitos de suspeitos, continua bem guardada no baú do esquecimento a discriminação que os 3 pasquins desportivos praticam há muitos anos sobre um clube de futebol chamado FCPorto. Pena é, que o sentido de observação e da ética destes cavalheiros - comentadores, advogados, políticos e jornalistas - se mantenha indiferente com o que está bem à vista em todos os canais e jornais da capital: a DISCRIMINAÇÂO com laivos de racismo, movida ao FCPorto!  É a tal treta da calendarização das legalidades. Tem dias. Valorizam-se ou desprezam-se, conforme a côr dos interessados.

Nem o monopólio mediático com que dominam o país, os incomoda. Nem o cerco que eles próprios moveram a Pinto da Costa com artigos sensacionalistas nos jornais, dia após dia, com escutas, frutas e insinuações, lhes pesa na consciência, agora que tão incomodados se mostram com os problemas comunicacionais do juiz Carlos Alexandre. Nem o facto de Pinto da Costa ter sido absolvido pelos Tribunais os fez recuar na missão destruidora de o abalar e através dele o FCPorto.

É só ligar as televisões, ou olhar as capas dos jornais, para a máscara lhes cair, mesmo nas barbas de portistas de trazer por casa, oportunistas, incapazes de sobrepor a dignidade aos rebuçados das avenças. Nem o facto do FCPorto estar quase impossibilitado de jogar à vontade com a pressão sectária dos árbitros, lhes ensombra o brio dos escrúpulos. Assim como, nem o facto de o FCPorto ter tido o melhor comportamento das equipas portuguesas na Champions os impede de desvalorizar o feito, preferindo destacar feitos menores dos clubes de Lisboa. Para isto, não há lei, nem regras. Vale tudo.

Sabem uma coisa: vão para a grande p.q.v.p, mais os vossos pregaminhos!  Que a terra vos pese um dia e vos conduza directamente ao inferno! Hipócritas!

5 comentários:

  1. Tem toda a razão. Isto parece um circo, mas a forma como o público assiste, se manifesta e participa, depende do "palhaço". O mesmo em relação a gente com grandes responsabilidades, como foi o caso de ex-Procurador Geral da República, Pinto Monteiro.

    Abraço e até logo.

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  2. É, Vila Pouca! Pinto Monteiro foi uma maionete no governo anterior. Agora, anda a conviver com antigos governantes (e não devia). Quando estava no activo, não se coibia de dar pareceres sobre Pinto da Costa e o Apito Dourado de forma tendenciosa.

    Um abraço e até já!

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  3. A maior parte destes moralistas que nós levamos com eles todos os dias, são uns hipócritas, um chapéu de dois bicos uns jogadores.
    Quando Pinto da Costa e o FCP foram difamados em praça pública e foram a tribunal, estas mesmas prostitutas de jornaleiros e afins, tudo disseram e fizeram para que houvesse condenação.
    Já me mete nojo, ouvir esta gente...

    Abílio Costa.

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  4. Ricardo Gonçalves29/11/14, 22:01

    Esta discriminação ao FCP de que fala já não é novidade. É ignorar e andar, porque há coisas que nunca mudam...

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  5. E mesmo assim entrou primeiro o ze socas na pocilga ...o grande homem que e PC mesmo antes de saber a decisao nunca desprestigiou a justica sempre disse que acreditava nela.sera que o paulo tortas acredita na justica?

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...