Caros leitores e amigos, hoje, escrevo exclusivamente para vocês. Para todos aqueles que me honram com a sua presença neste simples espaço de cidadania e de Liberdade. Sim, Liberdade com L maiúsculo, porque aqui falámos sem medos, sem mordaças, sem pressões chantagistas. Nós somos mais livres e democratas que todos os media juntos. E não precisamos de um massacre do tipo Charlie Ebdo para afirmarmos o nosso apego à Liberdade. Aqui, não damos como adquirida a conquista da Democracia. Aqui, não se faz da Democracia uma couraça intocável para refúgio de oportunistas, corruptos, e anti-democratas. Para nós, a Democracia é encarada como um processo de aperfeiçoamento permanente, nunca será tida como obra acabada. Porque, é por muitos a acharem terminada, que ela está doente e tarda a reabilitar-se.
Se hoje disse que escreveria para os amigos, é por uma razão muito simples: para dizer o que penso, sem preocupações de elegância, politicamente correctas. Estou farto, e cansado de gajos e gajas politicamente correctos. Essa gente não presta.
Começo por vos dizer, que tantos anos decorridos (41) do 25 de Abril, dia em que imaginei que o nosso país ia finalmente sair do cinzentismo salazarento, me sinto profundamente traído. Porque foi por gostar do meu país, que deixei o meu "asilo" de aventureiro no estrangeiro, para regressar e alistar-me no exército e cumprir o serviço militar que me levou para a guerra colonial (Moçambique). Hoje, enquanto português de Portugal (não é pleonasmo, porque há quem tenha a portugalidade centrada em Lisboa), sinto a consciência tranquila, mas se fosse agora, não voltava a fazê-lo. Os "democratas" do pós 25 de Abril que ocuparam lugares distintos demais para a sua categoria, não mereciam tamanho sacrifício. Sabendo do que esta gente é capaz, que é bem pior que foi Salazar (e Salazar não se dizia democrata), ter-me-ia deixado estar onde estava, e não me arriscava a morrer por um país com tão medíocres governantes.
Mas, se tivesse de me disponibilizar de novo para combater, só uma causa me movia: a descentralização/regionalização. Mesmo com armas, porque pela vontade política, está provado, nada conseguimos. Hoje, abomino, tenho uma empedernida repulsa por tudo o que fale do Terreiro do Paço e por todos aqueles que o bajulam, sem terem sérios motivos políticos para isso. As suas motivações são de mero oportunismo pessoal. Para qualquer nortenho esclarecido, apoiar as políticas centralistas, é um verdadeiro acto de traição à sua região.
Não cometerei o erro de separar o Terreiro do Paço dos cidadãos lisboetas e dos nortenhos que lhes alimentam a soberba, porque são também responsáveis por este clima de discriminação e despudor. O fanatismo instalado no futebol, onde o Benfica é uma espécie de offshore do regime, é aproveitado politicamente sem olhar a meios para atingir os fins mais abjectos. Toda esta bagunça tem passado ao lado da indiferença dos cavalheiros que ocupam os mais altos cargos do país. Como é possível sobrar simpatia por esta gentinha? Como é possível que os nortenhos se sintam bem representados por esta garotada? Como? Só há uma forma: a submissão. E quem se submete, não merece respeito.
Estou certo que, se dissesse estas coisas num estúdio de televisão, a seguir teria de enfrentar montes, carradas de moralistas, patrioteiros e afins escandalizados por ouvirem um gajo dizer o que sente e não ter medo de o dizer. Foi essa a razão porque comecei esta crónica dirigindo-a exclusivamente aos amigos.
Pouco me importa revolver-lhes as sobras de dignidade, o amor próprio, porque até o que sentem me é indiferente. Tão indiferente, como eles têm sido connôsco todos estes anos, com os nossos afectos, os nossos valores, a nossa pronúncia, os nossos costumes, os nossos clubes, a nossa dignidade, o nosso respeito e nossa liberdade. Eles têm-nos mesmo ódio, porque só o ódio explica a discriminação permanente que nos fazem, e não se escusam a escondê-lo. A comunicação social é o maior posto avançado desse ódio... E não vale a pena tentarem trocarem-nos as voltas com o cinismo do costume, alegando que estamos a misturar as coisas, que confundimos o futebol com o resto. O futebol não é tudo, mas faz parte desse "resto". Só que o futebol, tem a vantagem de desmascarar muitos cavalheiros, que noutros "palcos" gostam de passar por grandes estadistas, grandes humanistas, grandes políticos e grandes comentadores. O palco do futebol, mais do que o da política, fá-los despir o verdadeiro carácter. Não, nós não confundimos as coisas, e eles sambem-no bem. Por isso, e enquanto prosseguirem nesta vaga ignóbil de rapinagem étnica, social, cultural e económica, olhando para o umbigo da capital como se outro território não houvesse, nunca mais me sentirei integrado numa verdadeira nação. E são eles, só eles, os únicos responsáveis por esta situação.
Estes últimos dias escrevi coisas pouco abonatórias do Jornal de Notícias, e fundamentei os motivos. Estou a pensar seriamente fazer um ultimato ao actual Director Geral, para lhe comunicar que tudo farei para desacreditar o Jornal de Notícias se o rumo que lhe está a dar fôr aquilo que parece. Se tomar essa decisão, será menos um leitor que o JN perderá. Não um leitor ocasional, um leitor diário, de jornal/papel, comprado. Chega de golpadas!
PS - Ainda não escrevi ao Afonso Camões - esse perfeito desconhecido albicastrense dos nortenhos que Proença de Carvalho escolheu para Director do JN - , a anunciar-lhe o fim da minha ligação ao jornal, na qualidade de leitor/modalidade papel, que dura há mais de 30 anos. Mas já comecei a dar os primeiros passos nesse sentido. Ontem e hoje, apliquei os 2,80 € dos dois jornais, em coisas mais credíveis. Depois, é como deixar de fumar, a gente habitua-se e os pulmões agradecem...
Não cometerei o erro de separar o Terreiro do Paço dos cidadãos lisboetas e dos nortenhos que lhes alimentam a soberba, porque são também responsáveis por este clima de discriminação e despudor. O fanatismo instalado no futebol, onde o Benfica é uma espécie de offshore do regime, é aproveitado politicamente sem olhar a meios para atingir os fins mais abjectos. Toda esta bagunça tem passado ao lado da indiferença dos cavalheiros que ocupam os mais altos cargos do país. Como é possível sobrar simpatia por esta gentinha? Como é possível que os nortenhos se sintam bem representados por esta garotada? Como? Só há uma forma: a submissão. E quem se submete, não merece respeito.
Estou certo que, se dissesse estas coisas num estúdio de televisão, a seguir teria de enfrentar montes, carradas de moralistas, patrioteiros e afins escandalizados por ouvirem um gajo dizer o que sente e não ter medo de o dizer. Foi essa a razão porque comecei esta crónica dirigindo-a exclusivamente aos amigos.
Pouco me importa revolver-lhes as sobras de dignidade, o amor próprio, porque até o que sentem me é indiferente. Tão indiferente, como eles têm sido connôsco todos estes anos, com os nossos afectos, os nossos valores, a nossa pronúncia, os nossos costumes, os nossos clubes, a nossa dignidade, o nosso respeito e nossa liberdade. Eles têm-nos mesmo ódio, porque só o ódio explica a discriminação permanente que nos fazem, e não se escusam a escondê-lo. A comunicação social é o maior posto avançado desse ódio... E não vale a pena tentarem trocarem-nos as voltas com o cinismo do costume, alegando que estamos a misturar as coisas, que confundimos o futebol com o resto. O futebol não é tudo, mas faz parte desse "resto". Só que o futebol, tem a vantagem de desmascarar muitos cavalheiros, que noutros "palcos" gostam de passar por grandes estadistas, grandes humanistas, grandes políticos e grandes comentadores. O palco do futebol, mais do que o da política, fá-los despir o verdadeiro carácter. Não, nós não confundimos as coisas, e eles sambem-no bem. Por isso, e enquanto prosseguirem nesta vaga ignóbil de rapinagem étnica, social, cultural e económica, olhando para o umbigo da capital como se outro território não houvesse, nunca mais me sentirei integrado numa verdadeira nação. E são eles, só eles, os únicos responsáveis por esta situação.
Estes últimos dias escrevi coisas pouco abonatórias do Jornal de Notícias, e fundamentei os motivos. Estou a pensar seriamente fazer um ultimato ao actual Director Geral, para lhe comunicar que tudo farei para desacreditar o Jornal de Notícias se o rumo que lhe está a dar fôr aquilo que parece. Se tomar essa decisão, será menos um leitor que o JN perderá. Não um leitor ocasional, um leitor diário, de jornal/papel, comprado. Chega de golpadas!
PS - Ainda não escrevi ao Afonso Camões - esse perfeito desconhecido albicastrense dos nortenhos que Proença de Carvalho escolheu para Director do JN - , a anunciar-lhe o fim da minha ligação ao jornal, na qualidade de leitor/modalidade papel, que dura há mais de 30 anos. Mas já comecei a dar os primeiros passos nesse sentido. Ontem e hoje, apliquei os 2,80 € dos dois jornais, em coisas mais credíveis. Depois, é como deixar de fumar, a gente habitua-se e os pulmões agradecem...
O JN, já era, admira-me como ainda não passaram para Lisboa. Tanto querem conquistar o Sul que já perderam o Norte. E nunca vão conquistar os sulistas e elitistas, esses preferem outras leituras.
ResponderEliminarAbraço
Sinto da mesma forma toda esta desilusão que sente, de um país mal tratado por gentinha oportunista que se aproveitou da revolução dos cravos para assaltar o poder e governar no sentido dos seus proveitos.
ResponderEliminarÉ gente sem sentido de Estado, gente menor. Se houvesse justiça não politizada e mais justa, a maior parte dos nossos políticos estavam presos.
A maior desilusão é desta peste de gente que se vende ao centralismo levando tudo do melhor que cá temos, entregue cobardemente ao centralismo.
Pouco me orgulho do meu país, mas orgulho-me muito da minha região e da minha cidade, conheço bem as minhas origens.
Quanto aos moralista, aos políticamente correctos, são os tais arranjistas, lambe/botas defensores dos seus tachos.
Abílio Costa.
Pois é Rui, vamos de mal a pior e a avaliar pelas noticias que leio todo os dias (e não me digam que a criminalidade mais violenta não está a aumentar - eu não como palha), o país está doente e não tarda está ligado à máquina. O Jornal de Noticias? Deixei de ler desde que entrou o novo "serviçal". Imagine-se que Pinto da Costa escrevia para o novo serviçal. Está tudo dito.
ResponderEliminarO Norte, desde que comecei a saber pensar, sempre me desiludiu. O Porto desde há 6/7 anos a esta parte, igualmente.
É um povo demasiado acabrunhado e submisso, este povo benfiquizado e centralizado de cérebro. Preferem a parolada centralista às cores da sua terra. Herança do Estado Novo, não tenho dúvidas, que também formou um sociedade de cobardes e medrosos vermelhos. Muitos são-no por ignorância, outros porque sim, porque segundo eles isso nem interessa muito e "não devemos misturar as coisas". Haja pachorra para tanta ignorância.
No Norte resta o Porto Canal, o Jogo (que já têm "versão" sulista para agradar à manada vermelha) e a Rádio 5.
A culpa é das gentes, mais do que de Pinto da Costa que não pode ser o baluarte da defesa dos interesses de uma cidade. São as gentes que têm de organizar-se e lutar contra a pouca vergonha.
Caro blogger,
ResponderEliminarSabe, ou tem ideia, que cada vez há mais sulistas a gostar de ir ao Porto? e que gostam de lá passar um fdsemana? porque simplesmente se divertem e gostam das gentes do norte. pense nisso amigo, pense muito bem nisso porque acima de regionalismos estão as pessoas e com este tipo de paleios pode arranjar muitas chatices. e mais uma coisa, nunca, mas pelo amor de Deus, nunca confunda a gentes do Norte com os Tripeiros porque o Porto, não obstante ser a segunda cidade mais importante cá do feudo, não passa de mais uma cidade do imenso Norte que fanáticos como o Senhor pretendem ofuscar.
cumprimentos
Lembro-me de um discurso há cerca de 4 anos de Pinto da Costa, que ía no sentido da luta contra o centralismo que segundo ele estava cada vez mais forte contra um Norte ostracizado.
ResponderEliminarNessa altura Rui Moreira veio a terreiro dizer que não era assim, porque o Porto era agora um clube nacional e global (o que é que uma coisa tem a ver com a outra?? Para umas coisas interessa a relação e para outras não??).
100 dias depois de ser eleito Presidente da Câmara Municipal do Porto, foi entrevistado em directo num programa singular, Porto Sentido, em que defendeu uma luta pro-activa do Porto e do Norte contra os desvios dos fundos comunitários para Lisboa.
Testemunhou um investimento de "melhoramento" urbano em Lisboa, no valor de 600 milhões de Euros enquanto nem 1 milhão por ano para requalificação urbana entraria no Porto.
Depois ouvi-o dizer que a TAP e a ANA servem os interesses de Lisboa e não do Porto, que asfixiam a economia local e que se não fossem outras companhias o Porto nem existia.
Passou a lutar por um Porto que deveria lutar pro-activamente e não queixar-se sobre leite derramado (as palavras são dele).
Mudou de opinião em 3/4 anos? Porquê?
Se o Porto não fala a uma só voz, se prefere aburguesar-se quando dá jeito, então meus amigos, o Porto acabou. Porque os da sociedade benfiquizada e os do Terreiro não querem saber de nada senão do seu umbigo e da manutenção do status quo vermelho e centralista.
Até quando?
Era um dos que,diariamente,no Sul,o comprava..COMPRAVA!Mais um pasquim cheio de manha...!
ResponderEliminarCumprimentos
Anónimo das 17H10,
ResponderEliminarAté o modo como começou o comentário o identifica: hipócrita e centralista!
Porque me tratou por "caro blogger", se a seguir me chamou fanático? Você tem ideia do que é a hipocrisia?
Olhe: eu estou-me borrifando com esses amores interesseiros da gente do sul. Não me impressiono com palmadinhas nas costas de gente hipócrita. Os lisboetas quando cá vêm derretem-se de amores pelo Porto, mas quando chegam a Lisboa e entram num estúdio de tv, logo se esquecem, e até já vi um a incentivar uma guerra ao Porto. Você julga que me alimento da sua palha, ou quê?
Você, não passa dum cobarde, como qualquer anónimo, e fica sabendo que não volta a infectar este blogue, porque eu não lhe vou dar esse prazer.
Nem cumprimentos nem larguras, vá à merda!
Estes anónimos podiam ficar todos em Lisboa a comer sardinha assada. Ou então se estão no Porto está tudo explicado.
ResponderEliminarO dinheiro do turismo no Porto vem do estrangeiro caro anónimo centralista benfiquizado da treta. Não vem dos "sulistas".
O Porto tem é de ir buscar o seu ADN e lutar por aquilo que é seu. Voltar a ser o motor industrial e tecnologico do país. É assim que os paises se desenvolvem. Não é só a fazer azeite, vinho e a tornarem-se as Floridas da Europa para os velhos Holandeses, Alemães e Franceses irem acabar os seus dias (são bem vindos naturalmente).
Não é com empregos de turismo, embora o turismo seja importante, que os países crescem economicamente.
"com este tipo de paleios pode arranjar muitas chatices". Haja cobardia para escrever tanta estupidez.
Bem haja Rui pela sua frontalidade e por ser uma pessoa de valores e principios, coisa rara nos dias que correm, como comprovam estes anónimos.
Viva Soren,
ResponderEliminarcomo sabe promovi aqui há uns anos uma petição na blogosfera contra o serviço público da RTP, onde exigia a demissão de Carlos Daniel & Ca., sabe qual foi a adesão? Mil e poucas assinaturas? Quer mais exemplos?
Quanto a Pinto da Costa, estou muito decepcionado com a postura dele esta época. Receio ter chegado a hora de ceder o lugar a outro, porque daqui a nada começamos a ouvir a tropa fandanga lisbonária a elogiá-lo e isso provará definitivamente que a sua liderança chegou ao fim.
Os elogios dos lisboetas e dos seus cães de fila do norte, são facadas para mim.
Viva Rui,
ResponderEliminarCom Pinto da Costa estou decepcionado há já alguns anos, desde o tempo de Jesualdo em que passou a ser o treinador a defender o clube, enquanto a direcção mais bem paga do Portugal desportivo se colocava à margem do mediatismo.
A minha decepção nem passa pela falta de intervencionismo anti-centralista. A idade pesa e foram muitas lutas, estar-lhe-ei eternamente grato. A minha decepção decorre do facto de não se ter rodeado de gente nova, com garra, adaptada a estes tempos dificeis de renascimento centralista castrador do desenvolvimento das gentes.
Quando não há energia deve delegar-se e rejuvenescer-se as frentes de batalha. Pinta do Costa até agora não soube ou não o quis fazer fazer.
O Porto precisa de juntar ao André, João Pinto e Lima Pereira, gente nova, intelegente e IDENTIFICADA com a causa do Porto clube e cidade.
Soren,
ResponderEliminarinteiramente de acordo. Eu gostava de manter esse sentimento de gratidão com Pinto da Costa, mas o meu receio é que ele não se dê conta que precisa de ceder o lugar a outro, visto já não ter saúde para gerir conflitos. E o facto de ainda não se ter dignado a falar aos adeptos para mim é muito preocupante.
Um abraço
Há sempre uns cretinos que gostam de lavar o traseiro com urtigas, são parcos em sentimentos, mas burros que teimam sempre ir a onde está o monte de palha.
ResponderEliminarMe despeço cuspindo no prato destes peregrinos que vão beijar o Andor e os anéis do sr do Império.
Abílio Costa.
Força amigo Rui, Estou de acordo com tudo o que sente e escreveu, excepto numa coisa, a minha pátria começa no Porto e acaba em Coimbra, e tenho razões muito fortes para isso porque vivi em Lisboa 34 anos por motivos profissionais e sei bem o que é a marca dos sulistas, como esse anónimo que gosta de vir ao Porto comer uma francesinha e ser bem tratado por nós, mas quando chega lá ao império do reino está-se nas tintas para nós.
ResponderEliminarAbraço
Manuel da Silva Moutinho
O povo do Porto troca os vês pelos bes mas nunca troca a liberdade pela servidão
ResponderEliminarO anônimo centralista que vá dar banho ao cão. Cheios de falsos moralistas estamos nós!
Caro Rui,
ResponderEliminarÁmen para tudo o que disse sobre o centralismo e o JN.
O Norte está manso e cheio de mansos.
Eu decidi desde 2007 deixar de votar para que Lisboa me governe como o tem feito e vou recapitular:
Torrou a pimenta da Índia, o ouro do Brasil, deu-nos o Ultimato Inglês, a 1ª Republica, 48 anos de ditadura, 3 pedidos de ajuda ao FMI.
Para mim chega. Cambada de imuteis e mamões do caralho. O que me liga ao meu País é o Norte e o FC Porto.
Abraço
F. Couto
F. Couto,
ResponderEliminarseja bem vindo!
hoje mesmo, comecei a dar o meu humilde contributo para estancar a sangria centralista do JN.
Não o comprei, nem o li, como vinha fazendo há muitos anos. É possível que nos próximos dias ainda leia um ou outro, para ver até que ponto chega a desfaçatez.
Se continuar nesta vaga de chico-espertice, acabou, terei de recorrer aos livros, que são bem mais instrutivos.
Um abraço
Caro Rui Valente, permita que assim o trate.
ResponderEliminarSobre o tema, subscrevo totalmente o que é dito, daí a minha indecisão em participar, pois senti não ter nada a acrescentar. Todavia ocorreu-me um comentário que fiz no blog REGIONALIZAÇÃO/DESCENTRALIZAÇÃO e que me parece ajustar-se ao Tema e às circunstâncias :
Enquanto votante derrotado, aquando do referendo para a Regionalização, tive tempo, muito tempo, para me aperceber que o tema desperta pouco interesse, ao chamado "pobo do norte".
O que se viu a partir daí, foi o aparecimento dos arrependidos. Aqueles que vociferaram contra e que anos passados vêm glosar o tema com demagogia e oportunismo. Veja-se a postura do anterior presidente. O que disse antes de eleito, e o que veio a dizer depois sobre a Regionalização.
"Portugal é Lisboa e o resto é paisagem". "Vamos organizar um passeio a Lisboa para ver o Oceanário". "Vamos a Lisboa ver o Jardim Zoológico". "Senhor Silva que tempo leva a mudar a peça no carro, conforme o orçamento que lhe pedi?" Diz o Silva "Logo que chegue de Lisboa, um dia".
Assim se foi construindo na mente nortenha a ideia da Cidade que tudo tem e até onde tudo se compra. Juntamos-nos assim ao Vaticano, Singapura, Kuwait, Djibouti, Mónaco etc. Temos uma cidade estado.
Bruxelas considerou em Junho passado "Lisboa a primeira Cidade Empreendedora Europeia 2015, um reconhecimento pelas melhores estratégias regionais de promoção do empreendedorismo e inovação. Esta foi a primeira vez que a Comissão Europeia atribuiu o prémio a uma REGIÃO".
Duma penada, Lisboa conseguiu ser para além de cidade estado, ser também, ao que sabemos oficialmente, a única REGIÃO do território.
Quanto ao autarca independente (Rui Moreira) faço votos que continue a falar até que a voz lhe doa, seja na rádio, na tv ou no correio da manhã. Não se conseguem emancipações por conversa fiada. Acredito nos povos que lutam pela defesa da sua identidade e dos seus interesses como os "taberneiros do Porto".
Como diria o meu Presidente. REGIONALIZAÇÃO ? VOU ESPERAR DEITADO !
Cumprimentos
Caro Guilherme S. Olaio,
ResponderEliminarÉ como diz, mas o mal do povo (e não é só o nortenho) é não gostar de lutar para conquistar as coisas. Queixa-se, mas vai deixando rolar.
Essa é uma das razões que explicam a baixa qualificação dos políticos do nosso país. Eles sabem o que fazem, sabem que este povo não se mobiliza, e enquanto houver 6 milhões de vermelhos para arrebanhar, não sentem o lugar deles em perigo. Duvido por isso que a Regionalização se faça nos próximos anos. As pessoas nem sabem o que querem, mesmo com o total desrespeito votado ao FCPorto abrem os olhos.
Um abraço
Subscrevo tudo Sr. Rui Valente.
ResponderEliminarPermita-me que coloque aqui dois comentários que escrevi no blog Porto Universal, do Sr. Jorge Vassalo, em resposta a um imbecil denominado Alcoólico Anónimo que foi conspurcar o Mui Nobre e Leal blog Porta 19.
O Sr. Jorge Vassalo, como eu, sentiu-se obviamente ofendido e deu asas à sua indignação no seu excelente espaço afecto ao Futebol Clube do Porto. Do nick escolhido pela dita personagem derivou o meu, obviamente irónico.
Seguem, então, a transcrição dos meus comentários, que julgo adequados à discussão aqui neste blog. Peço que se considere que o que referi foi, somente, a título de exemplo, uma vez que todos sabemos que são inúmeras as formas com que nos tentam amputar o nosso crescimento. Das pessoas e da região.
"Alguém diga a esse otário que para haver uma justa redistribuição é preciso que se declare tudo como deve ser em sede de IRS e que não existam fundos imobiliários nem off-shores que desvirtuam completamente a mesma redistribuição. Se esse palhaço soubesse os desvios que se fazem dos fundos europeus para a merda da capital estava caladinho, porque é isso que empobrece e torna o Norte incapaz de competir com as mesmas armas com aquela área metropolitana em volta do Tejo. E quem diz o Norte, diz todas as outras regiões, menos a colónia de férias desses cabrões, o Allgarve e a Madeira, porque o Jardim manda-os dar uma volta e defendia os seus. O nosso aeroporto não se tornou no que se tornou com controlo centralizado. Nem o turismo na região cresceu graças ao Turismo de Portugal. Nós tentamos sempre, mas sempre, e conseguimos, arranjar uma escapatória das grilhetas que nos impõem. O Norte sempre foi a verdadeira força matriz deste país, a verdadeira identidade. Nós não precisamos deles para nada, mas eles precisam, e muito, da região Norte. Daí o medo que eles têm e as barreiras que colocam à regionalização. Cumpra-se o artigo 255º da Constituição. REGIONALIZAÇÃO (autonomia administrativa e financeira) JÁ! PARA ONTEM! Estes filhos de uma puta querem fazer-nos o mesmo que a Inglaterra tentou fazer à Irlanda, com a Grande Fome. Querem esvaziar-nos de população e de recursos. Não deixemos que tal aconteça!Regionalize-se isto ou passemos à desobediência civil.CHEGA!
Tentaram levar o Rally de Portugal para sul, felizmente conseguimos recuperá-lo, porque é inequívoco o reconhecimento internacional, prestígio e qualidade do traçado, do público e da organização a Norte. Tentaram fazer o mesmo com a Red Bull Air Race. Tanto chatearam o patrocinador para levar o evento lá para baixo que conseguiram que não fosse realizado nem num lado, nem noutro. É o que vão tentar fazer com aqueles barcos super rápidos (perdoem-me mas não sei o nome) que vão dar espectáculo no Douro. E isto são só exemplos de eventos que dão visibilidade internacional à Invicta e ao Norte que eles boicotam. Porquê? São como as crianças que não podem ver nada que querem igual? Puta que os pariu!"
Os melhores cumprimentos a todos,
Carissimos Nortenhos, ou mais bem dito, Nortistas!
ResponderEliminarEscrevo tão tarde, pois muitas vezes sofro de insónias rebeldes a qualqueres benzodiazepinas. Mas, uma vez e mais outra, as palavras de Rui Valente reflectem o que penso. De todo e, mais são o Bálsamo para a nossa alma de Nortistas, há muito doentes. O meu percurso qual foi? Tirei Engenharia Militar. Pedi para cursar Medicina, na FMP, mas um Coronel no Distrito de Recrutamento e Mobilização, recusou-ma. Fiz um requerimento para cursar Fuzileiros Navais, à 3ª Rep., do então Ministério do Exército. Sabia ser dura, mas nunca pensei ser tanto. Como diziam "a primeira vez dói, a segunda também. À terceira, é só beber um copo de água, nada mais e nada menos!" Servi, às ordens do senhor General Spínola.
Acabei por tirar Medicina e especializei-me, parte nesta infâmia traidora do 25/Abril, parte no RNOH/T, onde já tinha conhecimentos recentes no SAS.
Palavras destas, que Rui Valente é um portador, fazem-me lembrar um cão querido, que logo se espurdinhava, findo o banho!
Espurdinhemo-nos, também, frente ao jugo de Lisboa! O Norte e a sua capital natural, o nosso amado Porto, rigorosamente nada deve a Lisboa! E, indigno-me por chamarem ao Benfica "o clube do regime". Não! É, isso sim, o clube dos regimes. De antes e, inclusivamente de agora com esta farça pseudo-democrática dos sucessivos perdões fiscais e de Alterações ao Plano Urbanístico do senhor Presidente da Autarquia de Lisboa!
Ah! Sem boçalidades, palavras como as de Rui Valente, mostram, ao menos, que o Norte e o Porto, não engolem ou, melhor sabem tirar as espinhas das Iscas de Bacalhau!
Sinceríssimo -- e perdoe-me se estou a utilizar um neologismo -- o meu OBRIGADO. Porque, no Porto, nem todos estamos mortos (ou zombies ou mortos-vivos). Pudera!
Caro Julio,
ResponderEliminarconcordo plenamente, o Benfica é o clube dos regimes, o que equivale a dizer que é enchendo o balão do nacional-benfiquismo que eles (os governantes) nos desgovernam...
Um abraço e obrigado pelas suas palavras
Assino por baixo tudo o que diz...
ResponderEliminarUm dia destes, num comentário que fiz no facebook de um amigo, desancando no centralismo e na descomunicação social, fui logo importunado por vozes moralistas... É este o triste País que temos, pior ainda com traidores do Norte que bajulam o poder à procura de migalhas... Abraço e obrigado pela sua luta, que é a nossa também.
Um grande abraço para si também, Jorge Aragão!
ResponderEliminarO que fazemos não é tudo o que é preciso, mas pelo menos não nos calamos.
Um abraço e obrigado pela visita