20 janeiro, 2017

Que ensosso é o discurso de Nuno E. Santo!



Senão, leiam:

«Queremos estar no topo da tabela, é para aí que olhamos, mas não desvalorizamos todos os rivais que estão atrás de nós»

«Estamos nos objectivos de lutarmos até ao fim pelo título de campeão. Temos de ser melhores, crescer e estar à altura do FCPorto»

«Temos uma equipa jovem, mas é uma das melhores defensivamente a nível europeu. Temos de ser mais regulares na finalização»

As conferências de imprensa do actual treinador do FCPorto são, além de ensossas, monocórdicas. O verbo que aplica invariavelmente [a primeira pessoa do plural] no seu discurso, em vez de transmitir  uma ideia de colectivo,  parece excluí-la, dada a sensação abstracta que deixa no ar. Parece estar a falar para nenhures. Receio que as suas palavras surtam o mesmo efeito para os jogadores e que isso explique os altos e baixos das suas exibições.

Vejamos: o que é que ele pretende dizer na primeira frase, se ela for porventura dirigida aos adeptos? Que nós pensamos que não quer pôr a equipa a jogar para ganhar? E por que raio não deviamos nós (FCPorto) valorizar todos os adversários? Não será antes ele que desvalorizará o nosso clube, se não conseguir ultrapassar adversários com planteis financeira, desportiva e estruturalmente mais frágeis que o FCPorto, como tem acontecido?

A segunda frase é outra redundância. Temos de ser melhores? Então, para quem estará ele a falar? Para nós? Para os jogadores? Para nós adeptos, não vale a pena, porque nada podemos fazer, a não ser apoiar a equipa, e nisso temos sido do melhor que há (e nem falo por mim). Para os jogadores, também quero crer que não é, porque a principal solução está no treino, não apenas nas intenções, e é ele o treinador. Estará a falar para ele, para se convencer que é capaz de fazer o que diz?

Por último, a conversa gasta do costume: "temos uma equipa jovem", "temos de melhorar na finalização". Ao repetir sempre a mesma coisa, Nuno Espírito Santo não está mais que a "marinar" uma boa desculpa para um provável fracasso. Só pode. E esse, é mais um discurso anti-Porto, não é próprio de quem jogou no clube e diz conhecê-lo bem.

Quanto à finalização, seria muito mais prático que explicasse quanto tempo [horas extra] tem dedicado a treinar os jogadores nesse aspecto específico, e se os tem instruído para perderem o medo de rematar. Sim, porque aquilo que os adeptos têm visto, salvo raras excepções, é medo de chutar à baliza, e muito poucos ousam fazê-lo.

E já agora, talvez seja tempo de entender que não foi por termos uma defesa sólida que não perdemos 2 troféus já nesta época, e várias oportunidades para passarmos para o pódio do campeonato.

Isto, apesar da máfia das arbitragens...  


4 comentários:

  1. Com este homem à frente da equipa dificilmente chegaremos ao título, oxalá eu esteja enganado.
    Abraço
    Manuel da Silva Moutinho

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  2. Isto é um discurso sem sal, sem pimenta, este nosso treinador não consegue condimentar o discurso que satisfaça os portistas.
    Parece o discurso do desterrado do melancólico, não precisa de bradar ás armas, mas assim, faz/favor.

    Abílio Costa.

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  3. Exato, o Nuno não é sim nem não, é nim...irrita aquele discurso sem sal, sem tempero, parece comida de hospital...

    Quanto aos jogos, acontece de tudo...o 1º gol do rio ave é inacreditável...

    Depois, dava tudo certo pra eles... e os tais madjack ( nadjack, blackjack ou qq jack semelhante), gil dias e filipe augusto não erravam nada... até quando erravam dava certo...

    Mas apesar de tudo, pelo menos coisas que não aconteciam, finalmente aconteceram no Dragão:
    1º - o goleiro deles não fez a exibição da época
    2º - 3 gols de bola parada
    3º - Nuno finalmente colocou toda a carne no assador
    e principalmente
    4º - Herrera teve atuação de gala na 2ª parte ( sem sarcasmo ) como lateral direito no lugar do pior jogador em campo ( quem diria) Layun...

    Resumindo e concluindo: jogamos mal e vencemos, que assim continue...já estou farto de dar 200 mil remates, falhar balizas abertas e perder ou empatar jogos com chaves, tondelas e aroucas...

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  4. Quando ele fala tiro o som. O homem não diz nada de jeito. Só cá está por compadrio e não por competência.

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...