Com o devido respeito pelos que têm em boa conta a classe política actual, seja ela de que partido fôr, e sem pretender criar polémica, deixo à vossa reflexão um dos episódios mais recentes do polvo vermelho. Antes disso, esclareço que me reporto apenas à classe política do pós 25 de Abril, à que integrou governos de vários partidos (PS/PSD/CDS), já lá vão 44 anos, apenas menos dois que de ditadura (48). Tivemos sete governos de ditadura pidesca, com um regime persecutório alicerçado na espionagem.
Uma das mais graves ilegalidades do Benfica assentou precisamente na espionagem, tanto contra os adversários como no interior do Ministério Público. Teve colaboradores dentro do próprio governo (Secretaria de Estado e Desporto/IPDJ). Pergunto: acham que é próprio de uma democracia séria que um 1º. Ministro tenha a "coragem" de assobiar para o lado, perante o que se tem passado independentemente de o caso estar a ser investigado? É preciso não esquecer que o IPDJ está sob a tutela da Secretaria de Estado do Desporto, e esta sob o Ministério da Educação e este inevitavelmente no tal Estado (de Direito). Então, não houve aqui comportamentos vários verdeiramente pidescos? Então serão estes hábitos próprios de uma democracia e o senhor 1º. Ministro não sabe o que se está a passar e não tem a dignidade de colocar esse verdadeiro garoto (digo-o eu aqui sem papas na língua) na rua? Vamos lá ver, não brinquemos com coisas sérias, por muito habituados que estejamos às palhaçadas.
Por uma questão de respeito pelos portugueses e de brio político, o 1º. Ministro devia acompanhar atentamente o trabalho dos seus subalternos, mais que não fosse, seguindo as pistas precisosas que a PJ com a ajuda que Francisco J. Marques e o Porto Canal deram ao país.
Haja bom senso e não sejamos politicamente correctos, porque para isso chegam os políticos. E o FCPorto já foi tantas vezes prejudicado por esses desclassificados que até parece masoquismo.
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