Tenho os meus defeitos, como todos nós. Um deles, acho que não tinha antes, ou se já o tinha foram os governantes que o intensificaram, por obra e graça da arte de mal aldrabar dos ditos cujos. O consequente defeito transformou-se em desconfiança. Logo, se hoje sou desconfiado é porque fui bem ensinado pelo trabalho de mestre desses ilustres professores.
A notícia que fez ligar o sinal de alerta para desconfiar saiu hoje no JN (ler aqui) e não foi propriamente boa. Mal comparando, fez-me lembrar os paladinos da verdade desportiva de Lisboa que fomentam suspeitas de tudo e todos, quando são eles quem mais adulteram essa mesma verdade.
Quando o bispo auxiliar de Lisboa vem ao Porto com promessas de criar pontes, estranhei, porque nunca me passou pela cabeça que tipo de pontes podia ele criar, não sendo essa a sua missão, enquanto bispo. E se ele disse que já tinha criado outras pontes na política, entre esquerda e direita, e que pensava fazer o mesmo entre o Benfica e o FCPorto, logo percebi que dali não podia vir coisa boa...
Mas a que propósito vem agora o bispo auxiliar de Lisboa falar de pontes quando não foi o Porto, nem o FCPorto que criaram barreiras? Será que o senhor bispo ignora a importância de explicar ao que vem? Falar abstractamente é já um mau começo, porque, se há desunião e são precisas pontes, é porque há contendores, pelo menos dois.E nestes casos, um dos beligerantes é sempre infractor, ou seja, o primeiro a desrespeitar o outro.
Por conseguinte, seria bom que o senhor bispo auxiliar de Lisboa explicasse onde quer chegar com essa intenção, quando deve estar ao corrente dos prejuízos e patifarias que o Benfica tem causado ao FCPorto! Espero que a benevolência deste bom samaritano não seja o início de um esquema para branquear os crimes praticados por esse clube e dos campeonatos roubados ao FCPorto, porque se fôr, valia mais ficar calado! Era o fim da macacada!
Por conseguinte, seria bom que o senhor bispo auxiliar de Lisboa explicasse onde quer chegar com essa intenção, quando deve estar ao corrente dos prejuízos e patifarias que o Benfica tem causado ao FCPorto! Espero que a benevolência deste bom samaritano não seja o início de um esquema para branquear os crimes praticados por esse clube e dos campeonatos roubados ao FCPorto, porque se fôr, valia mais ficar calado! Era o fim da macacada!
Contrariamente ao que possam imaginar, não aplaudo a presença de Pinto da Costa e do Presidente da Câmara do Porto na cerimónia de recepção a esta figura e aos que o acompanharam (Presidente da Câmara de Lisboa, António Costa e outros), justamente pela ambiguidade que comporta. É tudo, menos oportuna. O clima de rivalidade sempre existiu, mais até entre clubes do que entre cidades. Porque se é em Lisboa que está o Terreiro do Paço, e é a partir daí que os desvios e as decisões do centralismo se fazem (isto é política). Mas aqui não há qualquer reciprocidade, há um único decisor que é Lisboa, o Porto limita-se a obedecer, como o resto do país. Quanto ao desporto há a mesma discriminação, mas apesar disso o FCPorto sempre pode dar alguma luta. Desigual, é um facto de há muitos anos, mas ainda assim possível (isto é desporto).
Logo, neste momento, não há razão para se apelar à pacificação desportiva (ou às pontes) nem tão pouco a cedências da parte do lesado (que é o FCPorto). Há razão sim, para ser feita justiça, porque já vem tardia! O Benfica actual não merece respeito porque não respeitou o país, nem os próprios adeptos. Pelo menos os que não se revêem nos métodos pidescos do actual presidente.
Logo, neste momento, não há razão para se apelar à pacificação desportiva (ou às pontes) nem tão pouco a cedências da parte do lesado (que é o FCPorto). Há razão sim, para ser feita justiça, porque já vem tardia! O Benfica actual não merece respeito porque não respeitou o país, nem os próprios adeptos. Pelo menos os que não se revêem nos métodos pidescos do actual presidente.
Pois bem. Como posso estar enganado, espero que D. Américo Aguiar e o seu nortismo fervoroso me façam conhecer o modelo de pontes que preconizou na sua visita ao Porto, porque, se forem para atravessar o Douro, bem precisamos delas.
Caro Rui Valente, quero crer que o D. Américo seja pessoa bem intencionada, mas mal informada / aconselhada. Se nos lembrarmos que ele exerceu durante alguns anos funções na RR (de administração, orientação ética, em representação da Conf. Episcopal Católica, a proprietária da RR?), e que na RR os responsáveis, jornalistas, opinadores da Bola Branca são dum anti-portismo básico e histórico, o que ele sabe ou julga saber sobre o futebol nacional vem provavelmente daquela gente!
ResponderEliminarJulgo que o Rui Valente não é católico (ou pelo menos, obediente à Igreja Católica), mas eu sou. E há anos que me me interrogo sobre o que raio pretende a Igreja da RR, se de facto tem nela algum poder? Ou se estão mínimamente atentos ao que lá se passa e se diz? Porque no meu entender, se a Igreja tem uma rádio, será para ela ser um veículo não só doutrinário, mas mais do que isso um exemplo de estar na vida e na Comunicação Social aplicando a moral cristã: pela verdade, pela isenção, pela justiça, pela promoção da paz! Tudo coisa que aquela gente não faz!Pelo contrário!
Barba azul,
ResponderEliminarNão quero pôr em causa a bondade do D. Américo, nem muito menos discutir questões religiosas, mas sim contestar a ambiguidade das suas declarações. Falar em pontes entre Lisboa e Porto, e no Benfica e FCPorto neste momento, sem especificar, é tudo menos oportuno, porque de um lado há um criminoso latente (o Benfica) e do outro (o FCPorto) a vítima, facto para mim incompatível para a pacificação. E no que respeita ao Porto e a Lisboa a situação é algo parecida, a discriminação é quase a mesma e sempre e causada pelos mesmos.
Por isso estranho (e desconfio) das intenções do senhor D. Américo. É completamente absurda esta conversa, senão aguardemos para tirar dúvidas. Não acha estranha esta conversa? Então se como diz (e bem) a RR não é capaz de se comportar ao nível de uma rádio (supostamente) ligada à igreja católica, e faz o que faz, como podemos nós esperar que saia coelho daquela lura (pontes)???
Caro Rui Valente,
ResponderEliminarComeçaria por dizer : PORTO - A CIDADE DAS PONTES
De há muito que o mercantilismo e pioneirismo comercial dos Portuenses e a necessidade de espaços e saída dos seus produtos, os empurrou para a criação de ligações ao território a Sul da cidade ( PORTUS CALE).
Importante o apoio que a cidade foi recebendo durante décadas, no séc XIX, após a vitória do Liberalismo sobre o absolutismo. Nomeadamente: Ponte Maria Pia; Ponte Luiz I e um pouco adiante a construção do Porto de Leixões.
No presente outras Pontes importa construir:
- Uma Ponte Pedonal entre São Francisco e a zona sul do Cais de Gaia. Já existe projecto e é de uma beleza e estética notáveis;
- Uma Ponte que Rui Moreira/Eduardo Vítor Rodrigues, sonham criar, ainda nestes mandatos, entre o Freixo e o Areinho ;
Aqui estão 2 Pontes à espera da preciosa ajuda do Senhor Bispo D. Américo Aguiar no sentido de que venham a lobrigar a "luz do dia".
By the Way. Oremos para que o tabuleiro inferior da Ponte Luiz I não venha a convocar o coração dos irmãos para uma missão de solidariedade.
Não me ocorre que os Cristãos alguma vez tivessem sugerido a criação de Pontes entre eles e os filhos de MAFOMA.
Criaram uma espécie de NATO da época. Foram-se aos territórios e gentes, arrasando-os.
A chamada "RECONQUISTA CRISTÃ" ! Reconquista ? Onde é que eu já ouvi isto ?
Concordo plenamente com o artigo de Rui Valente ( peço desculpa por começar a parecer demasiado monótono).
Também eu adoro viajar em "águas claras e pouco profundas". A missão a que se propõe o Senhor Bispo, nas actuais circunstâncias, tende a ser um gesto de magnanimidade perante o criminoso confesso. Todavia, peca por não ser clara nos seus objectivos. Resgata o criminoso e submete a vítima à aceitação do sofrimento.
Trata-se duma Ponte perigosa de atravessar.
Importa analisar os terrenos onde essa Ponte irá assentar. Terrenos pantanosos são de todo reprováveis.Preparem-se os terrenos e só depois se construam as Pontes.
Excertos de uma entrevista ao JN em 31 de Março de 2019:
A Jornalista diz : " UM HOMEM DO PORTO QUE NÃO TEM MEDO DE "SE DILUIR" NA CAPITAL E QUE APESAR DE BENFIQUISTA, É SÓCIO DO F.C.P. "
Mais adiante: "POR RESPEITO AO MEU PAI, DESDE CRIANÇA QUE SOU BENFIQUISTA. DEPOIS COM O BISPO D. MANUEL FRANCISCO,UM PORTISTA FERRENHO,COMECEI A VER JOGOS DO PORTO.TORNEI-ME SÓCIO E CONTINUO A PAGAR AS QUOTAS.GOSTO MUITO DE VER,NOS JOGOS DA SELEÇÃO,TODA AGENTE,INCLUSIVE,OS BENFIQUISTAS A APOIAR,POR EXEMPLO O DANILO."
Não resisto porque sou do Porto, porque os acompanhei e porque me ajudaram também a compreender o que é uma PONTE.
A PONTE É UMA PASSAGEM - JÁFUMEGA
A ponte é uma passagem
para a outra margem.
É uma travessia
real ou virtual,
uma escolha
uma vida.
Uma passagem
segura ou insegura,
depende da construção,
da estrutura e da fundação.
A ponte é uma passagem
para a outra margem,
para outra escolha,
outra experiência,
outra aventura.
A ponte é uma passagem
para a outra margem,
objectivo difuso,
uma miragem.
Cumprimentos
O MUNDO ESTÁ CHEIO DE BOAS INTENÇÕES
ResponderEliminarÓ Dom Américo não se meta em futebois, política ou pontes, vá a Moçambique levar carinho e afecto aquela gente que bem precisa, faça essa ponte, porque cá, o que nós queremos é meter os Criminosos os corruptos na Choldra.
Já cá temos PR dos beijinhos e dos afectos, mas que não os tem no sítio assim como o 1º ministro para falar dessa praga vermelha do futebol nem dos banqueiros e políticos corruptos que proliferam no nosso país.
ATUM da costa.
Caro Caro Guilherme Olaio,
ResponderEliminarSem comentários...
Volte sempre, será bem vindo em qualquer momento.
Um abraço
Cuidado D.Americo com o Vento tóxico (negro ao que parece ) que assola a capital.Nao sao palavras minhas ,sao do William Bourdon.
ResponderEliminarCaro Rui Valente
ResponderEliminarNão gosto muito de pontes (excepção feita às que fazem a ligação Porto e Gaia) as restantes não são muito do meu agrado (a minha cidade sofreu uma grande tragédia com a queda de uma ponte), nessa data prometaram a construção do IC35 e até hoje nada, já lá vão 18 anos. (peço desculpa estar a ser repetitiva).
Quanto a Lisboa e qualquer tentativa de "fazer amizade" (ironia) com o resto do país, não vejo com muito bons olhos, nesse caso aplico o ditado que os nossos antepassados aplicavam aos espanhóis "de Lisboa nem bons ventos, nem bons casamentos". Veremos onde essas pontes nos levam.
p.s. Já agora, viu o programa de ontem, no Porto Canal, sobre a regionalização? Qual a sua opinião?
Cumprimentos
Sara Mota
Olá Sara Mota!
ResponderEliminarBom dia!
Esta conversa do Sr. Bispo e das pontes, dá muito que pensar. É que ninguém compreende onde ele quer chegar nesta fase do campeonato, e com a triste figura que o Benfica e o Governo português andam a fazer.
Eu percebo a sua indignação com a promessa falhada da construção do IC35 e lembro-me bem da tragédia da queda da ponte Inteze Ribeiro. Em Lisboa já todos se esqueceram, o país para eles
é Lisboa, como sabemos. Depois, é só deixar que o tempo passe e fica tudo na paz dos anjos...
Vi sim senhor o programa do Porto Canal e gostei muito da entrevista de Rui Moreira. Acho que ele tem uma certa razão quando diz que nós precisamos menos de líderes e mais do povo. Realmente já que se aproximam as eleições é uma boa oportunidade para os eleitores questionarem os partidos sobre o que tencionam fazer com a Regionalização e fazerem depender o voto da resposta. Rui Moreira tem mais perfil para diplomata que para líder,mas talvez se saísse bem também nessa função
Agora vamos ver se o tema da Regionalização é para continuar e para esclarecer porque ainda há muita gente marcada pelo vírus centralista (dos tachos e na coesão nacional), como se em Lisboa não houvesse tachos e não fosse o governo centralista a principal causa separatista.
Eles são assim, provocam a confusão e depois atiram culpas para terceiros. É típico de vigaristas. De qualquer modo Sara ainda é cedo para formarmos uma opinião sustentada. Depende da coerência e coragem dos protagonistas. Veremos. Mas aplaudo a ideia completamente!
Um abraço Sara