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21 abril, 2010

Trio de Ataque e o fair play de Rui Moreira

Ontem à noite, ainda tentei ver o programa Trio de Ataque, não obstante a sua crescente perda de qualidade, mas a verdade é que não consegui. E não consegui por uma simples razão, é que sempre que ligava a RTPN,  praticamente só se ouvia falar o A.Pedro Vasconcelos. Foi demais!

Consta que o pivôt, é simpatizante do FCPorto, mas se é, não parece. Nem se lhe pede que pareça. O mínimo que se lhe exige é imparcialidade e uma rigorosa gestão dos tempos de antena dos intervenientes, coisa que, objectivamente, não faz, ou não deixam que faça. Como o seu antecessor, o camaleão Carlos Daniel, este Hugo Gilberto também não tem emenda, tal é o facciosismo com que conduz o programa.

Como não suporto ouvir o Cinismo vestido de cineasta ou de outra coisa qualquer, sempre que o homem falava mudava de canal e até esperava pacientemente largos minutos para lhe dar tempo de se cansar, mas não adiantava nada, porque quando sintonizava o canal 8, lá continuava ele, armado em vedeta, a prosapiar.

Fartei-me daquilo, e pulei de estação para ver o que estava a dar no Porto Canal e não perdi pela troca. Vi um novo programa [bastante interessante] dirigido pelo bem humorado Jorge Fiel sobre a instalação de portagens na A28 onde apresentou uma bela ideia para os utentes contestarem mais esse desaforo do Governo Central. Aconselhava os utentes daquela via a bloquearem com carrros "roubados" as vias de acesso a Lisboa, lá, e não aqui, que pouco efeito produz. A ideia é boa mas um tanto arriscada [não sei onde iria arranjar os carros roubados] e além disso, teria custos acrescidos...

De vez em quando carregava outra vez na tecla 8 e lá estava sempre aquele insuportável personagem a falar. É preciso mesmo ter muita paciência. Como poderão constatar no link a vermelho [em baixo], o Rui Moreira chegou ao ponto de dizer "que pensava que estava dispensado de falar no programa".

Esta nossa Democracia é tão prisioneira de demagogias que até quase nos nega o direito de pensar. A Comunicação Social que se produz na TV não é Comunicação Social, é uma caixa viciada de vending. Para ser respeitável e condizente com o serviço que presta devia chamar-se talvez Comunicação Corporativa, ou Comunicação para Lobbys. Tudo, menos Comunicação Social.

O Trio de Ataque, supostamente um programa desportivo, é um programa anti-FClube do Porto, um atentado à inteligência dos espectadores e à própria Democracia. Não consigo por isso compreender, como é que o Dr. Rui Moreira se permite continuar a colaborar num "jogo" daqueles, com os dados todos viciados.

É óbvio que o deixam falar, mas sob critérios editoriais e de repartição de tempos manifestamente arbitrários! A época está a terminar, quem aguentou até aqui, também aguenta até ao fim. Mas, depois disso, talvez aconselhasse o Dr. Rui Moreira a reconsiderar a sua participação num programa cujo objectivo principal é projectar a imagem de um clube e ofuscar um outro, que ainda por cima é o seu.


29 setembro, 2008

Ainda sobre Televisão e o que se faz com ela

Caro amigo "b).",

Agradeço em meu nome, e em nome dos meus companheiros de blogue, as palavras gentis e elogiosas que teve a bondade de nos dirigir. Pela minha parte, esforçar-me-ei por continuar a partilhar da sua companhia e atenção.
Sim, é verdade que defendo uma maior e mais cuidada atenção da parte da comunicação social em geral, e muito em particular das televisões, pelo poder persuasor que tem junto do público. O Mundo é o que é, a vida não é fácil para a maioria das pessoas e os bons exemplos não abundam nem estão, como concordará, no topo da lista das preocupações da natureza humana. Logo, não creio que a exploração comercial das fraquezas dos pobres de espírito seja algo que devamos deixar ao sabor da corrente, mesmo sob a ameaça do regresso ao tempo da "velha senhora".
Pode ter a certeza que sou das pessoas que mais apreço tem à Liberdade, mas garanto-lhe que não me custa nada aceitar e cumprir determinadas regras desde que elas contribuam para regular (como agora se diz) a sociedade. É que isto que nós estamos vivendo agora, já pouco tem a ver com Liberdade, é pura e simples libertinagem, que a mim nenhuma falta me faz. E garanto-lhe, que quando assim é, não são os cidadãos honestos que beneficiam com isso. São os impostores.
O que agrava a situação, é irmos tendo a crescente percepção de que não é só do comum cidadão que proliferam os impostores, é, em grande escala, dos «altos» representantes dos poderes públicos e privados. Um só dia de consulta das páginas de Polícia dos jornais, é suficiente para o constatar. Não me deixa indiferente ou tranquilo, perceber que os Poderes estão entregues a gente sem escrúpulos, seja ela qual for. Eles não gostam de ouvir isto, porque apesar de gozarem da "autoridade" que o dinheiro empresta, sabem que nem todos o status se compram com ele. Ou se compram, é um status ilusório. É status de fachada, do Mercedes ou do BM. Só é honrado quem é licenciado na honradez, e para essa licenciatura as Universidades ou os "canudos"de pouco servem. É-se sério porque se gosta, mas também porque se deve e não se aprecia a versão antagónica. Ponto.
Repare que no post que originou esta conversa não fiz grandes referências à RTP. Não porque tenha a estação pública em grande conta. Para o tranquilizar, digo-lhe até que a considero a pior de todas as estações de TV, apesar da outra face da "Lua" chamada RTP 2. Não chega.
O que quis destacar foi a atitude inadequada e pouco abonatória do líder da SIC pelo facto de se tratar de um ex-1º. Ministro! É disso que se trata.
Pessoalmente, não consigo avaliar nada por modinhas ou por influencias pueris. Então, se falamos de pessoas com cargos de alta responsabilidade, nem pensar. Daí, ser inaceitável para mim, repugnante mesmo, que alguém a quem um dia foi conferida a responsabilidade de governar um país democrático, faça desse privilégio, dessa oportunidade sublime, um trampolim para mais tarde se lançar no mundo dos negócios, beneficiando de influências que outros cidadãos não podem obter. Essa é outra forma de concorrencia desleal, mais vil ainda, mas ainda assim lhe sobrou lata para se queixar da RTP!
Por isso escrevi que Pinto Balsemão era a pessoa menos indicada para criticar a RTP e falar de programas de qualidade, etc., etc.! Não pode, não tem estatuto moral para isso, bolas! E desculpe meu amigo, sobre o seu (dele) status económico e social estou-me eu a borrifar. Esse não me interessa. Ele foi 1º Ministro! É desse ponto de partida que estruturo a minha opinião, mais nada.
Se um dia chegarem a ser "normalizadas ou decretadas"(está a caminhar para isso, é verdade) estas condutas, então torno-me anarquista e passarei a orientar a minha vida de acordo com as minhas próprias regras. Mas, enquanto tal não acontecer por natureza espontânea ou por "Decreto-Lei" e cada um possa livremente defender os seus próprios valores (se os tiver), exigirei sempre que um Primeiro Ministro e um Presidente da República sejam pessoas acima de qualquer suspeita e de idoneidade impoluta (se é que ainda isso existe).
Entretanto, enquanto tal não estiver garantido ou não me parecer que o esteja, resta-me continuar a usar do único valor que ainda nos resta para o reclamar: a Liberdade.

07 dezembro, 2007

Novo canal regional do Norte

Vamos lá ver, se é desta vez que vamos ter um canal 100% nortenho sem metástases centralistas...

As preocupações dos canais tv/empresas com a conquista rápida de mercados, leva-os a cometer sempre os mesmos erros, contando-se entre eles um muito particular, que é a obsessão de repetir o que já se faz em Lisboa e para Lisboa.

Infelizmente, continua a haver entre nós muitos "melros" que quando entram nestas coisas da TV não resistem a prestar vassalagem à capital, como que para transmitir a ideia politicamente correcta de bons meninos muito "cosmopolitas".

Nada mais errado, se começarmos a ver e ouvir nos écrans da nova RNTV (o nome confunde-se com a anterior NTV) as mesmas pessoas que os canais centralistas nos impingem há séculos...Há muita gente interessante no Porto e em todo o Norte do país, basta saber ir ao seu encontro.

A oportunidade terá de ser dada a gente do Porto e de todas as outras cidades do Norte de forma declaradamente prioritária e assumidamente regional. Há muita juventude local com talentos e capacidades à espera de uma opotunidade para se revelarem sem terem de imigrar para a capital do Império. Esperemos portanto,que desta feita não se cometam erros de um passado ainda recente que mais uma vez nos impediram de dar um importante passo em frente em termos de autonomia cultural e informativa.

NOTA: Este canal será transmitido, por cabo, 24 horas por dia em todo o país pela TVTel



21 novembro, 2007

A CONTROLINVESTE E A NOVA TV

Vale a pena ler esta notícia do JN e observar os comentários de algumas entidades ligadas ao negócio dos media. É caso para se dizer: é preciso ter lata! Mas, já sabemos, lata é coisa que não falta em Portugal.

A pretexto da intenção da Controlinveste pretender lançar uma nova operadora de TV, supostos "especialistas", afirmam que o mercado actual publicitário não comporta a presença de mais um canal aberto de televisão, considerando por esse motivo a sua inviabilidade económica.

Depois, acrescentam: "um quarto operador, caso se afirme, tornará a sobrevivência da SIC e da TVI ainda mais complicada."

A justificarem-se estes receios pela concorrência, é caso para perguntarmos se estes cuidados alguma vez se manifestaram em relação ao impacto negativo que causariam (e ainda causam) noutras áreas do país, nomeadamente na sua segunda maior cidade como é o caso do Porto.

Mais: estas entidades gostam - quanto é conveniente - de apelar ao bom senso e às regras democráticas, mas como se comprova, nunca se sentiram incomodadas com o facto do Porto não ter, ainda hoje, uma única operadora em canal aberto e de estarem a viver (e, como referem, a sobreviver) também à custa do mercado nortenho, incluindo as empresas públicas, como é o caso da RTP. Esta empresa, dispõe de dois canais abertos e mais alguns outros em cabo (RTPN, RTP Memória, RTP Àfrica), mas nenhum com direcção autónoma instalado no Porto. Nesta altura, inclusivé, a pouco autónoma RTPN vai emitir a partir de Lisboa no horário da noite (de maior audiência).

Resta-nos saber, já agora, aonde é que Rolando Oliveira (supostamente um homem do Norte), estará a pensar implantar a nova operadora. Algo me diz, que mais uma vez os pergaminhos do rigôr e da justiça vão ficar na gaveta das conveniências e que a nova Televisão será outra vez instalada na grande Lisboa, em mais um coerente acto de "descentralização" e de "seriedade".