José M. Meirim [jurista, benfiquista, mas... honesto] |
2. Luís
Sobral - no site MaisFutebol - referia a brandura do castigo, a demora e
a ineficácia da decisão. Falou do CD como uma aldeia do futebol e
aditou um juízo negativo aos termos do voto de vencido do presidente do
CD. Para Bruno Prata o castigo é um escândalo e o presidente do CD devia
demitir-se, visto o tal voto de vencido ser entendido como um "ataque"
ao árbitro assistente. Ricardo Costa - ex-presidente da Comissão
Disciplinar da Liga - concordou com o comunicado do FCP, quanto à demora
e ineficácia da decisão. Mas foi mais longe. Enfatizou o escândalo que
representa o facto de a FPF - bem como outras federações, aditamos - não
tornar públicas as decisões dos seus órgãos jurisdicionais, como impõe a
lei. Escândalo, só talvez superado pela inacção do Estado em fiscalizar
esta matéria e repor a legalidade. Não é uma birra, uma mera
formalidade que se deixa de cumprir. Publicitar as decisões e seus
fundamentos, tem a ver com o Estado de direito, com a protecção da
confiança dos agentes desportivos, com a transparência do agir de tais
órgãos no exercício de poderes públicos. Obrigado Bola Branca. Obrigado
Rádio Renascença por ter permitido o acesso à decisão, coisa que a FPF e
o Estado não deixam.
3. Muitos dos leitores sabem que o meu mundo é cinzento. Posso ter ou não razão, pode a minha opinião merecer ou não crédito. Certo é que ela não é encarnada, verde ou azul. E também não é laranja ou cor-de-rosa. É cinzenta como o Direito. Dito isto, esta decisão - podia ser Ai Pereira ou Ai Pinto -, merece ser vivamente criticada, em particular o voto de vencido do presidente do CD. Alguma cautela se impõe - embora não sejamos ingénuos -, nas críticas quanto à medida da pena e ao tempo da decisão. Impõe-se celeridade na justiça. Desportiva ou outra. Decidir devagar só pode conduzir a situações como esta.
4. O que nos deixa atónitos são os termos e o conteúdo do voto de vencido do presidente do CD. Com o devido respeito - não exageremos aqui -, parece que estamos perante uma painel daqueles que as televisões nos oferecem para discutir - cada um com a sua camisola de clube - se houve ou não grande penalidade ou fora de jogo, e não a ler um texto de um presidente de um órgão disciplinar de uma federação. Há expressões totalmente inadmissíveis: "Dessa falta, muito grave e indiscutível [do árbitro assistente], resultou a vitória do clube visitante e a consequente vitória do campeonato, por parte do clube que beneficiou daquele erro." Como é que é? Um resultado alcançado à 21.ª jornada, de 30, em que o FC Porto passou a ter três pontos de avanço? Como é possível afirmar isto, não sendo um mero adepto em discussão de café? Mais: "O árbitro em causa tinha todas as condições para ver a falta e tinha a obrigação funcional de o fazer, e não fez, por motivações que só ele sabe." Mais ainda: "Isto é, o treinador, que era um dos grandes ofendidos do erro cometido, passou, por artes mágicas, a arguido e, nessa qualidade, punido disciplinarmente..." E o abuso das reticências ao longo do texto.
5. A "coisa" não vai acabar bem. Não pode acabar bem, independentemente da nossa vontade. Toda e qualquer decisão deste CD - profissional - está, a partir de agora, coberta por um indelével manto de suspeita.
josemeirim@gmail.com
3. Muitos dos leitores sabem que o meu mundo é cinzento. Posso ter ou não razão, pode a minha opinião merecer ou não crédito. Certo é que ela não é encarnada, verde ou azul. E também não é laranja ou cor-de-rosa. É cinzenta como o Direito. Dito isto, esta decisão - podia ser Ai Pereira ou Ai Pinto -, merece ser vivamente criticada, em particular o voto de vencido do presidente do CD. Alguma cautela se impõe - embora não sejamos ingénuos -, nas críticas quanto à medida da pena e ao tempo da decisão. Impõe-se celeridade na justiça. Desportiva ou outra. Decidir devagar só pode conduzir a situações como esta.
4. O que nos deixa atónitos são os termos e o conteúdo do voto de vencido do presidente do CD. Com o devido respeito - não exageremos aqui -, parece que estamos perante uma painel daqueles que as televisões nos oferecem para discutir - cada um com a sua camisola de clube - se houve ou não grande penalidade ou fora de jogo, e não a ler um texto de um presidente de um órgão disciplinar de uma federação. Há expressões totalmente inadmissíveis: "Dessa falta, muito grave e indiscutível [do árbitro assistente], resultou a vitória do clube visitante e a consequente vitória do campeonato, por parte do clube que beneficiou daquele erro." Como é que é? Um resultado alcançado à 21.ª jornada, de 30, em que o FC Porto passou a ter três pontos de avanço? Como é possível afirmar isto, não sendo um mero adepto em discussão de café? Mais: "O árbitro em causa tinha todas as condições para ver a falta e tinha a obrigação funcional de o fazer, e não fez, por motivações que só ele sabe." Mais ainda: "Isto é, o treinador, que era um dos grandes ofendidos do erro cometido, passou, por artes mágicas, a arguido e, nessa qualidade, punido disciplinarmente..." E o abuso das reticências ao longo do texto.
5. A "coisa" não vai acabar bem. Não pode acabar bem, independentemente da nossa vontade. Toda e qualquer decisão deste CD - profissional - está, a partir de agora, coberta por um indelével manto de suspeita.
josemeirim@gmail.com
Depois dessa aberração que foi o castigo e a declaração d evoto de Herculano Lima e da decisão de hoje da FIFA, em estender o castigo de Luisão às provas europeias, cada vez mais me convenço que se a entidade máxima do futebol mundial não estivesse por dentro, ia sair outro castigo semelhante. Mesmo assim ainda foi a pena mínima.
ResponderEliminarAbraço
O presidente do CD da FPF se tive um pouco de vergonha já se tinha demitido. A partir deste momento, aquela gente do CD não tem credibilidade para analisar, discutir, e decidir o que quer seja.
ResponderEliminarÉ esta infelizmente a nossa (in)justiça, quer no desporto quer na vida pública.
O clube do Regime é uma instituição de inpunidade na nossa justiça! talvez seja os 6 milhões, ou estarem na capital do Império da roubalheira!...
Cambada, Corja maligna.
O PORTO É GRANDE, VIVA O PORTO.
O Herculano é mais um amigo de mão e do bolso do sr.Vieira!
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