Eu, sinceramente, não partilho do entusiasmo de muitos em relação a Menezes. Reconheço-lhe as qualidades como autarca com obra feita; reconheço-lhe as capacidades políticas e de liderança; reconheço-lhe até o "nortismo" saudável que faz parte da identidade de qualquer tripeiro que se preze -- e Menezes, embora tendo nascido um pouca mais a sul, em Ovar, é-o por opção, pois foi esta cidade que escolheu para viver e formar a sua família. As minhas objecções fundamentam-se nas minhas dúvidas sobre a sua capacidade em superar a trilogia dos interesses que bloqueia a democracia portuguesa.
Esta democracia há muito que se encontra refém da tríade financiamento partidário/empregos para os barões - grandes construtoras - bancos, muito bem intermediada pelas lojas maçónicas e pela opus dei do eixo Lisboa/Cascais. Terá Menezes capacidade e vontade para se opor a estas forças, ou será mais um que, caso chegue a primeiro-ministro, rapidamente será transformado em mero executor da lista de pagamentos que lhe será, em devido tempo, apresentada pelas 'forças vivas' do sistema? À partida desconfio que não terá a capacidade. Na sua candidatura existem algumas eminências pardas (Angelo Correia, Martins da Cruz...) que não me inspiram muita confiança. Sou céptico. Vou esperar para ver.
Menezes, se quiser ser credível e ter verdadeiras hipóteses de derrotar Sócrates, terá que começar por transformar o seu próprio PSD num verdadeiro partido do povo e do país real. Terá que passar claramente a mensagem que o baronato dos interesses instalados não voltará a determinar as opções políticas do partido; terá que dizer claramente que o poder deverá ser descentralizado e que as regiões têm direito aos meios políticos, financeiros e orçamentais para elas próprias escolherem e promoveram o seu próprio desenvolvimento, num quadro de coesão e de igualdade de direitos e deveres; terá que dizer claramente que a actual situação de confisco do estado por parte de uns poucos, em seu favor próprio e da sua região, terminará. Menezes não poderá esquecer-se que deve a sua vitória essencialmente, e por esta ordem de importância, aos militantes de duas regiões fundamentais: os distritos do Porto e Braga (O Norte) e o Algarve. Se for capaz de levar a bom termo estas condições não lhe faltarão votantes e militantes para lhe consubstanciar a vitória eleitoral em 2009. Se não for capaz, será apenas mais um; ao primeiro deslize, as 'lojas' atiram com ele borda fora.
Aproximam-se tempos politicamente interessantes. Menezes que não conte com facilidades. O aparelho mediático especializado em assassinatos de carácter em breve entrará em funcionamento e Menezes tem muitos rabos de palha onde será fácil fazer lume. Vai ser necessário inteligência, coragem e olho vivo.
Esta democracia há muito que se encontra refém da tríade financiamento partidário/empregos para os barões - grandes construtoras - bancos, muito bem intermediada pelas lojas maçónicas e pela opus dei do eixo Lisboa/Cascais. Terá Menezes capacidade e vontade para se opor a estas forças, ou será mais um que, caso chegue a primeiro-ministro, rapidamente será transformado em mero executor da lista de pagamentos que lhe será, em devido tempo, apresentada pelas 'forças vivas' do sistema? À partida desconfio que não terá a capacidade. Na sua candidatura existem algumas eminências pardas (Angelo Correia, Martins da Cruz...) que não me inspiram muita confiança. Sou céptico. Vou esperar para ver.
Menezes, se quiser ser credível e ter verdadeiras hipóteses de derrotar Sócrates, terá que começar por transformar o seu próprio PSD num verdadeiro partido do povo e do país real. Terá que passar claramente a mensagem que o baronato dos interesses instalados não voltará a determinar as opções políticas do partido; terá que dizer claramente que o poder deverá ser descentralizado e que as regiões têm direito aos meios políticos, financeiros e orçamentais para elas próprias escolherem e promoveram o seu próprio desenvolvimento, num quadro de coesão e de igualdade de direitos e deveres; terá que dizer claramente que a actual situação de confisco do estado por parte de uns poucos, em seu favor próprio e da sua região, terminará. Menezes não poderá esquecer-se que deve a sua vitória essencialmente, e por esta ordem de importância, aos militantes de duas regiões fundamentais: os distritos do Porto e Braga (O Norte) e o Algarve. Se for capaz de levar a bom termo estas condições não lhe faltarão votantes e militantes para lhe consubstanciar a vitória eleitoral em 2009. Se não for capaz, será apenas mais um; ao primeiro deslize, as 'lojas' atiram com ele borda fora.
Aproximam-se tempos politicamente interessantes. Menezes que não conte com facilidades. O aparelho mediático especializado em assassinatos de carácter em breve entrará em funcionamento e Menezes tem muitos rabos de palha onde será fácil fazer lume. Vai ser necessário inteligência, coragem e olho vivo.
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