07 abril, 2010

A CMP e a praça dos Poveiros

Embora não concordando com aqueles que afirmam que as obras efectuadas pela Porto Capital da Cultura 2001 foram um total desastre, reconheço que houve muita coisa mal feita. Um dos exemplos é a praça dos Poveiros, que se transformou num dos locais mais desagradaveis da zona central da nossa cidade. Não sei o que pensam os teóricos e os técnicos urbanistas sobre aquela versão minimalista do que seja uma praça, mas para mim aquilo é um desastre estético, agravado pela fraca qualidade dos edifícios que a rodeiam e que aliás se estendem para parte do jardim de S. Lázaro,alguns dos quais nem lugar teriam nas piores cidades do 3º mundo. (No blogue "As casas do Porto", com data de 18 de Agosto último, podem ver-se fotos daquela miséria)

Para piorar a situação, e de acordo com a queixa do proprietário de um estabelecimento local (PUBLICO de domingo passado) o espelho de água é actualmente um depósito de água estagnada, a praça é poiso de vadios frequentemente embriagados, e a escadaria de acesso ao estacionamento espalha odores nauseabundos por se ter tornado casa de banho improvisada.
Em resposta a esta queixa, a CMP parece reconhecer os factos e informa que a fonte é lavada semanalmente para retirar do fundo as porcarias que lá se acumulam, que os motores (supõe-se que sirvam para fazer circular a água) serão reparados (o que significa que a CMP conhce a anomalia mas tem estado a assobiar para o lado) e que a escadaria será limpa semanalmente,o que pressupõe que tem ignorado até agora a imundície que por lá vai. O resto da queixa, diz a informação da CMP, é assunto de polícia. Efectivamente assim será, mas cheira um bocado a "sacudir a água do capote". Podem assim os serviços camarários regressar ao abrigo tranquilo da sua burocracia, onde não há stress nem grandes preocupações.

Este pequeno episódio retrata o que se vai passando na nossa cidade e ajuda a explicar a falta de amor-próprio de que os portuenses sofrem. Temos um presidente da câmara que mantem a cidade em imobilismo desde o dia da sua posse, mas que poderia ao menos dinamizar os serviços camarários e pô-los ao serviço efectivo da cidade. Nem isso consegue.

Mas, em boa verdade, quem sou eu para assim querer contestar o resultado das eleições? Se foi esta a decisão soberana da maioria dos portuenses, pois que assim seja! Resta-nos esperar por melhores dias.

7 comentários:

  1. Há muito tempo que não passo por lá e também nunca foi uma zona da cidade que me entusiasmasse muito. O máximo, até ao Coliseu...

    Um abraço

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  2. E o lixo nas ruas? Os contentores a abarrotar de porcaria?Até já pensei criar um blogue só para os portuenses [principalmente os que votaram nele]verem bem como a cidade está limpa! É uma beleza!

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  3. Mas temos de concordar que o homem tem vários atributos dos quais destaco tres:
    1ºé um autarca honesto!
    2ºé um autarca honesto!
    3ºé um autarca honesto!
    De momento não me recordo dos muitos outros atributos do Sr presidente,se algum dos amigos me quizer refrescar a memória agradeço!

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  4. Como tenho apreciado este blog: Coloquei o Renovar o Porto (Gaia)na coluna dos meus blogs
    em
    http://longara.blogspot.com/

    Abraço
    Armando Pinto

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  5. Dou a dica: tirem a merda daquela
    escarradeira que nem água tem !... e ponham esplanadas ou tendas de artesanato.

    O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO.

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  6. Esta Praça sempre foi um desastre, agora pior com a degradação acelerada dos edifícios circundantes.
    Toda aquela zona etá deprimente,o Restaurate Ribeiro fechou, já não há - há muito - o Pasolini dos gelados, enfim, tudo mal, dese o Padrão a Sto Ildefonso.E o Jardim ali, tão bonito e mal aproveitado.
    Esperemos melhores dias.

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  7. Conheço bem a Praça dos Poveiros, nasci ali muito perto, é uma referência indissociável à minha infância e juventude.
    Aquele triângulo Batalha, São Lázaro, Passos Manuel, percorrido tantas e tantas vezes, por tantas e tão diversas razões, ainda não há muito tempo fazia esse percurso diariamente...Praça dos Poveiros da Confeitaria Costa & Moreira, da Casa Ametista, do Restaurante Transmontano e da velhinha praça de Táxis...Do cheiro ao buxo e às tripas.
    O Rui Rio está a tentar destruir a velha urbe, a que tem memória.

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