12 julho, 2010

Lisbonne, la ville [pelintra] "bon chic bon genre"

Aquela gente lá para Lisboa sempre se convenceu que é um modelo para o resto do país. Passe a comparação, faz lembrar o Ronaldo na Selecção, mais preocupado em olhar para os paineis de televisão do que em trabalhar e ajudar os companheiros de equipe.

Em Lisboa, há mais dinheiro, é verdade, que no resto do país, não à custa do próprio esforço,  mas  sobretudo à custa de um Estado Eucalipto e de verbas comunitárias que não lhe pertencem. Mesmo assim, exporta menos que o Norte, pelo que contribui também menos para o PIB nacional.

Em Lisboa, julgam-se cosmopolitas. Imaginam os nortenhos metidos numa gaiola fechada, ignorantes sedentários e broncos.  Não percebem, que basta um clic de um vôo, ou uma deslocação de umas poucas centenas de Kms de carro para estarmos em Barcelona, ou Madrid...

Em Lisboa, imaginam ser por aquelas bandas que se fala o bom português sem perceberem que a génese do verdadeiro português está localizada a Norte e que é em Lisboa que estão concentrados os principais resquícios da moirama.

E nem por isso se tornam humildes. Será só arrogância de medíocres, ou a escória residual dos povos colonizados? Ah, como me sinto bem mais próximo da Galiza!

7 comentários:

  1. Rui!

    A Galiza é e será sempre a "nossa" bussola por onde nos podemos guiar e desenvolver como região! Para o sul, nada de novo nem de velho!

    Precisamos desta grande Região (Norte + Galiza) para mostrarmos que somos capazes de enfrentar tudo e todos e saber lidar com o "lixo" que prolifera no terreiro do paço e não só!

    Abraço


    Renato

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  2. António Mirandela13/07/10, 13:03

    Concordo em tese com o seu post.

    Contudo, nao podemos descurar o efeito "eucalipto" que a nossa cidade tem tido nos últimos anos na nossa grande região. Basta simplesmente rever os exercícios das nossas empresas no ano passado.

    Que a sua voz nao se cale...

    Cumprimentos,

    António Mirandela

    PS: E sim, nasci na bela cidade de Mirandela.

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  3. Já começo a ficar cansado de lisboa
    por ser o covil desta gente que nos governa, desgovernadamente, incompetentes que estão a levar este país à miséria, a empobrecer o seu povo cada vez mais.
    Estou cansado de ouvir a trapalhada que por aí vai sobre as Scuts, quem paga, quem não paga, em estradas que já existiam... e que agora nos vão taxar sem que se tenha outras alternativas.
    Estou cansado de uma justiça politizada, cega, e em muitos casos incompetente.
    Estou cansado de um país cada vez com mais crimes, e os responsáveis só falam em estatísticas.
    Estou cansado com muito mais coisas, mas já não me apetece dizer mais nada.
    Para terminar com um desabafo digo: que os partidos não prestam mas que o PS e o PSD são ambos a mesma merda, venha o Diabo que escolha.

    O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO.

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  4. O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO,

    Cansaço! É isso mesmo, esta gente já cansa. Sufoca-nos!

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  5. Renato,

    Não fale muito na Galiza, senão qualquer dia vai ouví-los dizer que nós somos separatistas...

    Abraço

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  6. António Mirandela,

    algum efeito eucalipto das grandes cidades em relação às mais pequenas, irá sentir-se sempre. É inevitável.

    Com a Regionalização haverá contudo mais condições para cada localidade se afirmar por si mesma sem ter o garrote do Estado a atrofiá-la. Depois, é como nas empresas, as mais competitivas serão em princípio aquelas que crescerão melhor.

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  7. António Mirandela16/07/10, 11:40

    Caro Rui,

    “Algum efeito eucalipto das grandes cidades em relação às mais pequenas, irá sentir-se sempre. É inevitável.”

    É evidente que existe sempre um estrangulamento, quer económico, social, político, ambientais e até educativo (uma área que “infelizmente” domino), das grandes cidades nas suas regiões. A minha contribuição para este tópico – que acho deveras pertinente – dizia respeito ao garrote que a nossa cidade, por razões várias e que o espaço não permite que enumeremos em detalhe, desde a falta de um política assertiva e pautada por linhas de fundo que defendam e privilegiem as mais-valias da nossa região à má aplicação dos prolíferos fundos comunitários que em tempo recebemos (e parece que toda a gente se esqueceu)…

    “Com a Regionalização haverá contudo mais condições para cada localidade se afirmar por si mesma sem ter o garrote do Estado a atrofiá-la. Depois, é como nas empresas, as mais competitivas serão em princípio aquelas que crescerão melhor.”

    Claro, aqui funciona a lei do mercado. Quanto maior a competência das empresas, melhor os resultados.

    Deixei para o fim a questão da Regionalização, porque ainda não estudei o suficiente, nem analisei os prós e os contras para ter uma opinião concreta. Vou aproveitar as férias para ler uma compilação de documentos que compilei sobre esta temática, desde as comunicações do Prof. Américo Mendes a alguma literatura espanhola como Benko, Lipietz ou Juillard.

    Com os melhores cumprimentos,
    António Mirandela

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