António Pedro Vasconcelos [vestido à PIDE] |
A foto ao lado é uma imitação ridícula do Hercule Poirot lisboeta, patético e complexado. Como sabem, Poirot foi um detective privado, criado pela talentosa escritora britânica Agatha Christie que se tornou conhecida na produção de novelas policiais.
Ao contrário da escritora, cuja fama atingiu níveis de popularidade internacionais, esta criatura esguia e de aspecto cadavérico, só conseguiu ter alguma visibilidade em Portugal como cineasta porque o Estado centralista tudo fez, e continua a fazer, para lhe dar algum protagonismo com subsídios e apoios de toda a espécie.
Curioso, é reparar que António Pedro Vasconcelos, apesar de ser um ilustre desconhecido em termos internacionais, se sente muito confortável a criticar o vetusto cineasta Manoel de Oliveira, como se ele próprio estivesse a um nível superior, desprezando o reconhecimento internacional e os inúmeros prémios recebidos pelo realizador portuense em vários festivais de cinema. Mas, agora que o Estado, através da RTP, nos deu a oportunidade de o conhecer melhor em sectários Trios de Ataque, será caso para nos admirarmos? Não, não é, mas o que é demais é moléstia.
António P. Vasconcelos exibe perante as câmaras da televisão tudo aquilo que há de pior na sociedade portuguesa: a inveja e a falta de carácter. De facto, basta consumir alguns minutos para apreciar o seu comportamento no referido programa e perceber que ali não se discute, exactamente e só, futebol, dita-se o centralismo, com capital em Benfica. E para isso, vale tudo, até queimar autocarros!
Quem, por presunção intelectual, ou simples vaidade, continuar agarrado à ideia de que o futebol é um mundo menor, distinto do resto da sociedade, fará mal se não dedicar algum tempo a observar este tipo de programas pois isso poderá ajudar a compreender outros fenómenos de prepotência e discriminação que a política ainda consegue mascarar. Na RTP, como noutros canais sediados em Lisboa, aqueles programas onde seria suposto debater-se o futebol - o desporto dilecto dos portugueses -, o que se discute resume-se a um assunto: arbitragens.
O espectador incauto [ingénuo, ou futebolisticamente inculto] poderá até admitir que esses desvios programáticos em que subitamente a nomenclatura se desajusta do conteúdo, deixando portanto de fazer sentido , se devem apenas à incompetência de quem os concebe e dirige, mas é aí que está o engano. Os crónicos desvios temáticos destes programas [Trio de Ataque, na RTPN, Dia Seguinte, na SIC e Prolongamento, na TVI24], são intencionais de acordo com as circunstâncias, isto é, afastam-se sistematicamente da componente técnico-desportiva, para a componente das arbitragens, quando o centralismo representado pelo Benfica começa a perder terreno [pontos] em relação ao seu inimigo visceral da "província", o Futebol Clube do Porto. O fenómeno é recorrente e tem a cobertura activa do regime.
Só que, este miserável cenário é suficientemente sofisticado, porque na aparência é democrático... De facto, cada clube, dos três mais populares, tem o seu representante que teoricamente dispõem de "toda" a liberdade para o defenderem, só que as coisas não são exactamente assim. No programa Trio de Ataque [e nos outros é a mesma coisa], o pivôt está nitidamente instruído para dar mais protagonismo ao representante do Benfica que ultrapassa sempre o tempo de antena que é concedido aos outros dois participantes. Além de que, interrompe constantemente os seus interlocutores vitimizando-se exactamente para disfarçar os excessos e poder voltar a falar logo a seguir. Nisto, o detective/cineasta falhado, é exímio. Mas é exímio porque tem a conivência do pivôt, que por sua vez está mandatado pelo seu director para dar lastro a esta discriminação em nome do glorioso clube do absolutismo!
Por isso, o cineasta subsídio-dependente faz o que lhe dá na gana. Insinua, difama, provoca, mente, envenena, contradiz e insulta impunemente. Enfim, tem as costas quentes, porque sabe que lá no fundo, o Estado com todos os seus representantes incluídos, é o seu grande mestre e protector.
Rui Valente
ResponderEliminarFantástico artigo de opinião!
Não me leve a mal mas vou dele fazer copie/paste com a devida identificação para um blogue onde participo pois julgo ser fundamental divulgar este texto o mais possivel
Parabéns
Aceite um grande e fraterno abraço
FT
Eu acho que não ficou nada por dizer sobre esta personagem desqualificada nem da entidade à sombra da qual ela se acolhe e protege.
ResponderEliminarVasconcelos, é o protótipo de um auto-convencido lisboeta de que o que existe para além da corte alfacinha é coisa de gente a que se não deve dar crédito ou valor.
"esta criatura esguia e de aspecto cadavérico, só conseguiu ter alguma visibilidade em Portugal como cineasta porque o Estado centralista tudo fez, e continua a fazer, para lhe dar algum protagonismo com subsídios e apoios de toda a espécie."
ResponderEliminarQuem me dera ter escrito esta frase! Aplica-se a tantas - mas tantas - realidades distintas!
Acho que seria interessante analisar o tempo de antena que se dedica a personagens que se encontrem fora dos círculos de poder central e a caracterização dos mesmos.
Embora não possua dados empíricos sobre o tema, creio que se trata quase sempre de uma caracterização negativa. Apenas são notícia quando há casos de corrupção, violência e afins; as caricaturas apresentadas representam sempre os aspectos mais medonhos e negativos das personagens. E estas notícias são exploradas até à exaustão.
Isto cria no espectador a impressão de que toda a gente que se encontra fora do aparelho central e que se sobressai, apenas o deve a manigâncias e a manobras pouco claras.
O primeiro passo para uma regionalização efectiva passa por um meio de comunicação social - leia-se televisão - de canal aberto, independente dos capitais do sul e abertamente regionalista.
Este pseuda cineasta, que veio de Vijeu para Lisboa, e com dinheiro de todos nós, fez uns filmezinhos
ResponderEliminarpara passar em cinemas de sessões continuas para os espectadores dormirem. Quem é ele para falar de Manoel de Oliveira "Mestre" dos cineastas portuguêses reconhecido em todo mundo.
Este paineleiro que é um venenoso uma cascavel contra o FCPorto, Escarlatino Abutre até dizer chega.
Eu se fosse realizador de cinema pegava neste cavalheiro e naquele Alzheimer que já foi presidente do sporting, e fazia um filme com título "AS DUAS MÚMIAS DO EGIPTO" que tal...
O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO.
Caro B.,
ResponderEliminarbenvindo amigo!
««O primeiro passo para uma regionalização efectiva passa por um meio de comunicação social - leia-se televisão - de canal aberto, independente dos capitais do sul e abertamente regionalista.»»
Começo e termino no último parágrafo do s/ comentário. Há anos que defendo o mesmo, mas ninguém me dá ouvidos...
FT,
ResponderEliminarÀ vontade, amigo!
Um abraço
Muito bem , meu caro e depois deste artigo eu sugeria que para acabar com esta praga sifilitica, era fazer como em certos paises, empalalos com um ferrinho bem aquecido na ponta...assim sim se voltariam a moldar os costumes e terminava-se de vez com estas aberracoes da mae Natureza.
ResponderEliminarTenho pena de o representante Portista,não ser o Manuel Serrão ou o Dr.Pedro Batista.
ResponderEliminarO pseudo-cineasta já tinha ido dar uma volta ao bilhar grande.
Com gente dessa estirpe não se pode ter punhos de renda,tem que ser com mão de aço.
Essa espécie de programa bateu no fundo, e lamento que a cadeira Azul e Branca tenha sido ocupada.Tinha sido uma boa oportunidade para os deixar a pregar para os peixinhos.Perdeu-se e não estamos bem representados.
É preciso chamar os bois pelos seus nomes. Carlos Daniel o responsável editorial da RTP-N é conhecido pelo benfiquista de Paredes e não tem preocupações de isenção. É pena que, aquando da saída de Rui Moreira, tenha aparecido alguém para o substituir. Se o programa ficasse sem representante do FCP ficaria manco e de interesse diminuto. Assim o 5LB que foi, durante 50 anos, a equipa do regime fascista continua a reivindicar estatuto especial como se não tivesse havido o 25A..
ResponderEliminarAmigo Rui Valente.
ResponderEliminaré mesmo isso.
(copy_paste)
É em nome da verdade desportiva.
Abraço
Caros amigos
ResponderEliminarJá agora não esqueçam o Botelho cineasta, aquele do eu Carolina, casado com a L.Pinhão.Esse talvez seja pior pois estudou na Feup, da UP, como Engenheiro nunca foi nada, e como cineasta não sei.
um abraço a todos
Rui também vou colocar no Facebook e link no post que vai sair logo, pois este texto, de excelência, precisa de ser divulgado, quanto mais não seja para que o vocalista dos Blind Zero acorde e deixe aquela postura de morninha.
ResponderEliminarUmm abraço
Meu caro Rui Valente, só agora tive a oportunidade de ler este texto, mas não quero deixar de felicitá-lo- O grande mal nem são os paineleiros, esses ao menos sabemos ao que vêm. O veneno são as mentes que estão por trás dos programas, os que se emboscam e se dão ares de probidade e honestidade intelectual, que dão gritinhos de virgens ofendidas quando confrontados com o seu sectarismo. Que quer, é mais uma prova do nosso terceiro-mundismo, sobretudo quando vemos a TV oficial, paga por todos nós,a colaborar nessa pouca vergonha. Ainda se fosse só no futebol! O pior é esta pulhice ser um panorama geral...
ResponderEliminarVim aqui parar com o link do dragão Até à Morte.
ResponderEliminarComo muitos antes de mim disseram, faço minhas as suas palavras.
E concordo também com o comentário do dragao vila pouca, o Miguel Guedes é demasiado manso e podia fazer uma incursão por este e outros blogues Portistas para aprender a dar umas respostas, ao fracassado cineasta, à altura da verborreia desse sabujo.
Já agora só um pormenor, o texto diz televisões sediadas em Lisboa, certo, porém o Trio D'Ataque até é feito no Porto. É só uma chamada de atenção para alguém que queira ir "cumprimentar" o "rádio de transmissão" encarnado.
Caro Nelson Machado,
ResponderEliminarO Trio de Ataque é realizado nos estúdios do Porto da RTPN, que pertence à RTP com sede e administração em Lisboa.
A Direcção de Programas da RTPN no Porto tem um pau mandado [Carlos Daniel]sem qualquer noção de ética e de imparcialidade cuja acção é ostensivamente centralista.
O "N" da RTP está lá a mais e só serve para criar a ilusão de alguma autonomia, o que, como sabe, é falso.
Um abraço
Parabéns pelo texto. Está excelente!
ResponderEliminarDevem haver seguramente sociólogos que já terão estudado se há uma causa-efeito entre a crise económica portuguesa e a crise de valores morais e éticos do país, sobretudo no que se refere ao que se passa na capital.
Eu confesso que não sei se sou a favor da regionalização ou não. Não sei o suficiente, quanto a um eventual aumento da burocracia, ou quanto ao custo das máquinas autárquicas, ou qualquer outra coisa, para que para me pronunciar a favor ou contra.
Aquilo que sinto, é que o país sempre viveu e vive á volta de Lisboa e dali não sai.
Basta vermos as revistas cor-de-rosas, as televisões (e o aparecimento das TV privadas ainda aumentou mais essa “Lisbonisse”) para vermos como as coisas funcionam.
Tudo se passa lá em baixo.
Mas o que me preocupa como Português é que eu não moro em Lisboa, não quero depender de Lisboa, nem me revejo nas festas de paneleiros e paineleiros, invejosos, drogados, fedorentos, pseudo-cineastas e a restante corja de imbecis.
O país está em crise financeira, mas a crise é também profundamente moral.
E aqui temos forçosamente que falar no futebol. Porque se a capital do meu país tem inveja do sucesso do meu clube, que desde que lhe é permitido, tem difundido internacionalmente uma imagem que nem o Benfica nem Sporting juntos conseguem (já para não falarmos da tal pontuação da UEFA) estamos conversados. Mas até isso nos quiseram tirar com a queixa que apresentaram ao amiguinho Platini (o tal da Juventus…..Juventus volto a repetir).
O sucesso dos que merecem ter sucesso porque trabalham e produzem, porque se dedicam às causas, porque quando ganham, ganham com justiça, cega os invejosos e os raivosos.
É tão fácil “atirar” as culpas da crise económica para a crise mundial, como “atirar” as culpas das vitórias do FCPorto para os árbitros e para os apitos dourados.
Porem quando se procura saber porque se chegou a uma crise económica de tamanha dimensão, nenhum dos iluminados e proeminentes economistas que agora falam e que já passaram eles próprios por governos anteriores (e muitos deles estão agora a receber gordas reformas) não se recordam que não souberam poupar, promover a exportação, revitalizar a indústria, porque andavam entretidos nas festas pela capital a estoirar o dinheiro, a “oferecerem” fundos Comunitários sem qualquer controlo, enquanto outros como eu trabalhavam 10, 12, 14 horas por dia.
Mais uma vez, tal como no futebol quando o Benfica não ganha (ou Sporting ainda que sejam mais contidos nas reacções), há sempre o problema FCPORTO. Mas que raio de inveja? Porque não trabalham como nós? Porque não se organizam como nós? Felizmente que não temos Vales e Azevedos nem Jorges Gonçalves. Os governantes deles (clubes da capital) são o espelho dos governantes do Estado. Ladrões, mentirosos, traficantes, falsificadores, banqueiros corruptos, ministros que aceitam acções de clubes falidos para pagar dividas fiscais!!!
Esta país precisa de levar uma volta de cima a baixo.
Bart Simpson,
ResponderEliminarO seu comentário serve excelentemente como anexo a este post. Só não tenho as suas dúvidas quanto à regionalização, essencialmente por nos aproximar do Poder. A proximidade facilita o controle, compreende..? O resto, dependerá da qualidade dos governantes regionais. Mas, ao contrário do centralismo, a regionalização de uma ou outra forma foi implantada com sucesso em quase toda a Europa, e até a Grécia, um país mal governado como o nosso, já aderiu à Regionalização, sem ter de ir a referendo.
Quanto a isso eu não tenho dúvidas, sou 100% favorável à regionalização.
Um abraço