11 fevereiro, 2011

Deolinda do Benfica



Há até quem diga que é a voz da nova canção de intervenção... Eu desconfio.

Colocar o "Benfica" numa canção de intervenção tem o mesmo efeito revolucionário que cuspir na sopa...
Não gosto! Esta coisa muito portuguesa de repetir o refrão 30 vezes seguidas é por demais monocórdica. E depois, tem um insuportável cheiro a fado...

9 comentários:

  1. Rui,

    Tinha de ser... Uma vez não iamos estar de acordo. É hoje. Gosto imenso deste grupo, desta canção, que é um retrato do "Portuga" !!! Quanto às musicas deste ultimo ainda não ouvi (onde vem a tal do "parva")
    Mas gosto muito deles... então aquela do Fon Fon Fon, "do CCB gosto da vista, da Gulbenkian do jardim "... está demais...

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  2. Fernando,

    ainda bem que gosta, meu caro.

    Sabe, quando alguém se lembra de meter o Benfica onde ele não é chamado, acabo por criar anti-corpos espontaneamente.

    Eu sei que o grupo está muito na berra mas, sinceramente, não aprecio muito o estilo. As letras até são engraçadas mas falta-lhes mais qualquer coisa.Enfim, gostos.

    Bom fim de semana!

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  3. Rui, como você diz, gostos não se discutem, o que é um facto e não é só na música, é que eles aproveitam tudo para meter lá o benfiquismo. Nós, os portistas, tirando aquela do Jardel entre os centrais, lembra-se de mais alguma? Não, nem pensar, meter o F.C.Porto em canções em comédias, séries, etc, isso é que era bom!...

    Um abraço

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  4. "Produto" centralista ?

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  5. É isso, Vila Pouca,

    a "subtileza" de meter o Benfica em tudo o que "mexe" não é "subtil" quanto baste para quem já está vacinado contra as pandemias centralistas. Quem não o fizer arrisca-se a aplaudir o "inimigo".

    Atenção que a canção do Rui Veloso tinha letra do Carlos Tê, um portista confesso sem pretensões revolucionárias. Era uma canção para portista ouvir. Ponto. Agora, para um grupo a quem já intitulam de interventivo - falámos de política -, o Benfica é uma peça fora do contexto,desetabilizadora.

    O país benfiquista só existe na cabeça dos centralistas. Creio não precisar de dizer mais nada. Por que é que ela em vez de joga o Benfica não usou a expressão "joga o meu clube"?

    Agora, como você diz e bem, gostos não se discutem [às vezes:-)]

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  6. Olá Rui,

    Como se costuma dizer nestas ocasiões, sou leitora de longa data e participante pela primeira vez :)

    Achei curiosa a referência a esta canção, pois partilho exactamente a sua perspectiva. A música da banda não me agrada particularmente, cheira muito a faduncho - que para mim é tradição de Lisboa (e Coimbra, vá lá, embora sejam diferentes) imposta como nacional - mas a referência ao 5LB deita por terra qualquer simpatia que pudesse haver da minha parte para com a canção.

    Ela podia bem dizer que "joga o meu clube" ou "joga a selecção", mas isso de colocar o 5LB em todo o lado é tudo menos inocente, e, para quem está vacinado, salta logo à vista. Por exemplo, já ouvi dizer que aquela série "Conta-me como foi" é do melhor que já se fez em ficção nacional, mas da primeira vez que tentei vê-la havia para lá um poster do 5LB ou um galhardete ou sei lá (já nem me lembro) e mudei imediatamente de canal.

    Poder-se-ia dizer que estavam apenas a caracterizar uma família convencional da época em que se passa a acção, mas é mais do que isso. Há uma tentativa muito clara de colocar o 5LB em todo o lado, de tentar fazer passar a ideia de que o Benfica é "o outro nome de Portugal" (este é o título de um documentário deles ou assim), que há um consenso nacional em torno desse clube, quando os números desmentem categoricamente (e cada vez mais) essa ideia que nos tentam enfiar pelas gargantas abaixo. Mas só come quem quer! ;)

    Parabéns pelo blog!

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  7. Esta Deolinda é mais um aborto da música portuguêsa.
    Isto nem é fado, folclore e muito menos música de Interveção. Isto é música Pimba, que se ouve nas Feiras rascas.
    Eu pago para a não ouvir... são gostos.

    O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO.

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  8. Cara Enid,

    100% de acordo com o seu comentário. Prova que não olha para as coisas por olhar, que está atenta àquilo que [perdoe-me a expressão] lhe "colocam no prato".

    Os mais ingénuos dirão que isso é radicalismo, mas não se deixe impressionar, porque radicalista e fanática é essa forma cínica de querer tornar consensual o que não tem consenso.

    Um abraço e volte sempre

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  9. marco medeiros12/02/11, 20:28

    caro Rui,
    Já tive a mesma opinião q vc, quando ouvi pela 1ª vez a canção. Mas depois e analisando a letra mesmo q fosse removida a palavra «enFIKE» (com o fike bem acentuado como a maioria o faz) continuaria a falar do mesmo ou seja do «enfike».

    Eu ia até mais longe, chamava a música «ser benfiquista» - está lá tudo, basta ver na nossa comunicação social: maiores do mundo nem q sejam em propaganda; vencedores da «champes» deste ano apesar de ser mt difícil mesmo na “play”; vencedores da «ligoropa» do ano passado apesar de temos de definir prioridades e a oropa não é uma delas; melhores jogadores q interessam a meio mundo e faz inveja ao outro meio mas se chegam aos jornais propostas mirabolantes ao clube nem por isso; terminator superior a mourinho apesar de inventar nas goleadas; melhor futebol praticado apesar de virmos defender e queimar tempo no dragão e o Setúbal, q joga pela manutenção, nos ter feito a vida negra; o Peixoto é bom sarrafeiro apesar de mau jogador e por ai fora.

    Resumindo e concluindo: estão lá descritos todos os nossos futuros feitos gloriosos e as gloriosas desculpas para o facto de eles não se realizarem.
    marco medeiros

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