Algo me deve estar a escapar, porque ainda estou para perceber o que levará certas pessoas a diabolizar as forças armadas cada vez que alguém desse importante sector da sociedade resolve opinar sobre a situação do país. Tudo indica, a avaliar por reacções anteriores, ter-se instalado em Portugal um estranho estigma sobre os militares, apesar da parcimónia que os tem caracterizado ao longo destes anos de má governação da responsabilidade exclusiva da classe política.
Depois de ler este artigo de opinião do director adjunto do JN, onde o autor fala dos militares de Abril de um modo algo paternalista e cínico, fiquei com a nítida sensação de haver da sua parte um ressentimento mal resolvido para com a Instituição Forças Armadas. Senão, registemos a primeira das suas expressões: «Todos os anos, por esta altura, a Associação 25 de Abril dá um sinal de vida, não vá o povo ser ingrato e incapaz de reconhecer o mérito de um naipe de protagonistas responsáveis pela queda em 1974 de quase 50 anos de ditadura em Portugal». No parágrafo seguinte o jornalista vai mais adiante e diz: «Para uma boa parte de historiadores a instauração do regime democrático deu-se em Novembro e não em Abril». E a ambiguidade do texto só termina mesmo no fim. O link do artigo acima disponível permitirá ao leitor tirar as suas próprias conclusões, por mim chegam-me estes para levantar algumas das dúvidas que este texto me deixou.
As questões que me ocorre colocar são as seguintes: serão porventura os militares de Abril a besta negra dos malefícios sociais e económicos de que o país hoje padece? Não terão eles, tal como nós, o direito de emitirem as suas opiniões, mesmo que a espaços e moderadamente? Afinal, em que é que os jornalistas e o resto da sociedade, onde se incluem políticos e banqueiros, se destacam eticamente para se acharem no direito de tapar a boca aos militares? Terão sido os jornalistas e os políticos os autores morais do 25 de Abril? Ou será o mês de Novembro o "verdadeiro" marco histórico da mudança de regime? Digamos - para não ferir susceptibilidades -, não terá sido em Novembro que se produziu a revolução à medida das conveniências das elites residuais do regime de Salazar e Caetano?
Quando se fala em respeito, como fez o jornalista no final do artigo, de forma petulante e ingrata, está-se por momentos [infelizes] a esquecer a pouca vergonha dos BPN's, dos submarinos e da Face Oculta, que por certo deixarão, pela enésima vez, os criminosos livres do merecido castigo, apenas porque pertencem à classe das tias e dos colarinhos brancos em que o regime anterior era pródigo, e que agora ousam empunhar a bandeira da democracia, como se ela existisse...
É uma vergonha, se há sectores que não têm culpa do estado a que chegou este país foram os militares. Atendendo ao que se viu posteriormente, entregaram o poder demasiado cedo a esta corja que nos desgoverna.
ResponderEliminarO ex-comentador, aquele tipo que visto de trás, parece que tem uma palete, em vez de costas, o Amorim, chamou-lhes brigada do reumático.
Há gente que não se enxerga, mesmo!
Um abraço
Esse é outro "bom" actor...
ResponderEliminarEra um defensor acérrimo da Regionalização. Quando se filiou no PSD disse que o fazia à condição de poder continuar a defender a Regionalização.
Agora,que conseguiu o queria, faz exactamente o mesmo que criticava no governo anterior: diz que não é oportuno...
Enfim, mais um bluff, um anafado flop.
Um abraço
Diria mesmo que o gordo é um nojo.
ResponderEliminarSem ofensa para os alfaiates,parece um anuncio de uma alfaiataria a preto e branco.
Saudações
Eu acho que esse que estão a falar é um armário sem nada por dentro,só querem é tachos,quanto ao tipo do JN,coitado tem medo de perder o tacho dele,ao contrário dos militares,que logo que tiveram oportunidade entregaram o poder aos politicos,que conforme se verifica não souberam ou não quiseram levar este país para a frente,só se preocuparam em arranjar tachos para as mulheres deles, para os filhos das mulheres deles, das amantes, dos familiares e amigos.Por isso é que o país está neste estado!
ResponderEliminarComo dizia ontem o Sousa e Castro se fossem militares tinham o sentido do dever!
Um abraço
manuel moutinho
por alguma razão ele deixou de ser o director do JN. É um medíocre seguidista.
ResponderEliminarE já vem de anteriores crónicas. Aquilo é genético
O artigo de Fernando Santos, subdirector do JN, é de facto um autêntico nojo.
ResponderEliminarPara quem, como eu, é leitor assíduo desse jornal, desde que aprendeu a ler, é frustante ver que há pessoas com responsabilidades de edição que
conspurcam o jornal, parecendo querer transformá-lo num vulgar pasquim como muitos que por aí pululam.