25 abril, 2012

Memorandum

Revolução dos Cravos refere-se a um período da história de Portugal resultante de um golpe de Estado militar, ocorrido a 25 de Abril de 1974, que depôs o regime ditatorial do Estado Novo, vigente desde 1933, e que iniciou um processo que viria a terminar com a implantação de um regime democrático, com a entrada em vigor da nova Constituição a 25 de Abril de 1976.

Este golpe, normalmente conhecido pelos portugueses como 25 de Abril, foi conduzido por um movimento militar, o Movimento das Forças Armadas (MFA), composto por oficiais intermédios da hierarquia militar, na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial e que foram apoiados por oficiais milicianos, estudantes recrutados, muitos deles universitários. Este movimento nasceu por volta de 1973, baseado inicialmente em reivindicações corporativistas como a luta pelo prestígio das forças armadas, acabando por se estender ao regime político em vigor. Sem apoios militares, e com a adesão em massa da população ao golpe de estado, a resistência do regime foi praticamente inexistente, registando-se apenas quatro mortos em Lisboa pelas balas da DGS.

Após o golpe foi criada a Junta de Salvação Nacional, responsável pela nomeação do Presidente da República, pelo programa do Governo Provisório e respectiva orgânica. Assim, a 15 de Maio de 1974 o General António de Spínola foi nomeado Presidente da República. O cargo de primeiro-ministro seria atribuido a Adelino da Palma Carlos.

Seguiu-se um período de grande agitação social, política e militar conhecido como o PREC (Processo Revolucionário Em Curso), marcado por manifestações, ocupações, governos provisórios, nacionalizações e confrontos militares, apenas terminado com o 25 de Novembro de 1975.

Estabilizada a conjuntura política, prosseguiram os trabalhos da Assembleia Constituinte para a nova constituição democrática, que entrou em vigor no dia 25 de Abril de 1976, o mesmo dia das primeiras eleições legislativas da nova República.

Na sequência destes eventos foi instituído em Portugal um feriado nacional no dia 25 de Abril, denominado "Dia da Liberdade".

[in Wikipedia]

Nota de Renovar o Porto:

Por mais que alguns tentem negá-lo, o Movimento de 25 de Abril que levou ao derrube da ditadura e à posterior implantação de eleições livres [não confundir com democracia, porque uma democracia é algo mais que isso], foi essencialmente da responsabilidade de um grupo de jovens militares desgastados com a interminável guerra colonial e não exclusivamente da luta clandestino de alguns políticos. Só depois do golpe militar é que se deu a adesão espontânea do povo e o regresso do exílio de alguns políticos, como Álvaro Cunhal e Mário Soares.

Como tal, e porque tenho idade bastante para saber exactamente como as coisas se passaram, é bom que não coloquemos de mais o povo e os próprios políticos num pedestal, mesmo que isso torne o cenário mais poético aos nossos olhos. Até porque, os políticos, não têm muitos motivos para se orgulharem com o rumo que deram ao país e com o uso que fizeram da democracia, como se pode inferir do actual quadro sócio económico.

3 comentários:

  1. 25 Abril Sempre...

    Mas espero um outro 25 de Abril já...
    neste momento a Liberdade é só se poder falar, porque no resto estamos a voltar ao antigamente.
    Estão-nos a tirara todos os direitos conquistados; na parte social somos um penico da Europa; Portugal é um bairro de lata da Europa.

    25 de Abril Sempre...

    O PORTO É GRANDE, VIVA O PORTO.

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  2. Quando temos no mais alto cargo da nação, um presidente da república de camisola vestida e bandeira na mão, com dois pesos e duas medidas, está tudo dito sobre esta classe política. Não presta!

    Abraço

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  3. Caríssimos!
    A propósito das comemorações do 25 de Abril de 1974:

    Eis aqui um documentário altamente ilustrativo...
    Um documentário sobres as grandes fortunas portuguesas, a sua persistência no tempo, e o apoio que recebem do Estado, ou directamente ou "legalizando" manobras financeiras muito suspeitas.
    http://www.donosdeportugal.net/

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...