27 setembro, 2015

Porto Canal, será autónomo? Ou (sobre)vive à custa do FCPorto?


Resultado de imagem para grandes manhãs porto canal

Quando alguém se lança num negócio - seja ele de que ramo fôr - e quer evitar cometer aqueles erros característicos da inexperiência, é prudente e até recomendável, que procure detectar o feedback do mercado potencial na  respectiva área. Não o fazendo, arrisca-se a afundar o negócio logo à nascença, que é a pior forma de arrancar com um negócio. É essa impressão que me deixa o negócio do Porto Canal, contraído entre o FCPorto Media e a sociedade Avenida dos Aliados, do grupo espanhol da Medialuso. 

Habituado que fui a ver o presidente do meu clube como um homem astuto, objectivo, pouco dado a aventuras sem retorno financeiro ou desportivo, agora que o FCPorto se envolveu numa área que não domina, custa-me a aceitar a ideia que Pinto da Costa ande distraído em relação ao que se passa no Porto Canal. No entanto, é cada vez mais consensual o decréscimo de rigor e qualidade daquela estação, o que me leva a suspeitar o que atrás referi, ou seja, que há um bizarro distanciamento do presidente face à produtividade do canal da Senhora da Hora. Sendo o FCPorto detentor de uma maioria substancial das quotas, é inconcebível imaginar que estas se valorizem quando a falta de qualidade é cada vez mais patente. Mas, como sobre este tema já me cansei de falar, sempre com a melhor das intenções, sempre com o intuito de projectar algum sentido crítico aos responsáveis, vou-me limitar a retratar algumas das suas incoerências.

Um destes dias, assisti a uma entrevista de Júlio Magalhães a Marinho e Pinto, candidato às legislativas pelo PDR (Partido Democrático Republicano), que a certo momento me despertou especial atenção. Dizia Marinho e Pinto, em forma de pergunta ao entrevistador, o seguinte: então o Júlio acha que faz algum sentido que a candidata Catarina Martins pelo BE, natural de Aveiro, se apresente como candidata pelo círculo do Porto? E deu outros exemplos semelhantes. Insistia Marinho e Pinto: então, aqui no Porto não haverá ninguém competente para ocupar o cargo? Isto faz algum sentido, repetia?

Perante estas questões pertinentes, interroguei-me se na cabeça de Júlio Magalhães teriam entrado outras igualmente pertinentes relacionadas com o Porto Canal. Será, que naquele instante as questões de Marinho e Pinto não o incomodaram? Não o fizeram corar de vergonha por saber que a jovem Maria Cerqueira Gomes (ignoro por ordem de quem) já fez mais entrevistas (repetidas) a pessoas de Lisboa que aos seus conterrâneos do Porto e do Norte? Fará essa opção também algum sentido, quando essas pessoas são por demais promovidas pelos 4 canais em sinal aberto (mais outros 6 ou 7 em sinal fechado), quando a Norte e no Porto há ainda tanta gente por descobrir? Não faz. Faria sim, se essa gente de Lisboa, ou de qualquer outro sítio, fosse novidade, e verdadeiramente interessante. 

Walter Hugo Mãe, tem-no provado, esse sim tem escapado às dinâmicas de provincianismo e de complexos de inferioridade nada condizentes com o estatuto próprio de uma cidade invicta, como espero que continue a ser o Porto. Ele sim, consegue fazer o que os colaboradores do canal não sabem (ou não querem), trás ao conhecimento do público gente nova, culta e interessante da região... Não tarda, vão ver, W. Hugo Mãe vai perceber que o Porto Canal não é o sítio certo para se mostrar ao mundo. A não ser que lhe paguem muito bem...

Sucede, que a mediocridade é tão ou mais contagiante quanto medíocre fôr o meio em que nos movemos. Alguns colaboradores, jovens como Ricardo Couto e Maria Cerqueira Gomes, a quem de início reconheci capacidades, têm enveredado, não sei se por moto próprio, se por imposição superior, por um caminho de ascensão populista, oportunista mesmo, ao estilo da Cristina Ferreira e Luís Goucha, o que não os enobrece em nada, embora lhes possa dar dinheiro considerando a escola de "valores" de um país como Portugal.  Ricardo Couto, convenceu-se depressa demais de um sentido de humor que não possui, e está cada vez mais parvo. Maria C. Gomes, anda perdida entre optar pelo jornalismo sério (digo eu), e ser apresentadora show-off. Seria bom que alguém lhe soubesse apontar o caminho certo antes que o talento se dilua em vulgaridade. A vulgaridade é a rampa mais rápida para bater no fundo.

Que não hajam dúvidas, se há empresa que parece viver à custa de outra, essa é o Porto Canal. Seria importante que os sócios do FCPorto indagassem em Assembleia-Geral convocada para o efeito, quais são os custos suportados pelo clube, com o Porto Canal. É que, exceptuando os conteúdos desportivos, ninguém pode afirmar, sem mentir, que o canal está a produzir o bastante para se auto-sustentar. Se o recurso continuado a gravações, uma, duas, três e quatro vezes, não termina, é porque não há dinheiro para fazer novos programas. E se não há conteúdos renovados, duvido, mas duvido mesmo que a publicidade aumente. 
   

3 comentários:

  1. Eu sinceramente não sei de que receitas vive o Porto Canal, no entanto, acho que é um Canal importante para a região, mas, que seja mais regionalista do que generalista.
    Concordo no que diz em relação a esse sr R Couto que pode ser outra coisa, menos aquela de comediante, porque não tem jeitinho nenhum para ser engraçado. A Maria, enfim, é simplesmente Maria.
    O sr Juca continua a não dar sinal de qualquer modificação em relação a melhorar os programas à região nem da cidade.
    Não sei qual é o acordo entre o Canal e o FCP, o presidente do FCP já não fala à muito tempo, na minha opinião acho que o clube deveria ter um canal próprio como têm os outros, mas, como diz povo; quem manda pode, embora os tempos sejam outros.

    Abílio Costa.

    ResponderEliminar
  2. Eu pergunto qual a
    relação da vodafone com o porto canal

    ResponderEliminar
  3. E eu, pergunto ao anónimo(a) qual a relação da Vodafone com o teor deste post, ano e meio depois de ser publicado!

    Já agora, faça o favor de explicar.

    ResponderEliminar

Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...