07 novembro, 2016

Se, é sempre um "se"

Somos Porto?
Tenho como certo, que quando o responsável principal de uma organização empresarial, ou de outra qualquer, como um clube de futebol, já não tem unhas para gerir o que lhe compete, o resultado só pode ser o fracasso, mesmo que pontualmente consiga pequenos feitos. É o que está a acontecer com o FCPorto destes últimos anos, no futebol, e até nas modalidades em que somos mais competitivos.

Portanto, fica previamente rememorizada a minha opinião sobre a causa principal dos fracassos do FCPorto pós capitulação de Pinto da Costa, para que não haja confusões com o que escreverei a seguir, pois não passam de efeitos transversais a uma liderança postiça.

Mesmo assim, como disse no primeiro parágrafo, é possível reduzir os danos e até obter alguns êxitos avulsos. Mas para isso, será necessário que outros façam parte do trabalho que compete ao "patrão", ou seja, fazer dos atletas fracos mais fortes, dos medianos, bons, e dos bons torná-los, se possível, excelentes, ou no mínimo, muito bons. Entenda-se como competências do patrão (que aliás, Pinto da Costa costuma assumir como suas), a escolha dos jogadores, ou dar o seu aval a quem os propôr. É claro que, se os intermediários e comissionistas destas transacções forem muitos, como parece agora acontecer, a tarefa de "substituir" funções de outrém fica ainda mais complicada. Como concordarão, essa tarefa podia ser remendada com a intervenção do treinador, mas para isso, seria preciso que o treinador ousasse afirmar-se enquanto tal no sentido de tornar os jogadores mais competitivos.

O jogo de ontem, mostrou-nos coisas muito interessantes, mais velocidade, profundidade, pressão alta, espírito de entreajuda, passes menos erráticos, tudo coisas que contribuiram para a qualidade do espectáculo, ainda que imperdoavelmente traídas pelas decisões desastradas de Nuno Espírito Santo. 

Avaliando o cenário pelo lado positivo, somos tentados a pensar que ainda nada está perdido, que ainda falta muito campeonato, que a jogar desta maneira a equipa pode começar a carburar para patamares de estabilidade condizentes com o estatuto do FCPorto. A questão é esta; terá Nuno Espírito Santo capacidade para mentalizar os jogadores para isso? Terá competências para lhes aumentar a carga de treinos, por exemplo, na vertente específica do remate, que é tão pobre e inábil neste plantel? Para os resultados serem bons, é preciso muita disponibilidade, muitas correcções, muitos ensaios, porque seguramente os jogadores acusarão nos treinos os mesmos defeitos dos jogos...

Se o Nuno E. Santo não fôr capaz de fazer a diferença, de provar que está ali para ser mais um grande treinador, audaz, inteligente e ambicioso, então, caros amigos portistas, podemos contar com mais um ano de desgosto e frustração do nosso clube. E já vai (?) para a quarta temporada...

Obs,-Ainda sobre a asneira de Herrera, há quem leia as críticas que lhe são apontadas como uma crucifixação e prefira apontar espingardas para a defesa quando foi marcado o golo dos vermelhos. Ora, se isso é crucificar um jogador que tinha acabado de entrar, e sempre podia ter optado por chutar a bola para longe, o que será transferir as culpas para o Danilo & Companhia, que até então tinham dado o litro e jogado como nunca? Além de que, como já disse, o principal responsável foi quem lhe deu ordens para entrar numa fase tão crítica do jogo.


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