O Porto esteve sempre ligado a acontecimentos de maior relevo da História nacional. Na génese do nome do país (Portucale)foi berço do Infante D. Henrique e fiel depositário do coração de D. Pedro IV em homenagem aos tripeiros pelo contributo prestado à causa liberal. Factos históricos que, repetidamente os governos centralistas parecem desprezar. É tempo de exigirmos o respeito que nos é devido.
24 janeiro, 2018
Espero que o futuro próximo não venha a dar-me razão
Cada vez que termina o programa Universo Porto da Bancada, dois sentimentos me invadem, sem que nada se altere em relação aos programas anteriores. O primeiro sentimento, é de admiração, uma admiração crescente pelo trabalho executado por Francisco J. Marques, e também - porque é de elementar justiça reconhecê-lo -, do Pedro Bragança e de José Cruz. Pouco me importa se estão a ser pagos para o fazer, porque se estão, merecem-no. Como também não me perturba o facto de eu próprio, e outros bloguistas portistas andarmos há uns bons anos a defender o FCPorto de borla, sem que ninguém do clube (a não ser alguns adeptos), o reconheça.
Foi o próprio presidente Pinto da Costa quem afirmou publicamente que não lia blogues, e se não lê, não pode ter opinião. É a ele sim, que atribuo a responsabilidade pela fragilidade que o nosso clube tem mostrado perante a opinião pública e sobretudo os adeptos, porque é ele o Presidente. Ponto. E se compreendo que a sua resiliência não é a mesma por questões de saúde ou da própria idade, deixo de compreender quando ele afirma sentir-se bem, quando vemos que isso não corresponde à realidade. Cala-se, não comunica com os adeptos, e quando fala, diz banalidades.
O outro sentimento, é de cepticismo. O tempo vai passando, confirmando as suspeitas sobre a objectividade prática do que é denunciado no Universo Porto da Bancada. Claro que, se nos colocarmos no lugar de FJMarques, temos de compreender a postura prudente com as investigações. Duvidar da Polícia Judiciária e da própria Procuradora-Geral (que curiosamente, andam a tentar calar), seria contraproducente, mas já não podemos dizer o mesmo do Governo, e ainda menos dos órgãos desportivos (Liga e FPF). Na melhor das hipóteses, caso aconteça o improvável, que seria uma intervenção rápida da Justiça (em Tribunal), é possível admitirmos um abrandamento da máquina mafiosa do Benfica de modo a travar eventualmente os impulsos protectores das arbitragens a seu favor e contra o FCPorto.
Mas, estamos em Portugal, num Portugal onde muitos dos protagonistas ligados à corrupção e a este polvo gigante, de criminadidade diversa, são gente da banca, da política, da comunicação social e da advocacia... Nós até temos a razão, eles tem o Poder. Um poder indigno, é verdade, mas o único que tem passeado à vontade negócios obscuros sobre as malhas da Justiça.
É isso que explica o meu ceticismo. Parece-me ingénuo que as cúpulas do FCPorto acreditem numa Justiça célere, - o que não é costume em Portugal - quando a investigação se afigura lenta e o Benfica continua a ser escandalosamente protegido e beneficiado por tudo e por todos (excepto nós, portistas). Será uma grande injustiça para mim, e para aqueles que pensam como eu, sermos nós a ter razão, e por uma boa causa, com tão tristes resultados, face à possibilidade de sermos outra vez ludibriados, sem paralelamente termos blindado o nosso clube dessa ameaça através de uma exposição a órgãos de Justiça da UE ou do TAS pelo corpo administrativo do FCPorto.
Um programa como o Universo Porto da Bancada é extremamente útil, e louvável, mas não infunde o respeito suficiente para travar gente habituada a lidar (e cooperar) com o crime. Para grandes bandidos, só uma Justiça poderosa.
PS:-Na Revista Dragões Pinto da Costa disse isto: "Espero que esta seja uma semana de afirmação do portismo", a propósito da presença do FCPorto na Final Four da Taça da Liga e do convívio com os deputados adeptos do FCPorto. Contrariando o que sempre pensou da Taça da Liga (mal), agora já fala em portismo e cita os deputados portistas como se até hoje tivessem mexido uma palha para defender o clube. Já sei, para nós tudo tem de ser feito dentro das normas, para os vermelhos que até têm políticos como comentadores arruaceiros, a coragem e o sentido crítico não existem. Com amigos políticos desses bem podemos com os inimigos. Ministério Público concentra caso dos "vouchers" e dos "emails" num só processo
Decisão de juntar os dois casos foi tomada pelo Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa. Judiciária já concluiu investigação às ofertas do Benfica a árbitros, observadores e delegados. (Sábado)
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'RENOVAR O PORTO', é um espaço de intervenção e de cidadania, dedicado aos portuenses da área metropolitana do Porto e a todos aqueles que, não sendo do Porto, escolheram esta cidade para viver e a sentem como se fosse sua. Naturalmente, dispensa a participação dos seus inimigos (que os tem, dentro e fora de portas), porque, afinal, é a sua existência que está na génese inspiradora deste blogue e que tanto tem prejudicado a nossa cidade e a nossa gente. Há alguns «colaboracionistas» do regime centralista que acham que não é bem assim. Nós, contrapomos que é!
"RENOVAR O PORTO", não quer ser temático, porque pretende conservar toda a Liberdade para debater o maior número possível de assuntos, sejam eles de cariz político, económico ou social, por forma a torná-lo abrangente e acessível a todos.
Não teme a irreverência e aplaude o diálogo vivo, mas rejeita o comentário torpe e insultuoso.
NOVAS REGRAS DESTA CASA
Isto não é um jornal, daqueles jornais que publicam todo o tipo de lixo para se sentirem mais democráticos. Aqui, a democracia tem regras e o respeito incluso por quem sabe fazer respeitar-se, com particular tolerância à irreverência destinada aos irresponsáveis que destruiram e ainda destroem o país.
Como tal, só serão publicados comentários de quem gosta de ser tratado pelo próprio nome, ou de anónimos bem educados...
A corrupção é pior do que a prostituição. Esta pode colocar em risco a moral de um indivíduo, a primeira coloca em risco a moral de todo o país.
Karl Kraus [1874/1936] escritor austríaco
HIPOCRISIA
Se não queres passar por cíniconão digas que amas o Porto, se odiares o Futebol Clube do Porto
Rui Valente portuense/portista
Em José Falcão
Foto de Rui Valente
Da sé para o Porto
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Natureza morta
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Kandinski
Óleo (cópia) de Rui Valente
La blonde aux seins nus (Manet)
Cópia a óleo de Rui Valente
Ponte Romana (Chaves)
Óleo de Rui Valente
Dragão
Futebol Clube do Porto
BANDEIRA DE PORTUCALE
História de Portucale
O nome do condado vem do topónimo Portucale, com o qual desde o século IX se designava uma cidade situada perto da foz do Douro, designada de PORTVS CALE - Porto de Cale, que se julga ser um nome híbrido formado por um termo latino (PORTVS, Porto) e outro grego (καλός [kalós], ou seja, belo), donde qualquer coisa como Porto Belo; A explicação mais comum é no entanto, a de que o nome deriva dos povos de cultura castreja que habitariam a área de Cale nos tempos pré-romanos - os Callaeci. Uma explicação alternativa é a de que o nome deriva da deusa venerada pela tribo e que poderia históricamente relacionar-se com a palavra Cailleach (definida como deusa ancestral) na Irlanda, numa invasão Celta proveniente da Galécia. Uma outra teoria afirma que a palavra cale ou cala, seria celta e significava 'porto', uma 'enseada ' ou 'abrigo,' e implicava a existência de um porto celta mais antigo. Ainda outra teoria propõe que Cale deriva de Caladunum. Data assim desse período a expressão terra portucalense ou província portucalense para designar um território distinto que era limitado ao norte pela terra bracarense, e ao sul pelo rio Vouga, e tinha por centro e cabeça a povoação de Portucale. No século I a.c. as “Histórias de Salustio” referem uma “Cales civitas” localizada na Gallaecia; Cale teria também sido conquistada por Perpena; no século IV, no “Itinerário de Antonino” , fala-se de uma povoação chamada de Cale ou Calem ; no século V, Idácio de Chaves escreve sobre um “Portucale castrum.
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