12 março, 2018

Acorda Porto! Vai à luta, também fora do campo!

O que aqui escrevo corresponde àquilo que penso e partilho na intimidade dos amigos. Não altero no que é substancial a minha opinião, e gosto de  chamar os bois pelo nome sempre que considero justo. Sou alérgico ao politicamente correcto, porque quem aprecia o estilo, tradicionalmente, de correcto tem pouco.

Ontem, no pós match do Porto Canal, apreciei particularmente a resposta de Rita Moreira a Cândido Costa quando este referia a "esperteza" dos jogadores do Paços de Ferreira, e o interrompeu firmemente, dizendo:  "não Cândido, o que os jogadores do Paços fizeram não é esperteza, é esperteza saloia. Os jogadores do Porto também sabem ser espertos, mas o que os jogadores do Paços fizeram é batotice!" . Meus caros, deixem-me que vos diga, em jeito de brincadeira, a Rita Moreira teve mais "tomates" que o Cândido Costa, porque não hesitou em dizer o que todos nós vimos, (e ele Cândido Costa viu) sem branquear os factos, só para agradar a gregos e troianos. Um Homem não se mede pela côr dos tomates, como uma Mulher pelo tamanho das mamas, é o carácter que enaltece ambos os sexos! Ponto. Neste contexto, a Rita foi mais Mulher, que o Cândido Homem. 

Tem sido esta pobreza de carácter que tem arruinado a sociedade do Porto. Falta-nos massa crítica,  numa fase da nossa história em que mais precisamos dela. Isto, estende-se ao desporto como à política. Em termos políticos estamos sós, e parece não queremos unir-nos pela mesma causa: o Porto e o FCPorto.

Não foi por termos perdido o jogo de ontem que falo assim. Já ando a fazê-lo há muito. Parte considerável do que é agora exposto através do Porto Canal já o Renovar o Porto alertava, só não pôde investigar. Não o digo para armar aos cágados, digo-o para reforçar uma ideia: nós precisamos de nos afirmar, não apenas como adeptos, mas também enquanto cidadãos e instituição. Temos de repudiar o que é de repudiar, não podemos continuar a ser roubados e abdicar de chamar a polícia. Isto é angustiante!

Existe uma Federação e uma Liga de Futebol, cujos responsáveis ganham a vida sem terem a menor competência ou integridade para o cargo. Temos provas cabais, e documentadas, por vídeos e fotos, que abonam em nosso favor, mas não mostramos capacidade para dizer basta a quem de direito. O Francisco J. Marques não pode ser o porta voz isolado do FCPorto, devia ser a administração a tomar uma atitude forte e pedagógica perante o GOVERNO. Em Democracia, repito, em Democracia, não vale tudo, e a ter de valer, então é a razão, e não a corrupção, como acontece neste sujo país. O árbitro de ontem, é apenas uma agulha num palheiro gigante, mas é um elemento activo dessa corrupção (ele é a própria prova). E nós, protestamos entre muros, não fazemos chegar a nossa voz ao destinatário devido de forma categórica. Não é assim  que resolvemos o problema num país de governabilidade duvidosa. 

Tenho admirado a postura dos adeptos portistas, particularmente esta época. Têm sido incansáveis, mas seria bom que todos sugerissem medidas, que participassem activamente em novas formas de luta para combater esta ditadura repugnante que só substituiu a PIDE pela Comunicação Social, por não poder voltar ao passado. Muitos dos que nos estão a prejudicar, podem ter a certeza, são descentes dos PIDES do Estado Novo, senão seriam mais decentes, não alinhariam com tamanho lixo. Eu não condiciono as causas apenas ao "nacional"-benfiquismo, estendo-o naturalmente à política. Este é um problema político que viola a sua mais nobre Carta: a Constituição. Assim sendo, não há Governo que mereça respeito, que possa intimidar.

Oxalá tudo nos corra bem até ao fim desta época, porque se assim não fôr, serão os sócios que terão a última palavra. Se não fizerem ouvir, se continuarem a apostar nos actuais dirigentes serão corresponsáveis pelo que vier a acontecer, e a partir daí não lhes serve de nada arranjar bodes espiatórios, porque também eles terão culpas no cartório.     

5 comentários:

  1. "Vivi em muitos balneários...Custa-me a acreditar...

    Somos um país fantástico...temos o melhor jogador do mundo...dos melhores treinadores do mundo...onde temos uma equipa que foi campeã da Europa...onde conseguimos outra vez de uma maneira fantástica a qualificação para o próximo Mundial...há tanta coisa positiva a falar...mas infelizmente aquilo que se pega...são sempre nos aspectos negativos...tudo o que vive nos meios de comunicação social, especialmente na televisão não ajuda em nada...não abona em nada...a favor de um desporto tão bonito como é o futebol..."

    Valerá a pena lutar?

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  2. E a culpa de quem é? Da comunicação social ou do público que lhe paga os salários?

    É isso que não convém realçar, ou será para ocultar outros interesses?

    Além de que, estamos muito longe ser um país fantástico. Isso, desculpe-me a franqueza, mas é para quem olha para ele com olhos de futebol. O Ronaldo é um grande jogador, mas nunca será para mim o país. Nem ele, nem qualquer individualidade concreta. O país é o todo das partes.

    Vale a pena lutar. Vale sempre a pena insistir na luta. Desistir é para os conformados.

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  3. Rui, o autor do acima descrito é Sérgio Conceição!!!

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  4. Anónimo,

    Se foi SC quem fez estas declarações a minha resposta está descontextualizada, como é bom de entender. Assim mesmo, se sabe a ideia que faço do país, logo compreenderá que não partilho dessa imagem platónica do país fantástico. Isso, não invalida o meu apreço por Sérgio Conceição.

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  5. O País Centralista Nacional Benfiquita é uma praga à democracia. Não vai ser um Estalilista Vermelho sem formação, que vai meter medo do quer que seja. Eles os Vermelhos, são uma praga autorizada de um governo que tem um secretário do desporto que é um Zero à Esquerda, é um faz de conta, se não é vermelho é de uma cobardia a toda a prova. Depois do que se está a passar o governante a FPF a LGA o Meirim a Arbitragem calados cheios de medo deste Polvo mafioso que tem tentáculos em todo o lado, é caso para se dizer, quando não se diz nada só se pode chamar de cúmplices.

    Abílio Costa.

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...