O país mudou. Para melhor, para os políticos, para pior para a população que vive apenas do seu trabalho.
Procurei, sem sucesso, descobrir o número de professores de História a lecionar no país, através do site da respectiva Associação. Pensei que seria útil ter uma ideia do seu número, para melhor perceber o conformismo, ou a falta de ousadia, instalada pelos entendidos na área para ainda não terem reescrito a História, quarenta e quatro anos depois da revolução de 1974.
Não sei se há algum tipo de formalismo, normas, ou prazos específicos para o efeito, e se qualquer professor estará habilitado para tal. Parece-me mesmo que talvez seja um pouco tarde requalificar a História atendendo às transformações operadas no regime nos últimos 20/30 anos. Tarde porque, descontando os exageros habituais dos historiadores - que não resistem a glorificar os seus heróis -, penso que quanto mais actualizada estiver a História, mais rigorosa se mantém. Provavelmente, será mais ou menos assim que a coisa funciona, só que nunca nos apercebemos quando acontece. Não tenho sequer memória que ocorrências desta natureza sejam devidamente divulgadas. Seja como fôr, não pode ficar tudo inalterável.
Será um embuste, uma traição à História Nacional, conservá-la com as definições postiças inseridas na Constituição da República de 1976, onde são garantidos os direitos fundamentais dos cidadãos e os princípios basilares da Democracia, mas apenas no plano teórico, o que significa que não é respeitada em toda a plenitude.
Consequentemente, e uma vez que a Liberdade ainda nos vai "permitindo" dizer o que pensamos, apesar de para mim ser mais um Estado de Devassidão que de Liberdade, cabe aos historiadores escreverem uma renovada História, onde conste o verdadeiro perfil do actual regime, que não sendo igual ao de uma ditadura tradicional, de repressão policial, segue muitos dos seus métodos neo-fascistas usando a comunicação social, em vez da PIDE.
É uma ditadura diferente, que progressivamente se foi adaptando aos novos tempos, procurando não dar muito nas vistas dos mais escrupulosos e democráticos países da União Europeia. Mas é uma Ditadura, apesar do direito ao voto. Porque, sem o voto, teriam mesmo de criar uma nova polícia política, para sobreviverem.
Consequentemente, e uma vez que a Liberdade ainda nos vai "permitindo" dizer o que pensamos, apesar de para mim ser mais um Estado de Devassidão que de Liberdade, cabe aos historiadores escreverem uma renovada História, onde conste o verdadeiro perfil do actual regime, que não sendo igual ao de uma ditadura tradicional, de repressão policial, segue muitos dos seus métodos neo-fascistas usando a comunicação social, em vez da PIDE.
É uma ditadura diferente, que progressivamente se foi adaptando aos novos tempos, procurando não dar muito nas vistas dos mais escrupulosos e democráticos países da União Europeia. Mas é uma Ditadura, apesar do direito ao voto. Porque, sem o voto, teriam mesmo de criar uma nova polícia política, para sobreviverem.
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