Se alguma utilidade teve a denúncia pública do escândalo de corrupção, liderado pelo Benfica, foi acabar com as dúvidas - de quem ainda as tinha - que em Portugal não existe Governo, não existe Presidente da República, não há Parlamento nem oposição. Ou seja, não há Estado de Direito.
O que existe, sim, é um imenso grupo de actores que vivem simulando cargos para os quais não têm categoria, como não têm coragem para se pronunciarem sobre crimes e malfeitorias praticados por um clube de futebol transformado em quadrilha. Chama-se Benfica.
Tenho dito. Agora vou-me embora, estou cheio de medo. Até pareço o 1º Ministro. Não, não, acho-me mais parecido com o Marcelo.
PS-Não se preocupem, quando me prenderem, aviso.
Caro Rui Valente,
ResponderEliminarLido o seu post, achei ser meu dever, contribuir para o entendimento daquilo que prosaicamente e, dentro do politicamente correcto, se poderá perceber do chamado ESTADO DE DIREITO.
Organizado a partir dos Partidos Políticos, emana à posteriori. Estruturados que se sejam os poderes:LEGISLATIVO (Parlamento); EXECUTIVO (Governo) e JUDICIAL (Tribunais);
Porém, e de forma pouco entendível,no seio de um dos seus poderes(PARLAMENTO) emerge:ASSOCIAÇÃO DE BENFIQUISTAS NO PARLAMENTO (ABP) (????::::)(20-04-2016 -Jornal Público) a qual persegue os seguintes objectivos:
"A Associação de Benfiquistas no Parlamento (ABP) não visa dar protagonismo a este ou aquele dos seus 40 membros dos órgãos sociais. O importante serão as ações para, num primeiro vetor, reconhecer todos quantos engrandeceram o Benfica, em todas as modalidades, e, num segundo vetor, ter algum alcance em termos de responsabilidade social, pois há algumas figuras que, infelizmente, enfrentam situações de precariedade depois de anos a servirem o clube", disse à Lusa o presidente da ABP.
António Lourenço, consultor do parlamento para assuntos económicos e também da União Europeia, explicou que a iniciativa, além do seu impulso, recebeu importantes ajudas por parte do antigo deputado do PSD e atual vice-presidente "encarnado" Rui Gomes da Silva e o deputado do CDS-PP Telmo Correia, entre outros.
Entre as forças políticas representadas faltam o BE e o PAN. Os bloquistas justificaram o tamanho do seu grupo parlamentar para não indicarem alguém para a ABP, enquanto o PAN não foi contactado, "por opção, uma vez que o seu deputado não é benfiquista".
Entre os vice-presidentes de António Lourenço, fundador do grupo desportivo da Assembleia da República em 1992, contam-se os deputados João Rebelo (CDS-PP), Hortense Martins (PS) e Sérgio Azevedo (PSD), enquanto a comunista Rita Rato e o ecologista José Luís Ferreira ficaram como suplentes.
A Mesa da Assembleia-Geral da ABP vai ser liderada por Telmo Correia e, na sua ausência, pela socialista Maria Antónia Almeida Santos. O órgão consultivo - Conselho Superior - contará com Gomes da Silva e outros antigos deputados benfiquistas como José Ribeiro e Castro (CDS-PP), Fernando Seara e Correia de Jesus (PSD), Alberto Arons de Carvalho e Ramos Preto (PS) ou Honório Novo (PCP).
Além de vários funcionários do parlamento e assessores das diversas bancadas nos órgãos sociais, a ABP terá no referido Conselho Superior os antigos futebolistas, treinadores ou dirigentes do Benfica: Rui Costa, ‘Toni', Simões, José Augusto, Nuno ‘Gomes' e Paulo Madeira, entre outros."
O carácter filantropo dos objectivos da Associação comovem e após uma lágrima contida decidi prosseguir.
Noticia da semana, o pedido de concessão de mais tempo por parte da PJ para investigar o caso dos email`s, que diz assim;
O Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa pediu à juíza de instrução mais tempo para investigar o caso dos e-mails, alegando a excepcional complexidade do processo. O caso prende-se com suspeitas pressão sobre equipas de arbitragem arbitragens e outras entidades do futebol português por parte de responsáveis do Benfica de forma a obter resultados favoráveis para o clube.
De acordo com o Expresso, os procuradores do DIAP consideram que a actividade criminosa em causa “se insere num esquema altamente organizado", podendo estar em cima da mesa "crimes de corrupção activa e passiva".
Na expectativa de poder ter contribuído, através deste copy paste, para um melhor entendimento do que nos rodeia, despeço-me com amizade e os melhores
Cumprimentos
ResponderEliminarCaro Guilherme,
Confesso que não conhecia essa da Associação de Benfiquistas do Parlamento. É o máximo, é, pode-se dizer sem rebuço, a maior promiscuidade que vi, entre a política e o desporto. Não tenho palavras.
Outro 25 de Abril seria bem vindo, mas se fôr pacífico, acabará por voltar tudo à estaca zero.
Ou seja, à bandalhice do costume. Isto desola-me, mas como havemos de nos livrar desta canalhada?
Um abraço e volte sempre. É bem vindo.
Bom dia,
ResponderEliminarEsta da associaçao de benfiquistas no parlamento é a cereja no topo do bolo.
Quiça para acentuar a distancia tao apregoada entre o futebol e a política.
Isto é do mais rasca que conheço e confirma que esta gente é mesmo do mais mal formada e sem qualquer tipo de principios!
Mas cuidado! O Sporting parece que "chegou la primeiro"!
Mas que merda de país é este???
DB
ResponderEliminarIsto, é a maior traição ao espírito do 25 de Abril! E, os partidos políticos, sem excepção, são os principais responsáveis!
E que dizer do Mário Centeno, que em plena Assembleia da República sai cheio de pressa para ver o seu Benfica! Estará ele convencido que vai mamter o lugar por agir assim? Que falta de nível, que gente ordinária!
Olha Centeno, por mim talvez estivesses atrás das grades.
Ser português é humilhante, e ter escumalha desta a mandar é a causa principal!