Se juntarmos aos 45,5% de abstenções deste ano os parcos 2,54% de votos em branco, concluímos que 48,04% de potenciais eleitores recusaram-se a votar. Com uma pequena diferença: os votos em branco não dão grandes garantias de impossibilitar a adulteração. A inexistência dos votos dos abstencionistas, não garantem absolutamente, mas refreiam essa possibilidade.
Em 2015, contaram-se 2,09% de votos em branco, e 43,00% de abstencionistas, o que totaliza 45,09% de eleitores zangados com os políticos... Para além disso, concluiu-se mais uma vez, que ainda há muitos portugueses descrentes da credibilidade desta democracia.
Há quem ache muita gracinha a este despontar de novos partidos, e vá a correr às urnas, oferecer-lhes o voto. "Gostei" particularmente dos resultados do CHEGA, que lá conseguiu garantir o "tachinho" ao seu principal representante: o honorável André Ventura...
O mais curioso, no meio disto tudo, e com tantos meios de comunicação, não houve um único que se lembrasse de questionar os vários candidatos se tinham alguma ideia das causas que motivam tanta abstenção a tantos portugueses. Se os políticos se deixassem de corporativismos, se em vez de ameaçarem esses cidadãos com a obrigatoriedade do voto, pensassem um pouco até admitirem que a hipótese para tanto desprendimento pode dever-se simplesmente à perda de confiança no regime, ou nos próprios políticos, talvez começassem a inspirar alguma confiança. Assim, é que não vão lá.
Em suma, pela minha parte, só acreditarei num partido disposto a responsabilizar-se seriamente dos compromissos com os eleitores. Mas, não bastará limitar o compromisso de honra ao tradicional pousar de mão no papel (do honro, e honrarei) para fazer valer a palavra, porque já é tempo de entenderem que hoje a cerimónia pouco ou nada vale. Se fôr necessário explicar porquê, estou à disposição dos ingénuos. Até faço um desenho, se preciso fôr.
Em suma, pela minha parte, só acreditarei num partido disposto a responsabilizar-se seriamente dos compromissos com os eleitores. Mas, não bastará limitar o compromisso de honra ao tradicional pousar de mão no papel (do honro, e honrarei) para fazer valer a palavra, porque já é tempo de entenderem que hoje a cerimónia pouco ou nada vale. Se fôr necessário explicar porquê, estou à disposição dos ingénuos. Até faço um desenho, se preciso fôr.
PS-Eu sei que anda por aí muita gente com carências oculares, e auditivas. Coitados, como os compreendo. O SNS que o diga.
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