Ontem, o Mundo quase parou para nos anunciar o arranque de uma coisa chamada megacelerador de partículas, que é, segundo percebi, uma máquina gigantesca (túnel circular com 27 Kms de circunferência) criada para reproduzir o Big Bang, a teoria cientifica segundo a qual surgiu o Universo. Tudo isto para encontrar uma explicação para a origem da massa.
Okey, há que acompanhar o progresso, ou a ideia que cada um faz dele, procurando enfatizar, -como convém -, as previsíveis vantagens, mas assobiar para o lado em relação aos inevitáveis inconvenientes. O desenvolvimento sustentado "existe", mas não é para todas as ocasiões, especialmente para estas...
Percebe-se pois, que apesar de sabermos que é do petróleo que se obtém o combustível para dar energia aos nossos carros, pouco ou nada nos incomode que o degelo do Ártico esteja a reduzí-lo completamente ao estado líquido, ou que os ursinhos brancos corram risco de extinção. As consequências desta ocorrência, são, como se sabe, catastróficas. Podemos vê-las todos os dias, pela televisão, em todo o planeta. Desde inundações, terramotos, ciclones, poluição, tsunamis, doenças respiratórias, é um fartar de sinais do tal "desenvolvimento sustentado", do tal progresso de que os políticos falam e poucos ousam contestar.
Foi o alemão Karl Benz, o homem que deu nome à prestigiada marca Mercedes Benz, o inventor/responsável pelo motor de combustão interna, no já remoto ano de 1885 (século XIX), mas, provavelmente, estaria longe de imaginar que a sua descoberta viesse a causar efeitos tão nefastos para o planeta 123 anos depois. Fosse hoje, a coisa mudaria de figura, porque já sabemos "falar" muito bem de desenvolvimento sustentado, que é uma espécie de democracia "à la portugaise", que muito se apregoa mas pouco se pratica.
É pensando nos átomos, nos protões, nos adrões, nos sincrotrões, na Lua e em Marte, que me questiono sobre a serventia de tanta descoberta, de tanta ciência, quando um simples incêndio de verão basta, para revelar as suas contradições e fragilidades. Nem mesmo na toda poderosa América do Norte (USA), existem sistemas tecnológicos suficientemente evoluídos para dominar grandes incêndios.
Nesse capítulo, a ciência e os cientistas, têm estado a dormir. Estão ainda na idade da pedra... A bem dizer.
Caro Rui Valente,
ResponderEliminarNão embarque na conversa habitual dos " ecologicamente correctos ". Os automóveis são responsáveis por 2% do CO2. O estrume animal, por exemplo,é responsável por 9 vezes mais CO2. A temperatura do planeta subiu um pouco ( muito muito pouco ) de 1970 para cá mas por exemplo baixou de 1940 até 1970.
E posso por exemplo informá-lo que a terra já foi, recentemente, mais quente. Por exemplo nos séculos XV e XVI. Já lhe ocorreu porque é que o nome da Gronelândia, em Inglês, é Greenland ?
Por favor informe-se antes de propagar as alarvidades que os Al Gores e outros ignorantes vomitam....
Bernardo Monteiro
"Caro" Bernardo Monteiro,
ResponderEliminarA palavra "caro", pressupõe uma abordagem afável quando nos dirigimos a alguém, mas não é suposto usá-la quando a terminamos sugerindo que o seu destinatário vomita alarvidades e ignorancia (como a Al Gore).
O "meu caro" deve pertencer ao grupo de iluminados que pensam que ao Homem tudo lhe é permitido, incluindo a destruição do planeta.
O "meu caro", deve pertencer ao clube dos "Homens de Sucesso" que preferem igonorar as barbaridades que todos os dias são cometidas neste Planeta (sim, porque é nele que você e a sua família vivem e não noutro)a pretexto de um progresso duvidoso.
Se você (que não é ignorante)ler os jornais, verá sem dificuldade que descontando os exageros, o Mundo está muito mal. Há conflitos por todo o lado,outros estão a emergir, miséria, fome, guerras, mas nada, nada disso é importante para si.
O Planeta está cheio de saúde e recomenda-se, basta que um cérebro simples e lúcido como o seu o diga! Parabéns Bernardo! Hoje fiquei a aprender umas coisas consigo, e a principal, foi ter percebido que o caminho a percorrer é bem mais difícil do que pensava.
Há mais pedras a remover do que supunha.
PS-Ah,faço votos que, nem você, nem nenhum membro da sua família, venham a ser vítimas de uma das catástrofes que referi no meu post (um cancro de pele, por ex.), porque apesar de as considerar irrelevantes, podem matar...
Quando aos seus altos conhecimentos cientificos e estatísticos, faça-nos um favor: peça uma audição nacional ao Presidente da República para comunicar ao país toda a sua magna sabedoria. Assim, não haverá necessidade de aturarmos mais estas notícias alarmistas e ignorantes que há anos nos atormentam a vida. O país agradece, "meu caro"!
Caro Rui Valente,
ResponderEliminarpara quem escreve num blog você é muito susceptível!
Eu não escrevi que você vomitava alarvidades, escrevi que você, com o seu post, ajudava a propagar as alarvidades que idiotas como o Al Gore ( que se desloca num jacto privado, o equivalente em CO2 a centenas de automóveis )escrevem. É diferente! Se se sentiu ofendido as minhas desculpas.
O cancro de pele tem mais a ver com mudanças de estilos de vida ( muito mais pessoas fazem praia hoje do que há 40 anos, por exemplo )do que com a poluição.
Há conflitos guerras e miséria mas menos do que havia. Repare que não digo que o mundo está óptimo. Mas confesso que ouvir o Al Gore dissertar sobre ameaças ecológicas é como ouvir o Mário Soares dissertar sobre geopolítica ou globalização. Os disparates são tantos que não sei se rir se chorar!!
E mais uma vez as minhas desculpas se o ofendi!!!
Bernardo Monteiro
Caro Bernardo Monteiro,
ResponderEliminarAgora, o "caro" é para valer. O senhor Bernardo teve a humildade de pedir desculpa, e eu terei a humildade de o desculpar. Está desculpado, portanto. E isto, não é uma questão de susceptibilidade, é uma questão de interpretação do que se está a ler...
Mas repare ,a forma como o você começa por abordar o assunto e dar a sua opinião, sugere logo que estou completamente desinformado sobre questões ambientais quando diz "não embarque na conversa dos ecologicamente correctos".
Não serei nenhuma sumidade no assunto mas se isto lhe pode servir de referência, informo-o que estive envolvido numa actividade ligada ao meio-ambiente, e não tenho a ideia de ter feito nada de mal. Pelo contrário.
Por outro lado, e dando como terminado o tema em questão bem como a n/ divergência de opiniões, não me parece que a melhor forma de convencermos alguém dos nossos conhecimentos seja dar-lhe a entender que não sabe o que está a dizer, porque se o efeito de estufa causado pela poluição (e não me refiro apenas ao CO2 dos automóveis)e por todos os diversos agentes poluidores produzidos pela Humanidade não forem responsáveis pelos degelos polares e por grande parte das inundações, então andamos a ser todos enganados. Todos!
Bem sei, que desde que o Mundo existe, sempre houve ciclos de alterações climatéricas naturais mas hoje nós estamos a contribuir para os acelerar com a nossa noção limitada de progresso. Pelo menos, hoje, temos conhecimentos que os n/ antepassados não tínham há 100 anos, e isso devia fazer-nos avançar com outras cautelas outras responsabilidades, e não é isso que se vê. Há quem esteja até com os olhos no (degelo total do) Ártico para também explorar o petróleo que por lá existe...
Ou será que o planeta é mesmo para "queimar", antes mesmo da sua morte natural? Se é, eu não corroboro dessa "filosofia". Completamente!
Vai daqui um abraço para si!