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O Rui Farinas já aqui abordou este assunto. Hoje, é a minha vez.
Nesta trapalhada, com vários protagonistas, não há ninguém inocente. Os primeiros, são as pessoas que, sem qualquer critério urbanístico e sem a devida licença de construção (vá-se lá saber,passada por quem), decidiram construir na escarpa da Serra do Pilar, as suas próprias residências.
A seguir, são as autoridades públicas (Ministério das Finanças e Câmara de Gaia) que negligentemente não foram capazes de se entenderem, na hora certa, sobre quem manda em quê. Deviam ter definido qual a responsabilidade que cabia a cada organismo e quem tinha o dever de vigiar aquela área e impedir o crescimento daquela favela terceiro mundista.
Os residentes queixam-se, e aqui, com alguma razão, que a Câmara de Gaia apesar de considerar as casas ilegais, não deixou de lhes cobrar as respectivas taxas camarárias como se fossem legais.
Subitamente, entra nesta confusão, o parecer do LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil), que recomenda a evacuação urgente das pessoas daquelas casas por questões de segurança. Para compor o ramalhete, ficamos agora a saber que a área em causa (imagine-se), insere-se numa zona considerada Reserva Ecológica Nacional!
Para terminar entram em cena os partidos políticos (Bloco de Esquerda e PSD) a acusarem-se mutuamente, em lugar de procurarem consensos por forma a solucionarem o assunto. Uns (BE), afirmam que a verdadeira intenção da CMGaia reside no interesse de ali construir empreendimentos imobiliários, e os outros (PSD/Câmara) juram a pés juntos que não.
Afinal, aonde é que começa e acaba a responsabilidade de todos os intervenientes? O problema é muito antigo. Não foi a actual autarquia nem a que lhe antecedeu quem deu o primeiro empurrão para a anarquia urbana que impera naquela zona, mas alguém foi. Disso, não há duvidas.
E então, o que é que se vai fazer agora? Colocar uma pedra no assunto (como convém aos prevaricadores) e deixar tudo como está? É claro que, para esses, este regime "democrático" encaixa que nem uma luva, assim é que está bem. É uma maravilha, gostam de lhe chamar: tolerância. Pudera!
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