09 junho, 2009

Graffiti

É uma questão controversa. Para uns, são uma forma de arte que embeleza as cidades e portanto os grafitis devem ser tolerados se não mesmo incentivados. Para outros, trata-se de vandalismo e como tal devem ser reprimidos. Pessoalmente alinho nesta corrente, embora com algumas nuances .

Grafitis (no Brasil chamados "pichações", termo que até prefiro) é um termo genérico onde está incluído tudo o que seja sujar os locais que estavam virgens de "manifestações artísticas", sejam paredes, muros, viadutos, monumentos, casas, sinais de trânsito, etc, etc, em suma tudo o que seja vertical e esteja limpo. Todos nós temos provavelmente a experiência pessoal de ver as paredes e muros do imóvel onde moramos e nas quais acabámos de gastar dinheiro para as pintar de novo, rapidamente cheias de manifestações de "arte". Repito que para mim, e com certeza para muita gente, na maioria dos caso trata-se de puro vandalismo. Não tenho grande dúvida de que os autores são os mesmos que chegam fogo aos contentores do lixo ou vandalizam as papeleiras na via pública. Acresce que a maioria das "pichações" nem sequer pretende ser arte: trata-se dos chamados tags, aqueles hieroglifos que dizem que servem para os gangs delimitarem o seu território. Seja como for, uma paisagem urbana graffitada é uma paisagem que além de mostrar o baixo nível cívico das populaçãoes envolvidas, confere um aspecto de decadência, abandono e sujidade. No Grande Porto, o Porto e Matosinhos parecem-me campeões desta tristeza, e penso que é mais do que tempo que as edilidades e as autoridades policiais ( e também os legisladores se porventura não houver leis contra este tipo de vandalismo) se ponham de acordo e comecem a actuar, por um lado na limpeza da imundice e por outro lado na repressão ( para certas sensibilidades extremas esta palavra "repressão" tem uma conotação reprovável, com consonâncias ante-25 de Abril. Não tenho medo de a usar e penso mesmo que a diferença entre democracia e rebaldaria passa muito pela "repressão", no sentido de impor a regra básica duma democracia saudável que diz que " a minha liberdade termina onde começa a tua").

Admito que no meio dos grafiteiros exista uma pequena percentagem de verdadeiros artistas com capacidade para criar obras de arte aceitáveis como tal, mas continuam a ser errados e reprováveis os locais onde essa arte se exprime. Penso que com um pouco de boa vontade e imaginação das autarquias, seria possível encontrar locais onde esses artistas dessem livre curso à sua capacidade, e então estaríamos a falar não de vandalismo mas sim de arte popular que talvez embelezasse a cidade. Não gostaria o Porto de ser pioneiro neste conceito?

4 comentários:

  1. Sobre isto defendo o modelo dinamarquês: suja, limpa e paga multa. Há locais próprios para os "artistas" mostrarem o seu "talento"

    Um abraço

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  2. A arte não pode ser feita contra os cidadãos, por isso não aprovo os grafitos.

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  3. Arte?
    Importada da MTV? "Hip-hop" em Portugal?
    Enfim, parolices importadas que nada teem que ver com a nossa cultura. A "arte" dos grafitis deriva dessa colonizaçao que pobres jovens desacompanhados de Portugal sofreram. A América do estraga e deita fora no seu melhor.

    Grandes defeitos educacionais teem os jovens da naçao milenar. Nao sei que futuro ai vem. Eu quero pensar que é risonho mas tenho muitas duvidas.

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  4. O Grafiti é uma praga:è vandalismo.
    Arte!!!ou sujar.Artista destes dispenso.
    Estes pseudos-artista não respeitam
    nada, sujam tudo; até os monumentos
    são conspurcados.
    Punição severa para esta gente.

    O PORTO È GRANDE VIVA O PORTO.

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