18 agosto, 2009

Desperdícios

Há quem, por variadas razões, embirre com as corporações de Bombeiros Voluntários. Não pertenço a este grupo, tanto que até sou associado (pagante...) de uma das corporações da nossa cidade. Isto não me impede de considerar que há frequentemente uma enorme desproporção entre a gravidade da ocorrência e o número de corporações e de homens que a ela ocorrem, o que constitui uma gritante contradição entre o estado financeiro dos bombeiros voluntários nacionais, que passam a vida a pedir mais e mais verbas, e o desperdício de dinheiro que representa o excesso de meios que ocorrem aos acidentes. Fica-se com a impressão, talvez falsa, que muitas vezes os bombeiros quebram a monotonia da vida no quartel, saindo para o exterior para dar um pequeno passeio.

Vem isto a propósito da queda de uma pequena avioneta com dois passageiros numa herdade da região de Alcácer do Sal. Segundo a notícia na imprensa estiveram presentes, além de pessoal e viaturas do INEM e da GNR, bombeiros de duas corporações e até da Força Especial de Bombeiros(confesso não saber o que é esta corporação, nem de onde viajaram até Alcácer). Só bombeiros eram 41 (!) "apoiados" por 14 (!) viaturas. Há a considerar ainda um helicóptero da Protecção Civil. É óbvio que com toda esta gente, forçosamente que a maioria dos bombeiros ou estava a atrapalhar quem efectivamente trabalhava, ou estava a fazer de mirone.

Se se fizessem as contas ao custo total desta intervenção, comparando-o com o custo que corresponderia a uma intervenção com os meios adequados, ver-se-ia o dinheiro que foi desperdiçado. Parecemos um país rico e em plena prosperidade...

1 comentário:

  1. Felizemnte que em Portugal ainda nao pagamos a deslocaçao e intervençao da Policia, Bombeiros e Ambulancias.

    Tudo chegara como ja fazem na Europa onde os Seguros de Responsabilidade Civil sao accionados para pagar estas contas que em Portugal pagam os impostos de todos nos, pelos erros de uns quantos.

    ResponderEliminar

Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...