14 setembro, 2009

Debates

Terminou a maratona de debates políticos. Não pretendo comentá-los: não só não sou politólogo, como acho que já estamos todos enjoados da avalanche de comentários que nos dão cabo da paciência. Vi alguns debates, não todos, e foi o suficiente para confirmar a convicção de que a um dos candidatos eu não compraria um automóvel em segunda mão, se me é permitido o velho cliché. Vi também uma moderadora com o seu habitual e incontido esforço de ser a prima-donna, vestida e ornamentada como se fosse juiz de um concurso de moda e não o pivot de um programa político.

Como fervoroso adepto da regionalização, verifiquei também, com desgosto mas sem surpresa, que ela não foi discutida nem sequer mencionada, pelo menos nos debates a que assisti. Suponho que o tema regionalização não estava contemplado nos programas dos dois principais partidos, mas como factor poderoso no combate aos nossos problemas económicos, pensei que poderia e deveria ter sido tratado, em vez de ter sido ignorado como se fosse detalhe sem relevância nacional.

Mais uma vez se fica com a impressão que todos os programas de debate na TV, por muito que pretendam implicitamente cobrir o todo nacional, são feitos e discutidos numa perspectiva meramente local - Lisboa e arredores - parecendo ignorar que o país não se resume às margens do rio Tejo. É uma visão redutora, de contemplação do próprio umbigo, tipicamente centralista, que não é nova - longe disso - mas que mais uma vez se manifestou.

1 comentário:

  1. Desculpem mas não resisto a assinalar uma derrota de Lisboa causada pelo Tribunal administrativo de Lisboa. " As escutas telefónicas não são válidas"
    E agora Mizé ?
    E agora PGR ?
    como é ?

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