15 setembro, 2009

Patriotismo eleitoral

É um facto que para muito boa gente a experiência para pouco serve, porque continua a ser verdade que a experiência só tem serventia com o que dela se extrai e aprende. Pessoalmente, não preciso que me batam duas vezes para perceber que me estão a agredir, basta-me uma. Mas, vá-se lá saber porquê, há pessoas que por excesso de tolerância ou escassez de amor-próprio, precisam de serem fustigadas e ofendidas mais do que uma vez para reagirem e, em certos casos, nem sequer reagem.

Feito o preâmbulo, o que eu quero dizer, é que já não estou disposto a acreditar nas promessas dos políticos. Outros, se assim entenderem, que votem, que continuem a capitalizar o país nas mãos destes troca-tintas, porque pela parte que me toca recuso-me a ver as eleições como um jogo de sorte ou azar. Os actos eleitorais não devem ser encarados pelos cidadãos com a mesma fé infantil de um totoloto ou de um euromilhões, mas pelos vistos há quem não pense assim.

Manuela Ferreira Leite, era capaz de me impressionar se eu tivesse idade para me deixar impressionar pela máscara das pessoas e pelas respectivas aparências. Acontece, é que eu já vi do que "esta casa gasta " [passe o popularismo], e não é agora, em plena época de folclore político que me impressionarei com as magnas palavras de patriotismo da líder cinzentona do PSD.

M.F.Leite, pegou no TGV, como podia ter pegado na Regionalização, apenas e só, para encontrar um argumento de peso para derrotar o seu opositor, porque se estivesse no seu lugar era muito provável que também defendesse o comboio de alta velocidade de mãos dadas com o governo espanhol. Mas, não deixa de ser engraçado ouví-la dizer coisas destas: "não é fácil que me intimidem a não falar deste assunto pelo facto de já haver estrangeiros que já me vêm amedrontar. Não tenho medo de defender os interesses do país nem medo de defender a nossa independência económica".

Pois pela minha parte, ilustríssima senhora doutora economista, até lhe agradeço que não defenda independência nenhuma, porque entre ser dependente de uma capital apátrida e hiper-centralista como é a portuguesa [e foi também nos governos PSD] e ser dependente de Espanha, há falta de alternativas mais radicais, prefiro depender de Espanha.

PS. O negrito é da minha responsabilidade

1 comentário:

  1. O diatado de Espanha nem bom vento nem bom casamento, há muito que passou à história, mas quem não argumentos, utiliza tudo e mais alguma coisa para lançar a confusão.

    Um abraço

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