23 dezembro, 2009

Votos de um péssimo Natal para o Estado «português»

Sei ao que me arrisco dando a cara por confrontar e criticar, sem papas na língua, as várias autoridades públicas. É que, aquele respeito que por princípio é devido a qualquer pessoa, seja qual for a sua classe social, perde o prazo de validade e o sentido quando a reciprocidade não se faz notar. E a reciprocidade do Estado, na pessoa dos seus representantes, em termos de respeito e consideração para com os cidadãos do Porto, é coisa que não se vê nem se sente. Bem pelo contrário, vem ganhando a forma de uma indecorosa provocação.
Vai daí, que não me perturba nada ser incomodado pelos tribunais portugueses por assumir publicamente que não tenho pingo de respeito pelas mais altas autoridades deste país, desde o 1º. Ministro, passando pelo incompetente Procurador da República, ao figurativo Presidente da República, terminando na circense Assembleia da República . Nenhuma destas autoridades me merece qualquer credibilidade. E depois? Prendam-me, agora mesmo, em vésperas do Natal! Mostrem a vossa coragem elitista [e sulista] e provem-me que não tenho razões de sobra para fazer estas afirmações!

Para que servem todas estas pessoas e entidades se, não sendo de todo ignorantes, tendo o dever de acompanhar o que se passa no Norte do país [a região que mais tem empobrecido], de saberem do flagelo que os sucessivos Governo Centralistas têm vindo a causar na qualidade de vida destas populações, são incapazes de dar um murro na mesa e dizer basta?! Para quê? Digam-no, mas sem embrulhar a argumentação em papel de veludo, nem prosapiar a lábia.
Desçam à terra e provem-me em que é que vos sou inferior? Num particular aspecto não sou, posso garantir-vos. Querem que vos diga? Pois aí vai: na honestidade, meus senhores. Dou-vos cabazada, como costumam dizer os arrogantes do clube que V. Exas. tanto se esforçam por proteger e afastar das mãos da Justiça. Então o que é que vos mantém no Poder, posso saber?
Primeiro tentaram destruir o único bastião de resistência na cidade do Porto, O Futebol Clube do Porto, contratando todo o tipo de escroques, de jornalistas a políticos e investigadores, para inventarem sustentação jurídica para anular o seu cérebro: Pinto da Costa. Agora, roubam-nos um evento como a Red Bull Air Race que, não sendo a solução para os nossos inúmeros problemas sempre era uma lufada de ar fresco para a economia da cidade já tão depauperada. Que mais nos querem roubar? A alma? O que é que o Estado português quer, afinal? Tornar-se na fonte de movimentos independentistas? É? Ao menos digam-no, que é para nos prepararmos, para não nos apanharem desprevenidos [como cobardemente costumam fazer nos túneis de um certo clube...].
A todos os representantes do Estado português e seus defensores, desejo um péssimo e infeliz Natal. Sem excepção.
Nota:
Aos leitores, amigos, e portuenses de corpo e alma, reitero os votos sinceros de uma boa consoada. Se for parar à cadeia por favor não levem cigarros nem criancinhas. Eu não fumo, nem sou pedófilo...


11 comentários:

  1. Caro Rui, um bom Natal e não se preocupe, que se você for parar à cadeia, eu prometo visitá-lo todos os dias...você sabe porquê.

    Um abraço

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  2. vá lá! Já estava a pensar que nem com um macinho de cigarros podia contar...

    Um abraço

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  3. Primeiro desejos de um bom natal para o sr Rui Valente,e em segundo dizer que subscrevo completamente o que escreveu!
    Eu tambem não tenho respeito nem sinto obrigação de respeitar esta corja que nos atazana a vida!

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  4. Caro Rui!

    Eles são demasiado "velhacos" para o colocar na cadeia! Se esta terra fosse uma pátria, onde a democracia funcionasse, os primeiros a irem dentro eram eles!

    Tenha em Bom Natal!

    Abraço,

    Renato

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  5. Bom Natal caro amigo. Coma umas rabanadas doces porque de acidez já basta assim ;-)

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  6. Meus caros,
    de novo agradeço e retribuo a todos os amigos e colaboradores os votos sinceros de um Bom Natal!

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  7. subscrevo tudo! se der cadeia faço companhia

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  8. segunda-feira, 28 de Dezembro de 2009
    Pinhão desmascara Morgado?

    «A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou hoje que está "a ler e a analisar" o livro de Carolina Salgado, ex-companheira do presidente do Futebol Clube do Porto, e que tomará as medidas que entender necessárias, disse à Lusa.»
    in IOL Diário, 11/12/2006


    «O procurador-geral da República, Pinto Monteiro, disse hoje que a equipa de magistrados que irá acompanhar Maria José Morgado na condução do processo “Apito Dourado” ainda não está completa.»
    in PÚBLICO, 16/12/2006


    «Com pouco (ou nada) mais para investigar no processo "Apito Dourado", o grande desafio de Maria José Morgado consiste na descoberta de novos factos relacionados com a corrupção no futebol e com outros sectores de actividade. (…)
    De acordo com o Código do Processo Penal (CPP), após o período em que os despachos de arquivamento podem ser alterados pelo superior hierárquico do procurador que os arquivou ou passado o prazo para a abertura da instrução, os processos só podem ser reabertos mediante "factos novos" que "invalidem os fundamentos invocados no despacho de arquivamento", de acordo com o art.º 279 do CPP. Ora, esta disposição acaba por condicionar a magistrada, que não poderá reabrir inquéritos apenas por não concordar com a decisão. Porém, enquanto procuradora do Ministério Público, Maria José Morgado dispõe de alguma liberdade de acção para considerar que determinada informação que chegou ao seu conhecimento constitui um "novo elemento de prova" e daí partir para a reabertura de um determinado processo.
    As expectativas estão muito altas: tendo em conta as várias intervenções públicas que fez e o seu currículo como directora adjunta da Polícia Judiciária para a área do crime económico, a Maria José Morgado exigem-se resultados concretos. Aliás, o facto de ter sido nomeada para coordenar 81 processos que foram espalhados por 27 comarcas torna-a uma "superprocuradora", algo inédito na história da Ministério Público. Por outro lado, Morgado terá uma liberdade pouco habitual no Ministério Público: fazer todas as escolhas para a sua equipa, desde procuradores a inspectores da Polícia Judiciária e até funcionários judiciais.
    in DN, 16/12/2009


    «Leonor Pinhão foi a "estrela" de mais uma sessão do julgamento que senta Pinto da Costa e Carolina Salgado no mesmo banco dos réus. A ex-jornalista assumiu que ajudou Carolina Salgado e Fernanda Freitas a concluir o polémico livro "Eu, Carolina" durante três dias, numa suite de um hotel de Lisboa, quando o livro já tinha mais de 90 páginas. (…)
    A ex-jornalista disse que apenas "dactilografou" e editou o que lhe foi ditado por Carolina e por Fernanda Freitas (versão negada pela mesma, que prestou depoimento antes) "a partir do momento em que é referida a visita ao Papa". Disse também que os advogados da D. Quixote cortaram algumas partes e que em relação ao processo Apito Dourado nada foi escrito que não tivesse, até essa época, saído nos jornais.»
    Eugénio Queirós
    in Record, 18/12/2009


    Três anos depois da nomeação da “super-procuradora” e da sua equipa especial, Leonor Pinhão foi a Tribunal confirmar aquilo que já se sabia, isto é, o livro ‘Eu, Carolina’ não continha qualquer facto novo e tudo aquilo que foi escrito a propósito do ‘Apito Dourado’ já era do domínio público.
    Ora, não havendo qualquer facto novo, ao abrigo de que lei é que a “super-procuradora” reabriu processos que já tinham sido arquivados?
    Ou será que Maria José Morgado usou de alguma prerrogativa super-especial para considerar como "novo elemento de prova" factos que já tinham saído nos jornais?

    Gostava de ver estas dúvidas esclarecidas, mas é sintomático que nenhum jornalista tenha reparado nas declarações que Leonor Pinhão fez em Tribunal e nas implicações que as mesmas têm nos desarquivamentos ordenados pela “super-procuradora”. Será medo ou incompetência?
    In Reflexãoportista

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  9. Ministério Público investiga depósitos de ex-governante e de gestor

    Certidão do caso CTT no DCIAP para esclarecer depósitos suspeitos de milhares de euros em notas.

    O DCIAP acaba de receber informação sobre depósitos bancários suspeitos, de 241 mil euros em numerário e com origem incerta, em contas do ex-secretário de Estado Paulo Pereira Coelho e do gestor da EDP Paulo Miraldo.

    Ambos os militantes do PSD, o último dos quais foi chefe de gabinete do ex-ministro António Mexia e que detém o pelouro das Relações Internacionais da EDP, livraram-se da acusação dos CTT, proferida este mês, pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa. Mas a procuradora daquele inquérito, Ana Margarida Santos, extraiu uma certidão do mesmo, com informação de movimentos bancários suspeitos, e remeteu-a para o DCIAP (Departamento Central de Investigação e Acção Penal), que investiga crimes de maior complexidade.

    A certidão tem por objectivo aferir o interesse dos depósitos, para processos criminais em que já sejam, ou não, visados Paulo Pereira Coelho e Paulo Miraldo. Coelho, um ex-deputado "laranja", foi secretário de Estado da Administração Local e depois da Administração Interna nos últimos dois governos de coligação PSD/PP.

    O primeiro despacho de acusação do caso CTT - haverá um segundo por fraude fiscal e branqueamento de capitais - visou 13 arguidos. Paulo Pereira Coelho e Miraldo chegaram a ser investigados no âmbito do negócio do edifício de Coimbra que os CTT venderam à Demagre (grupo TCN), em 2003. O imóvel foi vendido por 15 milhões e revendido por 20 milhões, no mesmo dia, à sociedade Espírito Santo Activos Financeiros (ESAF).

    Para conseguir esta mais-valia, a Demagre terá prometido à ESAF contratos de arrendamento junto de instituições públicas ou com financiamento público (ver texto em baixo). E, segundo a Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária (PJ), Coelho e Miraldo teriam recebido comissões da Demagre para garantirem a carteira de arrendatários. A tese da PJ, no entanto, não foi acolhida pelo Ministério Público.

    Em documentos apreendidos a Júlio Macedo (sócio da Demagre e acusado no processo CTT), há referências a inúmeras reuniões com Pereira Coelho e Paulo Miraldo, bem como de comissões de 50 mil euros pagas a "PC" e "PPC", iniciais de nomes que, segundo os investigadores, corresponderiam àqueles dois indivíduos.

    Só entre Junho e Dezembro de 2003, o arguido Paulo Miraldo depositou numa conta sua 65.550 euros em numerário, em várias tranches. Mas, entre 2003 e 2005, o então director da Galp responsável pelas relações institucionais da empresa, sobretudo com autarquias, depositou um total de 166 mil euros em notas.

    Desse período, os investigadores também assinalaram o depósito de um cheque de 75 mil euros e outro de 50 mil, titulados por Emídio Mendes e Américo Santo, dois conhecidos empresários da construção civil.

    Já no caso do ex-deputado Paulo Pereira Coelho, que não chegou a ser constituído arguido, a Judiciária detectou dois depósitos de 20.500 e de 55.700 euros, em numerário, na conta de uma empresa de ourivesaria, dele e da esposa, em 2005.

    Como nem Paulo Pereira Coelho nem Paulo Miraldo deram justificação para a origem dos dinheiros depositados em numerário, resta ao DCIAP encontrá-la.

    JN

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  10. O senhor procurador nunca mais teve tempo para leituras...

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...