07 janeiro, 2010

Só mais uns "pózinhos" sobre MST e o jornal A Bola

Evito alongar-me demasiado nos posts que escrevo a fim de evitar o cansaço e perdas de tempo aos leitores, mas em certas ocasiões fico com a sensação que ficou algo por dizer.
O que escrevi ontem mas devia ter enfatizado, foi que o MSTavares, quer ele queira ou não, está, através das suas crónicas semanais que publica n' A Bola, a fazer com que os portistas o comprem, que contribuam para a saúde económica de um jornal hostil ao FCPorto, dada a qualidade dos seus textos e a sua combatividade em solo inimigo.
Há portistas [e eu conheço alguns], que por razões de vária ordem, entre as quais o facto de agora as crónicas do MST só terem acesso na Net a subscritores, às terças-feiras compram mesmo A Bola. Ora, dizendo que, sim senhor, que ele faz muito bem em defender o nosso clube num ambiente de tubarões, é sustentar a ilusão de que os benfiquistas e sportinguistas levam à letra o que ele escreve, e mesmo que isso seja verdade, eles jamais se deixarão convencer da valia dos argumentos expostos, porque simplesmente não querem! Basta assistir aos programas de debate desportivos para perceber que nem com imagens aquela gente é capaz de ser séria!
Além do mais, a própria opção anti-regionalista do Miguel, prova à saciedade que ele não tem a mínima noção do impacto que o anti-portismo tem na cidade do Porto e em grande parte do Norte do "país"! Eles só valorizam o Miguel quando critica o Pinto da Costa, e aí sim, aproveitam a embalagem para aumentar as "dioptrias" sobre o que escreveu para diabolizar Pinto da Costa. Além disso, também, ter o Miguel a colaborar com A Bola é uma estratégia inteligente da parte do jornal, porque vai comer o milho [vender mais jornais] à mão de quem, naturalmente, lho devia recusar.
Nas televisões é a mesma farsa. Um programa como O Trio de Ataque, que quando começou parecia prometer porque só se falava do futebol jogado, passado pouco tempo descambou para o lado que interessa aos defensores do centralismo e respectivos clubes: as arbitragens. Nos outros canais, vejam quem nos está a representar. O Pôncio Monteiro, seja por questões de saúde ou não, já não é o que era, perdeu totalmente a combatividade. Praticamente não fala nem o deixam falar. O Guilherme Aguiar, gagueja mais do que argumenta e o Rui Moreira está num ambiente demasiado rasca para a diplomacia que ele dificilmente tenta conservar.
Mas, quando é que nós começamos a ambicionar estações de televisão nossas, jornais nossos e rádios nossas? Não será por aí que as coisas poderão começar a compor-se? Por favor, não me falem mais de associações, falem da comunicação social que nós precisamos de criar aqui, no Porto, e com gente séria. Se não existe gente séria, então é porque merecemos o papel de colonizados que nos estão a impingir.
Ps.
Falta dinheiro, já sei, mas não será mesmo possível encontrar alguém que o tenha e seja ao mesmo tempo íntegro?

5 comentários:

  1. Ò Rui Valente eu espero que o Renovaroporto, não deixe passar em claro a data e escreva algo sobre esse grande portista e defensor acerrimo da causa portuense e nortenha que se chamou : Jose Maria de Carvalho Pedroto.

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  2. Caro Rui, estou de acordo, mas quem é que vai investir numa televisão, rádio, ou jornal do norte, com verdadeira dimensão nacional? O JN está colonizado; o Janeiro vegeta; o Comércio desapareceu; na rádio, as do Porto não têm influência, com a festival a ser um manancial de mau gosto; O Porto Canal não tem apoios...enquanto isso, o Belmiro não pára de gastar nota no Público só porque é chique...

    Um abraço e até logo

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  3. Já está, e estava programado...

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  4. Caro Vila Pouca,

    boa questão, mas se reparar não diverge das que levanto nos últimos parágrafos do post.

    Talvez apareça alguém que queira fazer a diferença. Convém abanar o marasmo de certa gente, não é?...

    Nunca ouviu dizer que SER é ser diferente?

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  5. Caro Rui!

    Ambicionar, todos nós, os verdadeiros Portuenses, ambicionamos!

    Mas penso que só com a criação da Região Norte, será possível aparecer alguém com capacidade financeira para implementar uma estação de tv e/ou jornal!

    Até lá temos que penar muito, ou então fazer uma "revolta"!

    Abraço,

    Renato

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