07 julho, 2010

Os media centralistas

Haverá alguém que não tenha ouvido [pelo menos uma vez na vida], os senhores jornalistas defenderem o direito à liberdade de informação quando lhes é dito que se excedem no exercício desse direito? Haverá alguém que não os tenha visto a puxar pelos galões da Democracia quando se passam das marcas e  os acusam de difamar o bom nome das pessoas, muitas vezes infundadamente? Haverá alguém que não tenha interiorizado que os senhores jornalistas se acham uma classe profissional à parte, inimputável e acima de qualquer suspeita? Eu, atrever-me-ia a garantir que não há ninguém, sem correr o risco de os imitar.

Pois bem. Estes senhores da comunicação social centralista, que pautam por chegar antes dos seus colegas da concorrência ao local onde está a notícia, que amiúde nele se agrupam e atropelam como cachorros atrás do osso, ainda não sabem nem ouviram falar do Movimento Pró-Partido do Norte! Por que será?

Será por sentirem ameaçada a liberdade de informação, ou por excesso de zelo democrático?  Que mistério... 

2 comentários:

  1. Dragão Maronês07/07/10, 12:16

    Não espere que seja a imprensa que vive à volta do centralismo e que se senta à sua mesa, venha agora dar destaque às iniciativas que questionam esse centralismo.
    O jornalismo que temos, o que faz é servir os poderes, quaisquer que eles sejam e, enquanto o regionalismo não for um poder não contará com grande espaço na comunicação social. Muito menos se esse regionalismo tiver a sua génese a Norte.
    Afinal, a imprensa que conta no nosso país, está instalada em Lisboa e é evidente que dará sempre mais destaque noticioso ao mosquito que cai na sopa do lisboeta, do que ao avião que se despenhe num qualquer lugar a Norte. O Porto, que teve em tempos uma imprensa forte e influente, foi perdendo importância e hoje, está reduzida a pouco mais que o JN e, sabemos todos, que está integrado num grupo para quem um poder regional não será certamente uma prioridade. Tem menos problemas se se encostar ao poder central.
    Em resumo: somos um país raquítico com uma cabeçorra (Lisboa) enorme que a cada dia cresce mais e pouca gente se rala com isso.

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  2. Dragão Maronês,

    eu não espero nada dos media centralistas, porque acima de tudo não são sérios nem praticam o que apregoam.

    Por isso, estou à vontade para escrever publicamente o que penso deles,para os ridicularizar.

    Que diabo, se as mais altas autoridades do país não o fazem, tem de haver alguém que lhes lembre que de democratas nada têm, e que de pequenos ditadores têm tudo.

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...