Não aprecio regimes opressivos como aquele que tivemos no Estado Novo durante 41 anos, nem muito menos aquele da 1ª. República, porque embora ostentasse o nome oficial de República Democrática Portuguesa, não foi por isso que em 16 anos [1910/1926] se poupou os portugueses ao pesadelo de 45 Governos [mais de 2,5 Governos ano!], 8 Presidentes da República e 7 Parlamentos... Nem mesmo assim, com este histórico tenebroso de más práticas governativas, tal serviu para percebermos que para nos tornarmos num país democrático, não nos basta inscrever a democracia na Constituição, é preciso pô-la em prática e acessível ao Povo.
Uma década depois do século XXI, Portugal continua um país por resolver, e nem sequer está perto de descobrir o caminho da sua salvação. Refém de um grupo de cáfilas cujos principais talentos se reduzem ao teatro e ao compadrio, o povo vê-se impotente para se livrar democraticamente deste martírio.
No subconsciente dos portugueses paira ainda o medo de represálias herdado do antigamente e vai deixando correr o marfim, talvez à espera que as coisas se resolvam por si mesmo. Descrente, torce o nariz a novos movimentos de cidadania, prefere deixar tudo como está, não arriscar... Até quando? Até sentir bem na pele, de forma dolorosa os efeitos da crise que ainda agora é uma criança. Mas vai sentí-la, podemos estar certos! E depois, como irá reagir, se a Democracia que lhe é servida é lenta e ineficaz? Provavelmente, o desespero acabará por dar lugar à revolta e daí redundar para a violência. O problema nestas ocasiões não está no "mal" que se inflinge aos responsáveis - que esses quase sempre se safam -, está nas injustiças que a violência arrasta consigo... Então o que nos resta?
No subconsciente dos portugueses paira ainda o medo de represálias herdado do antigamente e vai deixando correr o marfim, talvez à espera que as coisas se resolvam por si mesmo. Descrente, torce o nariz a novos movimentos de cidadania, prefere deixar tudo como está, não arriscar... Até quando? Até sentir bem na pele, de forma dolorosa os efeitos da crise que ainda agora é uma criança. Mas vai sentí-la, podemos estar certos! E depois, como irá reagir, se a Democracia que lhe é servida é lenta e ineficaz? Provavelmente, o desespero acabará por dar lugar à revolta e daí redundar para a violência. O problema nestas ocasiões não está no "mal" que se inflinge aos responsáveis - que esses quase sempre se safam -, está nas injustiças que a violência arrasta consigo... Então o que nos resta?
A utopia do sebastianismo? Não, porque as utopias do sebastianismo não resolvem nada. E a utopia da Democracia resolverá? Pela amostra, velha de 36 anos, também não. Como sair então deste labirinto sem fazer sangue? Responda quem souber e quem não acreditar em utopias.
Ó Rui, acho que os nossos D.Sebastiões são tão fracos, que desaperecm todos numa manhã de nevoeiro!
ResponderEliminarUm abraço
Esta crise como todas as outras têm rosto.
ResponderEliminarCusta-me dizer isto mas a verdade é para se dizer independentemente de Salazar ter tido todos os defeitos que todos nós sabemos: conseguiu ser mais honesto que esta canalhada política ! e que ainda por cima, nos suga até ao tutano.
O PORTO È GRANDE VIVA O PORTO.
Pois é, Rui Valente, parece a quadratura do círculo! Abraço.
ResponderEliminarContinuamos a viver em duas realidades: A capital do império e o resto do país. Não é muito diferente de uma monarquia. Os nobres são aqueles que vivem em torno da assembleia e todos os institutos criados para nada fazer. O único objectivo é o de alimentar estes parasitas da sociedade. O reizinho é o 1º ministro.
ResponderEliminarDizem que o primeiro a indignar-se face à redução nas pensões - mais chorudas - foi o presidente da república. Será verdade?! Andam a brincar?!