25 outubro, 2010

Portistas muito reflexivos...ou tiros na cabeça

Ai, liberdade, liberdade, que tão maltratada andas!

O que será afinal a liberdade de opinião quando se trata de falar do nosso clube, entre adeptos do  nosso clube? Será mais fácil ou mais difícil que comentar o clube e os adeptos dos adversários?

A resposta, essa, parece simples, mas não é. Falar do nosso clube com adeptos do nosso clube, é uma coisa complexa porque mexe com a maneira própria de cada indivíduo sentir, ver e reagir. Há, no entanto um aspecto que devia prevalecer sobre a idiossincrasia do indivíduo quando falámos de futebol, que é o não menos importante espírito de grupo.

O espírito de grupo, que mais não é que a forte união de um conjunto de pessoas com interesses comuns por um mesmo ideal ou motivação, é por natureza mais forte e notório no futebol do que na própria política. Não é por acaso que o futebol é considerado o desporto mais democrático do mundo, mas não estou certo que isso seja uma coisa boa... Por quê? Porque a concentração exacerbada no futebol pode mascarar muitos outros problemas bem mais decisivos para o bem estar dos cidadãos e afastá-los da intervenção cívica.

Venho notando na blogosfera portista algumas rivalidades e picardias que, como portuense e portista, me desgostam e que, de certa forma,  traduzem o que tem acontecido nestes últimos 20 anos ao Porto e à Região Norte do país, como seja a acelerada pobreza económica e a total ausência de protagonismo político e social. Pode até haver muitas outras explicações para este "fenómeno" mas é sem dúvida a total falta de espírito de grupo e o excesso de vaidades individuais que está a fazer de nós uma perfeita marioneta para diversão do centralismo. 

É por isso para mim incompreensível, que a pretexto de uma duvidosa liberdade individual de pensamento, haja portistas que não demonstrem esse espírito de que anteriormente falei e não se importem de contribuir para o rol de histórias de escárneo e maldizer em que os nossos adversários são pródigos com insinuações nada abonatórias para a direcção do FCPorto, tendo em conta a perseguição que nos tem sido  cobardemente movida pelos amigos do centralismo.

De mais a mais, tratando-se da direcção de um clube que, não sendo perfeita, é a mais competente e bem sucedida de Portugal e de muitos outros países com mais recursos. Criticar desbragadamente a direcção de um clube com o histórico vencedor do FCPorto dos últimos 30 anos, é no mínimo mesquinho e uma enorme prova de falta de gratidão. Há críticas e críticas. A contundência das críticas deve ser proporcional à mediocridade ou à excelência dos criticados. Eu próprio não poupo "encómios" à classe política, mas não há ninguém que me possa provar que não tenho motivos sólidos e legítimos para o fazer. Agora, ao FCPorto? A um clube que, no âmbito desportivo, tem dado aos adeptos aquilo que nenhum Governo em 36 anos foi capaz de dar ao povo português em qualidade de vida!? Se há quem ache que pode fazer melhor [e pelos vistos há], então que se candidate nas próximas eleições à Direcção do clube - se é isso que pretende -, e  mostre ao universo portista o que vale a tal massa cinzenta que  julgam ter, e que falta a outros...

A propósito: como entenderão - esses intelectuais da bola -, que estará o país, e os nossos governantes? Seguramente, presumo, muito melhor do que o FCPorto e respectivos dirigentes, porque nem a existência de um novo partido parece ser uma razão de peso para  o tentarem mudar. Viva o umbigo!

Uma certeza nos fica: com estes protagonistas o FCPorto vai longe...

8 comentários:

  1. E os estados unidos também ganharam a guerra no iraque, por isso ninguém devia contestar a sua prestação.
    Ou então ninguém devia contestar o burro só porque teve bons resultados na selecção.
    Há argumentos que não funcionam quando se quer não só resultados mas também uma revolução.

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  2. Ei,onde isso já vai...

    Nightwish,
    esqueça a guerra no Iraque e o burro,porque esse nem sequer ganhou nada... Mas o FCPorto ganhou, contra tudo e contra todos. Mas pelos vistos também
    contra aqueles que na hora de "tocar a reunir", de apoiar o clube, preferem dar-se ares de importantes e bater no ceguinho, que é como quem diz, no FCPorto.

    Esses argumentos funcionam perfeitamente, e os Vasconcelos agradecem...

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  3. Esse Night... queria uma revolução ?
    Está apresentado...

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  4. Caro Rui Valente, permita-me que assine por baixo. Com amigos desses, ninguém precisa de inimigos.

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  5. Concordo plenamente Sr. Valente!

    peço desculpa pela grosseira comparação, mas está a ficar mais fácil de aturar os slb's que estes Portistas que refere!

    ps: já terminou mais uma noite de GALA no Dragão!perfeita...perfeita devia de ser assim mesmo dia 7-11.

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  6. Rui, sabe, o futuro vai separar o trigo do joio. Eu cheguei a dar para esse peditório, mas acabou.

    Coitado do F.C.Porto se estivesse à espera de alguns que são muito críticos...Portistas que não concordavam com a vinda do Villas-Boas e só por isso, pasme-se, diziam que iam deixar de pagar quotas...

    Um abraço

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  7. Vila Pouca,

    O que me parece é que ainda não conhecem o "espírito" do Dragão, como funciona aquela casa. Parecem os de lá debaixo.

    Oxalá se mantenham sempre a "reflectir" no mesmo sítio.

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  8. António Mirandela27/10/10, 11:11

    Caro Rui,

    Por muito que não queira, sou "obrigado" a concordar consigo. Às vezes, parece que os verdadeiros inimigos do F.C. Porto estão cá dentro...Espero que o nosso GRANDE PRESIDENTE saiba tratar do assunto em tempo útil para evitar futuros dissabores num futuro próximo. Até porque ninguém é eterno.

    Que a sua voz não se cale.

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...