07 outubro, 2010

EU CENSURO O CENTRALISMO!


Não fazem falta nenhuma, mas de vez em quando pousam na caixa de comentários algumas aves errantes na vã esperança de que a prosápia centralista possa surtir algum efeito persuasor nos meus ouvidos. É tempo perdido. O resultado não pode ser pior para esses voadores rapinantes... É que, ao contrário do que os seus sopros de falsa sensatez alvitram, a minha aversão ao centralismo agiganta-se e inspira-se com os seus comentários. Mas não lhes dou o prazer de os publicar. Isso não. Sou democrata, mas não sou estúpido.

Dessas aves de rapina, moralistas e hipócritas, os mais capacitados já desistiram de destilar veneno na forma de comentários porque perceberam que o Renovar o Porto não é a RTP, nem o Jornal de Notícias, pagos pelo Estado [por nós!], ou pelos serviçais privados do centralismo. Aqui, mando eu, e todos os que estão com a causa Regional. Aqui, sou eu quem brinca à Democracia, quem a veste ou desnuda. Só não a manipula, como os media tradicionais, porque não aprecia o estilo...

Só isto basta para justificar a minha serena despreocupação com as "regras" impostas pelos condutores oficiais de uma Democracia feita à medida dos seus interesses pecuniários. Aqui, no Renovar o Porto [até ver], ainda tenho voz própria, sou mais cidadão. Fora daqui, sou pouco mais do que um espectador... Aqui, sou mais igual, sou democrata e censor [quando devo], tal como os media serviçais do centralismo, só não tenho o(s) seu(s) Poder(es). Mas tenho o incomensurável Poder da Liberdade, de pensar pela minha própria cabeça, sem obedecer a regras censórias ditadas pelas tiragens de uma Controlinveste qualquer, ou pelas audiências de uma RTP sem sentido cívico. Prefiro-me a mim [não me interpretem mal].

Estas avezinhas de rapina não são propriamente burras, lá no fundo, nos resquícios das suas levianas consciências, percebem muito bem o que se pretende dizer. Sabem perfeitamente que o Norte está orfão de uma mediatização autónoma, que é obrigado a ouvir e calar o que a Lisboa centralista diz, e manda, tal como Salazar ditava, mas  com muito mais pudor...

Para os centralistas, a mordaça que nos foi colocada é uma mordaça "democrática", porque eles respondem por nós. Imaginá-los a aceitar o contraditório em igualdade de meios e circunstâncias, é pura demagogia e perda de tempo.

Eu sei o que digo, quando digo que não respeito estes órgãos de soberania, porque de soberanos só têm os tiques ditatoriais. A soberania é muito, mas muito mais do que o autoritarismo com vestes "democráticas".

Nota:
Na imagem  A Queima de Livros

5 comentários:

  1. Muito bem, sr. Rui Valente. Faz sentido e tem conteúdo a expressão que anda por aí glosada do "a mim ninguém me cala" se aplicada a pessoas que, efectivamente, a ela fazem jus pelas suas posições corajosas e justas.

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  2. Boa tarde R.M.Silva da Costa!

    Nem imagina como preferia ser politicamente correcto! Seria sinal de que muito do que se construiu depois do 25 de Abril, ou pelo menos aquilo que é mais importante, como a qualidade de vida e a Justiça estavam bem e recomendavam-se.

    Não sei se é possível bater mais no fundo.

    Um abraço

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  3. Caro RUI,

    Os Nortenhos só têm uma identidade e uma vida!

    Podem querer derrubar-nos, mas será muito dificil derrotar um Povo que prefere (sempre o preferiu) a Justiça ao servilismo!

    Mais dia menos dia, a História do Povo do Norte reescrever-se-à, e a Nossa Soberania voltará a fazer parte do nosso quotidiano!

    A Nossa Vontade de o Fazer é bem maior do que a de todos aqueles que
    são "alimentados" pela multidão de vilões que circundam o terreiro do paço, carrascos do seu próprio umbigo e da sua personalidade, que é muito pequena e muito pouco inteligente!

    Um Abraço

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  4. Boa tarde Renato!

    Já não estou assim tão certo das virtudes do povo e ds elites do Norte. Começo a pensar que nem o futebol os inspira para a luta. Há ainda muitos medos do antigamente incompreensíveis...

    Um abraço

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  5. Rui, de acordo e como isso da democracia é cada vez mais conversa, até não há razões para qualquer relutância em mandar o centralismo, seja na forma que for, para o caixote do lixo...não reciclável!

    Um abraço

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...