09 dezembro, 2010

Luís Filipe Menezes


Luís Filipe Menezes atingiu o princípio de Peter quando ascendeu a líder do PSD e cometeu a ingenuidade de silenciar a Regionalização,  metendo-a no baú das velharias, mal aterrou em Lisboa. Pagou assim, de forma inglória, a factura de não ousar continuar o rumo regionalista que até esse momento vinha mantendo, embora - como vem sendo comum a muitos "regionalistas" -, timidamente assumido. É no que dá o abuso da malabarice. As voltas de 180º na política nem sempre acabam bem, não é...

Apesar desta decepção, será justo reconhecer que Luís Filipe Menezes tem feito um trabalho notável à frente da Câmara Municipal de Gaia. Comparativamente com Rui Rio, tem competências que estão a anos luz  do autarca do Porto.

Luís Filipe Menezes é dinâmico e ambicioso. A sua ambição não parece condicionada por caprichos megalómanos de índole exclusivamente pessoal [como Rui Rio, por exemplo], e a prova disso é vê-lo empenhado em bulir com Vila Nova de Gaia. Ainda há poucos meses pudemos assistir à inauguração de um novo grande-hotel junto à marginal encravado no meio das velhas caves de vinho do Porto e agora, prepara-se para requalificar o centro histórico numa área de 20 mil metros quadrados!

Para além da diferença de personalidades, que é enorme, estranha é sabermos que ambos pertencem ao mesmo partido, facto que exclui à partida qualquer desculpa para Rui Rio de perseguição política pela parte do Governo Central[ista].

Rui Rio é notícia, quase sempre pelas piores razões. Entra em conflito com tudo e com todos, litiga, gasta os já parcos recursos financeiros camarários em processos jurídicos e - o que é significativo -, perde-os quase todos. Entretanto, a cidade definha, não renova, apesar dos esforços da sociedade civil. Não são [apenas] as galerias de arte de Miguel Bombarda, os bares, ou as movidas de fim de semana que vão resolver os problemas básicos da baixa portuense. A Baixa precisa, antes de tudo, de casas reabilitadas, de rendas acessíveis, para ter lá gente, que é o que lhe pode dar vida. E dinheiro.

O Rui Rio não votou sozinho em si mesmo. Todos os outros votos que o guindaram em má hora por 3 vezes consecutivas ao ponto mais alto do executivo camarário foram de portuenses e de pessoas que vivem no Porto.

Meus senhores, todos cometemos erros, mas por favor,  ponham a mão na consciência e vejam quantos anos a cidade do Porto teria progredido se lá tívessemos um Luís Filipe Menezes em vez de um contabilista conflituoso com mentalidade de merceeiro. Por favor, amem o Porto.  Se lhe querem mal, deixem-no!

12 comentários:

  1. Corro o risco de me meter em causas que não me dizem directamente respeito, mas não resisto em dizer que contra factos não há mares, quanto mais rios, que os desmintam.

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  2. Caro R. Costa,

    sei que é de Viana do Castelo, mas enquanto não for declarado oficialmente que o Porto não faz parte da "lusa" pátria, as causas dizem um pouco respeito a todos, embora por razões de proximidade, a uns mais do que a outros, como é natural.

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  3. Dizem que vai ser candidato ao Porto nas próximas autárquicas. Será que é verdade e se for, vai mudar manter o ritmo ou no Porto vai murchar como quando chegou à liderança do PSD?

    Um abraço

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  4. Pois eu acho que o Meneses não só atingiu o tal princípio de peter em Lejboa como agora em Gaia, ao transformar a marginal gaiense numa espécie de aldeia dos macacos instalando-lhe um teleférico que não lembra ao diabo. Vai ser bonita, a piroseira vista do Porto, com o vai vem das cestas sobre as caves. Meneses já viu que a PPP (parceria político-privada) vai ser ruinosa para a Câmara de Gaia e começou a empurrar a asneira para o metro do porto. Quem vai pagar uma exorbitância de 5 ou 7 euros para descer do Morro ao Cais de Gaia? Nem pela paisagem vale, porque essa vê-se de terra.

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  5. Gaiense,

    aldeia dos macacos? Não haverá por aí algum exagero, amigo? Pronto, até aceito que não goste de algumas coisas, mas isso é razão para o transformar num autarca incompetente? É capaz de me dizer que Gaia não mudou para muito melhor desde que Menezes é Presidente?

    O teleférico do Pão d'Açucar no Rio de Janeiro também será uma pirosice inútil?

    Enfim, não percebo as suas críticas.

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  6. Para mim Rio é um "Gringo" na Câmara do Porto. Vejam o que este Gringo no orçamente da Câmara para o próximo ano tem; 1 milhão de euros para av. da Boavista...claro para a corrida de carrinhos que ele muito gosta, mas que todos nós pagamos.
    Quantas corridas já este senhor fez!? dinheiro suficiente para arranjar av. da Boavista completamente abandonada.
    Está sempre zangado com toda a gente, até com os próprio Partido.

    Quanto ao baixinho Menezes, bom, faz discursos conforme o galho do poder em que se encontra. Mas não é flor que se cheire.`
    Se é melhor autarca que o da câmara do Porto?-é... mas também não é preciso ser muito melhor, porque o Gringo não vale nada.

    O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO.

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  7. Zé da Póvoa09/12/10, 22:09

    A verdade é que Rio apareceu para salvar as finanças do Porto - dizia-se - mas a Câmara continua a ser uma das mais endividadas. E investimentos é o vê-los!!!
    Se em vez de a um contabilista, a Câmara estivesse entregue a um chapeiro, os problemas financeiros eram os mesmos.

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  8. Luiz Filipe Vieira não é um génio nem um santo. É um autarca com notável obra feita em Gaia. Não há razão para que não fizesse uma revolução semelhante no Porto.Quer ser candidato nas próximas eleições? Tem desde já o meu voto! Em de dizerem mal dele, indiquem um candidato mais fiável!

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  9. O meu candidato era o Dr.Rui Moreira.
    Pena tenho que ele não assuma a hipótese de se candidatar,venceria seguramente,com uma candidatura de cidadania e independente.
    Quanto ao Rio,acho que pior não é possível!

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  10. Estamos tão pobres de políticos novos e credíveis, que não temos outro remédio senão optar pelos que já conhecemos e fizeram alguma coisa de jeito.

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  11. Luís,

    o maior "defeito" de Rui Moreira, até prova em contrário, é não conseguir passar a barreira de putativo candidato. Não diz que sim, mas também não diz que não, e isso desmobiliza potenciais apoiantes.

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...